Capítulo Dezessete.

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MELISSA.

Eu, o Nicolas e a Valentina estávamos indo para casa da mãe do Nicolas para passar uns dias lá pois ela estava com saudades. Ao ter terminado o nosso café da manhã e ter se arrumado adequadamente para irmos, eu arrumei as coisas necessárias para levarmos com a ajuda do Nicolas e  seguimos para o carro dando partida para a casa da mãe dele.
Amelia era uma ótima sogra. Quando já estávamos perto de sua casa, avistei em uma calçada uma foto gigante minha e do Nicolas. Arregalei os olhos e olhei mais. Era uma das fotos que fizemos para a Pepe Jeans.

— Nicolas, olha! — apontei para o outdoor.

— Hey! Olha só! Nossas fotos já estão sendo espalhadas pela cidade!

— Oh my God! — falei.

A foto em questão era a que eu estava com as pernas enlaçadas na cintura dele. Estávamos de boca aberta porquê havíamos acabado de nos beijar.
Mais para frente outra foto. Agora era a que estávamos deitados juntos com a Valentina, ambos estávamos sorrindo.

— Uau! São várias! — ele disse. — Sua carreira começou, babe.

Alguns minutos depois estacionamos na frente da casa da Amelia. Foi estranho não ter o Bruce para nos receber com lambidas e latidos de felicidade. Quem nos recebeu foi o Adam. Ele deu um abraço no irmão e outro em mim.

— Oi Mel! Linda como sempre. — ele disse. — Seja bem vinda mais uma vez! Tinah! — ele fala pegando Valentina no colo a fazendo sorrir com o apelido.

— Oi, titio! — ela fala animada.

— Obrigada, Adam. Eu adoro vir aqui. Cadê a Amelia? — perguntei.

— Minha mãe está lá dentro, tem uma amiga dela lá. — ele responde.

— Ah!

Nicolas entrou primeiro para colocar as malas no quarto dele. Eu fui minutos depois com o Adam, pois estava conversando com ele sobre a adoção do cachorrinho. Ele iria me levar até o Manchester Dogs Home.
Quando finalmente entramos em casa, vi uma cena que eu não gostei nada. Nadinha para falar a verdade! Nicolas estava na sala de estar, com uma mulher perto dele. Dava para perceber que ela estava se insinuando para ele. Ela tocava no braço dele, acariciava e sorria feito uma "mulherzinha bem oferecida" vamos dizer assim. Argh! Mas o que é isso?
Entrei na sala com a cara fechada, deixei a bolsa no sofá e fui em direção àqueles dois. Mas antes, Amelia veio até mim e me interrompeu.

— Mel, se segura. — Amelia sussurrou.

— Mas como, você não está vendo como ela está se insinuando?? — eu disse baixinho, porém revoltada.

— Estou vendo sim! E estou do seu lado, acredite. Essa daí é a filha da minha amiga. — ela apontou para uma senhora que estava na cozinha. — Ela sempre quis o Nicolas, mas ele nunca quis ela, talvez por ela ser fácil demais. Mas eu gosto da mãe dela! Me deixe só tirá-la da cozinha e você poderá colocar essa mulherzinha no seu devido lugar. — Amelia falou no meu ouvido. — Mostre quem manda!

Amelia se apressou e saiu de casa com a amiga do lado. Agora essa mulherzinha vai aprender a não mexer com o homem dos outros. Especialmente se esse homem for o MEU Nicolas!
Cheguei perto dos dois. Nicolas estava sorrindo para ela.

— Olá. — disse seca.

— Oi... — a voz da mulherzinha era extremamente irritante. — Você é a namorada do Nicolas não é??

— Namorada não, querida! Sou a mulher e a mãe da filha dele. — eu disse encarando-a.

— Mas que eu saiba vocês não casaram...

— AINDA não! Estamos noivos e com o casamento marcado. E além disso, nós moramos juntos. — cruzei os braços na frente dela. — Nicolas, você não vai me apresentar a sua amiguinha?

