- Como assim você é só um representante dele? - pergunto inconformada. - Eu achei que tivesse deixado bem claro pelo telefone. Eu não vou a encontros contratados sem conhecer a pessoa antes, não saio com velhos, menores de idade ou pervertidos.
- Calma - o homem bonito e de terno caro diz fazendo gestos com as duas mãos como se isso fosse me deixar menos irritada. - Eu garanto que meu chefe não é ninguém assustador, é apenas um homem muito ocupado. - ele explica estendendo o celular para que eu veja a foto de um homem na faixa de uns quarenta e poucos anos.
- Certo! E por que ele precisa dos meus serviços? - pergunto desconfiada. - Espero que tenha lido bem todas as informações que eu enviei por e-mail.
- Sim, senhorita. Li tim tim por tim tim. Garanto que não será preciso nenhum tipo de contato físico. Ele apenas precisa de uma acompanhante para o baile de máscaras que será feito para arrecadação de donativos para um orfanato.
- O quê? Baile de máscaras? - pergunto me sentindo a pessoa mais estranha do universo. - Isso não existe nessa cidade não, moço!
- Existe! Inclusive está sendo bem divulgado entre a alta sociedade, já que a maioria dos donativos é feito por ricos e famosos.
- Estou entendendo, mas acho que vou ter que recusar. Não estou gostando muito desse estilo de encontro.
- O que a senhorita faz além desse trabalho? - pergunta intrigado.
- E por que é que eu preciso te dizer isso? Prefiro que a minha vida particular continue sendo particular.
- Compreendo. Realmente precisamos de seus serviços! - ele insiste. Como sabe o evento é hoje à noite e não temos tempo para conseguir outra acompanhante.
- Um baile de máscaras aqui? Eu não vou a encontros em que eu precise dançar ou tolerar funk, axé, sertanejo universitário, sofrência ou sei lá como você costuma chamar.
- Acho que a senhorita me entendeu mal. O baile é um evento fechado e bem conceituado. É algo em um nível um pouco diferente. Veja a programação - ele explica estendendo-me um folder chique onde alistava toda a programação e cardápio.
- Realmente é algo que nem imaginei que existisse por aqui. Talvez essa cidade seja maior do que eu imagino - digo ao notar o cardápio. - Black Pink? Isso é sério? Quem é que está fazendo essa festa para trazer Black Pink ao Brasil? - pergunto rindo. - Você acha que só porque eu sou Coreana vou me deixar ser conquistada por um grupo de kpop? Essa festa é para adolescentes ricos por acaso? - zombo, mas no fundo estou mega interessada.
- Sim, acredito que vou te convencer com esse argumento. A festa não é apenas para jovens, mas a maioria dos funcionários de nossa empresa é jovem e muitos são Coreanos. Além disso, temos os nossos contatos.
- Para dizer a verdade, você me convenceu nos dez mil reais - digo assinando o contrato que acabei de ler. - Mas, eu admito que amo Black Pink - completo sorrindo e franzindo o nariz fazendo-o rir.
- Você parece divertida - diz tentando flertar comigo e eu fecho a cara novamente.
- Não! Na verdade eu sou maluca - digo mantendo meu semblante assustador e ele parece mesmo com medo. - Totalmente maluca - continuo. - A vida me tornou assim.
- Compreendo - diz voltando ao estado de formalidade.
- Aqui no contrato diz: Vestido e calçado de princesa, máscara obrigatória e ar misterioso - leio achando ridículo. - Tirando o ar misterioso eu não tenho nada disso aqui.
- Você pode comprar o que precisar e apresentar esse cartão com meu nome - ele diz me entregando um cartão dourado com apenas um nome escrito.
- Mano! Isso é muito estranho e engraçado - digo rindo. - Me desculpe, mas realmente parece muito esquisito, esse nem é seu nome de verdade.
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A Garota da Máscara (COMPLETO)
RomanceCOMPLETO Sinopse: Uma garota com feridas profundas desistiu de amar e perdeu a empolgação pela paixão. Um rapaz romântico que tem sua vida embaralhada pelo imprevisto se vê obrigado a se casar de repente, mesmo que a pessoa não seja quem ele está p...