- Quanto desperdício de tempo. - L resmungava enquanto descia as escadarias calmamente, em meio a toda a guerra.
Pensava que era uma completa tola por se empenhar tanto naquele projeto, deveria ter simplesmente seguido a sua vida e deixado a humanidade morrer.
- Mas até que é divertido. - L observou com um sorriso no rosto suas máquinas lutarem contra os jogadores. - Guerras deixam tudo mais emocionante.
- O que devemos fazer? - Y lhe seguia amedrontado.
- Nada. - A máquina chefe disse como se não fosse óbvio, tranquilamente. - Meus pequenos cachorrinhos tratarão de prender os jogadores em suas respectivas salas, mas caso algum jovem revoltado cruzar seu caminho, você pode simplesmente mata-lo.
L deu de ombros, o deixando para trás.
- Merda. - Y pensou alto, se robôs tivessem necessidades fisiológicas, ele provavelmente teria molhado suas calças.
...
Era impossível permanecerem juntos de seus parceiros no meio do caos daquele prédio, Scott e Malia haviam se separado mais uma vez, não havia encontrado Lydia, Cynthia ou qualquer outra pessoa em seu caminho, e aquilo já estava lhe dando nos nervos, porque nunca sabia se algum membro do grupo estava ferido, ou precisando de ajuda, já que as comunicações por rádio não eram muito eficientes.
Mas por alguma misericórdia divina, Scott encontrou Stiles.
- O plano está dando errado, estamos atirando em qualquer máquina que vemos pela frente, não sabemos quais delas devemos poupar, não sabemos em quem devemos confiar! - Stilinsk gritou desesperado.
- Ninguém achou J.C?! - Scott indagou.
- Não! Estamos fudidos, o que faremos?!
- Tinha uma máquina, H, ele disse que estava do nosso lado, não sei se é verdade mas é melhor o mantermos vivo.
- Ótimo. - Stiles pegou seu rádio, acionando para todo mundo. - H é um possível aliado, o mantenham vivo.
- Entendido. - Uma jogadora respondeu.
- Acho que é melhor criarmos uma palavra de segurança, para que possamos identificar as máquinas que estejam do nosso lado. - Stiles ofegou, estava inquieto. - Tem alguma ideia?
Scott pensou por alguns segundos, engolindo a seco, e então disse:
- A37.
...
- Então Rose esteve aqui o tempo inteiro?! - Lydia indagou absmada enquanto corriam pelos corredores estreitos.
- Pois é. - Cora exclamou. - Ela é um problemão do caralho, o que vamos fazer?!
Mas quando alcançaram a área de experimentos, se depararam com L.
- Puta merda.
- Quanto tempo. - L sorriu.
As duas meninas miraram suas armas.
- Atira, o que está esperando?! - Disse Cora para Lydia.
As duas dispararam ao mesmo tempo contra L, milhares de vezes, e aquilo não causou sequer um arranhão no novo corpo robótico da máquina.
- Ops. - L sorriu. - Legal não é? Afinal que tipo de lider burra não teria um corpo a prova a de balas?
Cora e Lydia se encararam, estavam fudidas.
- E olhe, tem coisa muito mais legal nele. - L estendeu um de seus braços, que rapidamente se transformou em algo muito parecido com uma arma fatal que arrancaria a traqueia das duas pobres meninas logo a frente.
Mas para suas sortes, J.C apareceu acompanhado de Cynthia logo atrás de L, ele também estava em um novo corpo robótico, um corpo robótico do qual ele simplesmente precisou jogar L contra uma parede e estrangula-la, suas mãos mãos de aço eram fortes o suficiente para a amassar a lataria do pescoço de L, e ainda por cima, as ondas elétricas nas mãos de J.C eletrecutavam a mulher até que saisse fumaça.
- Desgraçado. - L arregalou os olhos, tentando afasta-lo inútilmente.
- Puta merda, essa é a coisa mais foda que eu já vi em toda a minha vida. - Cora arregalou os olhos.
- Não acha?! - Cynthia sorriu animada.
- Uau, é bom estar de volta. - J.C largou o corpo de L que escorregou pela parede e tombou ao chão. - E bem, não era só L que tinha corpos secretos com super poderes.
Cynthia acionou seu rádio.
- Encontramos J.C, e L está morta. - Brooke refletiu por alguns segundos. - Bem, eu acho.
- Né? - Cynthia se virou para o homem.
- Bom, L provavelmente tem milhares de corpos robóticos escondidos debaixo da terra, precisamos nos certificar que ela não volte a qualquer momento como um transformer mas... temos um pequeno problema para resolver, e se chama Rose Willians.
- Ha, o demônio. - Cora sorriu, simplesmente porque sabia que esteve certa sobre Rose o tempo todo.
...
Scott havia acabado de receber a informação sobre o paradeiro de J.C e a morte de L, aquilo era bom, na verdade, aquilo era ótimo.
Mas logo a frente, Mccall avistou A37 lutando contra uma das máquinas da qual identificou com sendo R, o moreno até pensou em intervir, mas desistiu da ideia quando Malia bateu a cabeça da máquina tantas vezes contra q parede que chegou a causar um buraco no concreto.
Ele sorriu, aquela era a sua garota.
Porém Scott não tinha o tempo que desejava para contempla-la, porque a movimentação de uma sala logo a frente lhe pôs em estado de alerta.
Ele adentrou o local sem mais nem menos, se deparando com D, de braços para o auto em sinal de redenção.
- Estou do lado de vocês. - A máquina disse.
- Como sabemos? - Ele semicerrou os olhos, mirando sua arma.
D pareceu respirar fundo, quando disse:
- A37.
...
Rose estava na sala de controle, programando novas máquinas para que capturassem ou exterminassem cada um dos jogadores que estavam lhe enchendo o saco dentro daquele prédio.
Mas J.C entrou na sala, algo que ela não esperava, acreditava que L já houvesse dado um jeito nele e o tirado de seus caminhos, mas agora, ele estava bem ali, novamente em um corpo robótico mais forte do que nunca.
Rose ordenou que os robôs que lhe guardavam ao seu lado atacassem J.C, mas o homem simplesmente destraçalhou as duas míseras máquinas com as mãos.
E bem naquele momento, Rose sabia que não tinha saída, porque nem mesmo L se importaria em lhe salvar.
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Cristais de Vidro - Scalia 2
Ficção CientíficaLivro 2 de Cristais de Vidro - Scalia.