— Hã... Mel, essa é a Paty, ela foi minha vizinha durante muito tempo. — ele disse sem jeito. — E Paty, essa é a Mel, a minha...

— Melissa Clark, noiva do Nicolas. — sorri para ela.

— Você faz o quê da vida?? — ela perguntou enquanto me analisava.

— Eu sou psicóloga, querida.

— E modelo também. — Nicolas falou passando um braço pela minha cintura. Eu não descruzei os braços.

— Ah é? — ela perguntou.

— Nicolas, meu amor, você não quer ir lá em cima pegar meus óculos de sol? Acho que eu coloquei em alguma mala... — pedi, mais para ficar a sós com essa "mulherzinha"
Ele então subiu. Ótimo, agora somos só nós duas. Cheguei mais perto. — Escuta aqui, sua mulherzinha... — comecei a falar olhando diretamente nos olhos dela. — Fique sabendo que o Nicolas tem dona! E nem tente continuar se insinuando pra ele como você estava fazendo ou eu não respondo por mim, ouviu bem?

— Você me chamou de quê?? — perguntou.

— De mulherzinha! Mulherzinha bem oferecida é o que você é! — retruquei.
Ela então ergueu a mão, mas eu segurei o pulso dela antes que ela me desse um tapa na cara. — Ah, queridinha, nem tente! Você não vai encostar em mim! — apertei forte o pulso dela e soltei com força. Ela ficou sem reação, com os olhos ardendo de ódio. — Saia já da minha frente e nunca mais tente nada com o MEU homem ou então eu vou dar um jeitinho nesse seu nariz plastificado.

— Não sei o que o Nicolas viu em você! — ela grunhiu e saiu de cara fechada, a passos largos. Instantes depois Nicolas voltou com meus óculos de sol na mão.

— Ué, onde está a Paty?? — ele perguntou.

— Ah não sei, talvez ela tenha... puft, evaporado!

— Melissa... — ele me olhou com olhar de reprovação. — O que você fez com ela?

— Eu? Eu não fiz nada... apenas disse umas verdades. — dei de ombros.

— Você está... Oh my God, você está tendo uma crise de ciúmes! — ele disse sorrindo.

— Eu não!

— Está sim!

— Ela estava se insinuando pra você... foi nojento!

Saí e fui para a varanda. Nicolas foi logo atrás de mim. Me encostei e fiquei olhando para frente. Ele chegou e me abraçou por trás.

— Você está com ciúmes de mim!

— E se eu estiver? Aquela mulherzinha tinha que ser colocada em seu lugar. — falei sem olhar para ele. — E você também não fez nada pra parar ela!

— Não fiz porque pra mim ela nem existe! Só existe você, meu amor. — ele falou beijando meu ombro. Bufei. — Meu amor, minha vida... eu não preciso e nem quero outra mulher porque eu já tenho a mulher mais linda e perfeita desse mundo. Você é a única pra mim. A única!

Não me movi. Não respondi. Nicolas continuou beijando meu ombro, mas como eu não correspondia, ele me girou bruscamente, me deixando de frente para ele.

— Não vou mentir, eu gostei de ver que você tem ciúmes de mim, agora você sabe como eu me sinto em relação à você. Mas chega, eu só quero você. Só você! — ele falou sussurrando na minha boca.

— Jure! — sussurrei de volta.

— Eu juro! Eu vou te provar...

— Provar...? Como? — sussurrei.

— Vem comigo! — ele me deu um selinho e me puxou pela mão.

Passamos pela Amelia, sua amiga e pelo Adam que estavam em frente de casa brincando com a Valentina.

— Mãe, precisamos sair, mais tarde voltamos. Por favor cuida da Valentina pra gente tá. — ele disse quando passamos por eles e ela assentiu.

— Pra onde nós vamos?? — perguntei quando entramos no carro.

— Vou te provar que eu só quero você. E não dá pra provar isso na casa da minha mãe.

Saímos pelas ruas de Manchester até dobrarmos a esquina, entrando na rua de um hotel. Uou!

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De Repente Pai.Onde histórias criam vida. Descubra agora