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Todos os jovens corriam pela grama sob o céu noturno de poucas estrelas, adentraram o grande prédio tecnológico das máquinas e não demoraram a encontrar G.

- O que está acontecendo?! - Um dos jogadores perguntou.

- Provavelmente a mesma coisa que aconteceu na Maresia, mas não sabemos o porque. - G respondeu.

- Uma sobrecarga?

- Sim, mas isso deveria ser impossível, nossa fonte de energia elétrica é impecável. - A máquina disse afobada, mas de repente parou, pensativa, até que disse. - Mas não para L.

- O que está dizendo? - Scott perguntou desconfiado, se ela houvesse retornado mais uma vez ele estava pronto para dar um tiro em sua própria cabeça.

- Provavelmente isso está acontecendo por causa do experimento das realidades virtuais de L, quando colocou todos vocês juntos dentro do computador, isso exigiu muita energia.

- Nós? Não nos lembramos disso. - Amanda semicerrou os olhos.

- Claro que não, é o mecanismo de segurança para suas mentes e para o projeto, a memória de vocês se apagaram poucos dias depois. - G retornou alguns passos com pressa, e adentrou uma sala cheia de armários metálicos.

Os jovens sabiam que quando ela se referia a palavra computador não se tratava de um joguinho na tela de um de seus computadores comuns, ela estava falando do grande computador, ou como porpulamente falavam entre eles, a grande placa mãe, o sistema que era maior que todo aquele prédio, como uma cidade de fios, ferramentas e discos, e lá havia vida, quase como o universo.

- Como podemos não lembrar disso? - Stiles murmurou, não podia mentir que estar dentro da grande placa mãe seria a maior experiência de sua vida, ele deveria se recordar.

- Vão ficar para assistir? - G indagou deixando a sala carregando alguns cabos gigantes e provavelmente pesados como o inferno.

- Viemos ajudar. - Lydia disse.

- Suponho que saibam o que fazer. - G lançou seu olhar para Scott, e ele assentiu.

...

- Eu prefiro a outra sala, com paredes de concreto. - Rose fungou o nariz e cuspiu as palavras. - Essa caixa transparente é pertubadora.

- Combina com você. - D leu algo nas pranchetas que tinha em mãos, estava no subsolo, onde não era possível ouvir todo o caos que acontecia nos andares acima, e nem mesmo descobriria tal acontecimento tão cedo por conta do gerador de luz próprio que havia ali, a energia não faltaria para que ela se desce conta do colapso de eletricidade que estavam enfrentando.

- Você é minha psiquiatra ou minha psicóloga?

- Sou cientista.

- Hum. - Rose se afastou alguns passos. - Vocês me submeteram a um milhão de testes e exames, então qual é o meu diagnóstico querida? Espere, deixe me adivinhar, "Psicótica".

- Seu diagnóstico é que você é filha da sua mãe, Rose, você é exatamente como L, com um cérebro viciado em dopamina, sedento por poder.

- Interessante. - Disse Willians como se estivesse com sono.

- Porque namorou Scott? - D indagou de repente.

Rose se aproximou de uma das paredes de vidro, lentamente, desconfiada, e a expressão em seu rosto se tornou ainda mais séria.

- Por que está perguntando sobre Scott?

- Começou a ficar obcecada por ele bem cedo, ele era o melhor atirador do Resort, poderoso, bonito, temido. - D fingiu respirar fundo. - Podíamos ver pelas câmeras como qualquer um tremia as pernas ao ver Scott Mccall se aproximar nos jogos. Essa deve ter sido a única razão por ter se aproximado de Mccall, não estava apaixonada, apenas queria ter o atirador mais poderoso do Resort ao seu lado.

Cristais de Vidro - Scalia 2Onde histórias criam vida. Descubra agora