De Repente Pai.

Capítulo Quatro.

NICOLAS.

Valentina comia a sua batata frita e uma vez ou outra se sujava de quetchup o que me fez sorrir, na mesma hora que ela se limpava não demorava nem muito tempo e ela já estava suja novamente.

— Nicolas! — ouvi alguém me chamar então me virei para ver quem era e me arrependi de ter feito isso ao ver a pessoa que gritava o meu nome a poucos metros de mim. — Nicolas eu finalmente te achei! — disse ofegante assim que chegou perto de mim e ao analisar seu estado parecia que ela tinha corrido uma maratona de tão suada que estava.

— Mary porque estava me procurando? — suspirei e ela sorriu, eu e a Mary tínhamos feito um comercial juntos e desde então ela insiste em dizer que está apaixonada por mim e mesmo eu dizendo que não sentia o mesmo e ter pedido para ela não nutrir sentimentos que não vão ser correspondidos ela não desistiu e continua a me procurar sempre que vem aos estúdios.        

— Eu queria te ver. — ela sorriu e direcionou seu olhar para a Valentina a analisando.

— Mary... — tentei pronunciar uma frase mas ela me interrompeu antes que eu formasse uma.

— Eu realmente só queria te ver Nicolas! — ela disse e eu respirei fundo. — Como você não veio ontem fiquei preocupada.

— Ontem a Valentina estava com febre então fiquei cuidando dela. — disse e Valentina olhou para a Mary com uma carinha fechada, elas não se davam muito bem e eu até entendo a minha filha porque nem eu mesmo aguentava a Mary as vezes e parecia que ela não se tocava de que estava incomodando.

— Entendi. — disse não se importando com o que acabei de dizer e eu suspirei. — Você vai estar ocupado hoje a noite? — perguntou se aproximando de mim e eu me afastei dela.

— Eu sempre vou estar ocupado para você. — resmunguei baixinho e ela olhou confusa para mim.

— Como? — perguntou e eu me levantei quando ela se atreveu a se aproximar mais de mim.

— Eu vou estar ocupado Mary! — disse impaciente. — Será que você pode me esquecer e parar de querer forçar algo comigo? — perguntei sério e ela arregalou os olhos. — Nós nunca vamos ficar juntos, nem agora e nem depois! Entenda isso de uma vez por todas. — exclamei e ela revirou os olhos. Valentina começou a gargalhar e parece que a Mary se irritou ainda mais com isso e se aproximou dela, antes que ela tentasse algo eu fui mais rápido e fiquei na frente da minha pequena. — Nem pense em fazer nada com a minha filha, o assunto aqui é entre nós dois e isso só confirma que eu tomei a decisão certa em não ficar com você.

— Você vai se arrepender Nicolas! — ela gritou e saiu a passos firmes de perto de mim.

Olhei para a Valentina e ela sorriu, seus olhinhos brilhavam e isso me fez sorrir também, peguei ela em meus braços e ela beijou minha bochecha.

— Ainda bem que ela já foi embora eu já não aguentava mais ouvir aquela voz chata. — Valentina reclamou e eu acabei rindo.

— Vamos encontrar o titio para se despedir dele e da sua amiguinha, já está tarde e precisamos ir para casa. — ela assentiu e então seguimos a caminho do parquinho aonde o Adrian e a Sophia provavelmente estariam. 

Quando chegamos ao parquinho avistamos os dois de longe e assim que eu coloquei a Valentina no chão ela saiu correndo em direção da amiga.

— Valentina, espere! — a repreendi.

— Fiquei sabendo que as meninas aprontaram hoje. — Adrian comentou assim que eu me aproximei dele.

— A Letícia se irritou muito e quase chegou a descontar na Valentina e eu já conversei novamente sobre isso com ela hoje. — disse pegando a bolsa da Valentina de sua mão quando ele me entregou.