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- E deveríamos ir logo. - Margot continuou. - Se esperarmos alguns dias vamos enfrentar as máquinas totalmente fracos só com uma refeição no estômago. Eu suponho que deveríamos comer boa parte da comida hoje, e partir assim que amanhecer.

- Podemos colher frutas na floresta. - Anne disse receosa.

- São muito poucas, e gastaríamos muita energia procurando, vamos ficar cansados e as poucas frutas que conseguirmos não são capazes de nos recuperar. - George falou, desejando que estivesse errado. - Margot está certa, deveríamos enfrentar as máquinas enquanto tenhamos energia e força.

- Eu concordo. - Jonas sentados em umas das cadeiras, balançava sua perna inquietamente. - Chega de enrolar, precisamos saber o que está acontecendo, precisamos ir até as máquinas.

- Ótimo. - Margot suspirou. -Bom, se tivessemos como conseguir comida no Resort, provavelmente voltariamos seguros para a Maresia, mas estamos indo para o prédio das máquinas. Não sabemos o que nos espera por lá, então suponho que precisamos de um plano.

A37 observou a todos ao seu redor, seus primitivos instintos gritavam que aquilo daria errado, mas ela mesma escolheu não ouvir quando decidiu que jamais pararia nas mãos das máquinas novamente, e estava disposta a morrer para que aquilo não acontecesse.

...

No final das contas, tudo havia se tornado uma batalha muito mais decisiva do que apenas uma busca por comida, estavam indo lutar contra as máquinas, e talvez aquilo fosse alguma armadilha, talvez todos morressem, ou quem sabe, ficariam presos no laboratório para sempre. As probabilidades não eram otimistas, mas de qualquer forma, haviam entrado em consenso sobre um plano.

Eles deveriam lutar para tomar o controle, e para conseguir isso, precisavam abater L e seus aliados, e poupar a vida de poucas máquinas que pudessem ajuda-los a tomar o comando de todos os prédios.

Aquele era o maior desafio, porque não sabiam em quais máquinas deveriam confiar, nem mesmo sabiam se realmente podiam confiar em J.C.

A situação que viviam naquele momento era pavorosa, exaustiva, estressante, estavam prestes a ir para uma nova guerra sem que sequer seus ferimentos antigos houvessem curado completamente, Stiles ainda sentia dor no local que foi atingido por um tiro na cintura, estavam abalados pelo o que acontecimento com Lydia e abalados com a história por trás de tudo. Afinal, Lydia havia acabado de sofrer uma overdose, como ela poderia ir para uma luta contra as máquinas?

Scott, do guardacorpos no segundo andar, observava alguns jogadores levando o corpo de Jared para fora, para enterra-lo na floresta, não surpreendentemente tais jogadores eram os amigos de Jared dos quais haviam espancado, eles não disseram nada, nem uma só palavra, como se soubessem exatamente o motivo do porque aquilo aconteceu.

- Ei, cara, você está bem? - Stiles bateu em suas costas, chamando sua atenção.

- Sim. - O olhar de Mccall cruzou com o de Ezequiel que deixava o prédio. - Você viu Malia?

...

Algumas horas depois, Lydia havia deixado a enfermaria por pura teimosia sua, alegava que estava bem o suficiente para continuar presa naquela maca, havia conseguido pílulas de vitaminas que segundo ela, eram suficientes para sua recuperação.

Talvez ela realmente estivesse certa, mesmo que os recursos da Maresia fossem escassos, ainda tinham uma medicina avançada a seu favor.

- Por que ninguém penteou o meu cabelo? - Lydia deixou o banheiro do quarto de Cynthia, já vestida em um dos pijamas da Maresia.

- Acho que estávamos muito ocupados tentando salvar a sua vida. - Brooke disse.

- E o meu cabelo não significa nada? - Lydia sorriu, pegando uma escova de cabelo na gaveta ao lado da cama.

Cristais de Vidro - Scalia 2Onde histórias criam vida. Descubra agora