Rin Pov:
Sesshoumaru dirigia em silêncio e as nuvens, que já tinham nublado o dia, começavam a dar indícios de que uma chuva grande viria. Minha cabeça fervilhava com questões e tenho certeza de que a dele também. O trajeto não era muito longo, mas logo vi que ele estava tomando o caminho de Ginza.
- Vai passar na sua casa antes? – perguntei
- Não, você que não vai para casa mesmo. – Ele respondeu tranquilamente.
- Que? Eu tenho aula amanhã cedo e não tenho roupas limpas e estou cansada e...
Sesshoumaru me olhou pelo canto dos olhos como quem diz "sério mesmo?" e eu me calei com um suspiro. Realmente nada daquilo parecia tão urgente quando dito em voz alta.
Ele estacionou o carro na garagem e pegamos o elevador, mas dessa vez, Sesshoumaru não apertou o botão que indicava o sexto andar e sim o da cobertura. Olhei-o com desconfiança e ele me deu um meio sorriso, segurando minha mão.
O elevador nos deixou em um hall com duas únicas portas, ambas claramente do mesmo apartamento. Sesshoumaru tirou um molho de chaves do bolso e abriu a porta da sala, revelando o maior apartamento que eu já vira. Era a primeira vez que eu ia ao apartamento em que ele realmente vivia.
Tirei os sapatos na entrada e caminhei pela enorme sala com decoração toda branca e preta, observando as estantes repletas de livros e discos, os pôsteres enquadrados de festivais dos anos 70 que com certeza ele não tinha apenas comprado na internet, o bar ainda maior do que o do apartamento do sexto andar.
Ele trancou a porta e logo ouvi sua voz atrás de mim.
- Imagino que você queira tomar um banho, pode usar o banheiro lá de cima. Naoko não está, mas eu posso... te emprestar uma camisa limpa? – disse ele
- Enquanto isso você bota minhas roupas para lavar e secar? Eu ainda preciso ir embora amanhã... – disse eu dando de ombros.
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O quarto de Sesshoumaru era igualmente enorme e com poucas cores, exceto por um ou outro tom de vermelho escuro na decoração toda puxada para os tons de branco. No banheiro, uma banheira confortável me esperava e ele me mostrou como usar, saindo com as minhas roupas e deixando um roupão.
Eu estava exausta de tanto andar e era bom relaxar um pouco depois de um dia tão... intenso. Me perdi em pensamentos sobre o que viria a seguir. Eu não conseguia imaginar Sesshoumaru como pai, não conseguia imaginar nada que abalasse aquele sistema de vida perfeitamente organizada que ele tinha e nem ele transformando aquela ou qualquer casa em um lugar para crianças. Além disso, fazia literalmente dois dias que tínhamos voltado a ficar juntos. Se estávamos juntos e íamos ter um bebê, o que isso fazia de nós? Como faríamos isso?
Acabei levando mais tempo do que o previsto e só saí quando meus dedos estavam enrugados. Voltei ao quarto enrolada no roupão e Sesshoumaru estava na cama, mexendo no celular, seus cabelos molhados indicavam que havia tomado banho também.
- Eu botei suas roupas para lavar e secar. – disse ele – E aqui, vejamos, temos uma camisa do Pink Floyd e uma cueca boxer, ambos devem te engolir, mas devem servir até que você possa se vestir de Rin de novo. – Completou ele, indicando as peças de roupa do lado mais próximo a mim da cama.
Eu sorri e agradeci. Ele estava certo, ficavam grandes demais, mas dava para o gasto. Penteei meus cabelos molhados e me sentei do lado oposto a ele. Sesshoumaru me observava com um sorriso curioso no rosto.
- O que foi? – perguntei – Alguma coisa errada?
- Nada, é só que você fica bonitinha vestida de mim.
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Qual era Mesmo o Acordo?
RomanceTendo séculos de vida, Sesshoumaru Taisho já está entediado de dormir sempre com as mesmas youkais, as vezes até mesmo aceitando hanyous já que se tornaram tão comuns, mas nunca humanas. Nunca mesmo. É então que conhece Rin no hall da empresa de sua...