[Concluída ✓] É possível amar e odiar uma pessoa ao mesmo tempo? Para Taehyung e Catarina a resposta com certeza é não. O "relacionamento" dos dois era superficial e a base de farpas bem afiadas. Para eles só existia a antipatia mutua. Ou pelo menos...
Gente, foram mais de 10K de palavras. Vou precisar revisar mais de uma vez e não queria atrasar ainda mais a atualização, portanto, relevem alguns erros.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Catarina
O colégio East Port High estava pegando fogo depois do jogo da semifinal. Todos os alunos estavam divididos entre falar muito sobre o time, - especialmente Taehyung, Peter e Eli – e trocar detalhes sobre a briga de Jimin com Dylan.
Na primeira oportunidade a diretora chamou Park até sua sala. Jimin ficou bem menos tempo que o esperado lá, e quando contou para os amigos como foi a conversa, estava bem animado. Acontece que a mulher era mesmo muito justa. Antes de qualquer coisa ela quis ouvir o lado de Jimin em toda a confusão. Ela também confirmou que ouviu a gracinha de Dylan, pois estava perto do grupo deles, além de já ter tido algumas outras reclamações sobre o garoto. Navasky tinha uma reputação bem ruim, afinal de contas. Em conclusão, Park ficou dois dias suspenso, enquanto Dylan ganhou cinco dias de suspensão onde faria uma redação de cem páginas sobre racismo e xenofobia. Ele teve com um belo deslocamento na mandíbula.
Park Jimin virou uma celebridade no colégio e Elisa voltou a ter seu status elevado, da noite para o dia, literalmente. Os comentários sobre como ele "acabou com a raça do Dylan" eram, num geral, bem entusiasmados. Catarina destrinchava bastante a situação ao contar toda a fofoca para Emma por mensagens, coisa que faziam de vez em quando, mas nunca pessoalmente. Sanders até tentava se reaproximar aos poucos – parabenizou muito Taehyung depois da partida -, mas Cat ainda não tinha muita coragem de encara-la.
Se no colégio as coisas estavam fervilhando, fora de lá não era muito diferente. Na mesma semana que Styles mudou de tutor de física – depois de uma conversa tranquila com Andrew – ela dispensou mais uma psicóloga e marcou consulta com outro profissional. Estava um pouco cética. Foi uma indicação do seu pai, que insistiu em tentar ajuda-la, e era um homem. Estava certa que tinha tudo para dar errado, porém, teve uma surpresa boa em sua primeira sessão.
Para começar, o Dr. não a infantilizou como a primeira psicóloga, ou usou óculos de sol fingindo dar a mínima para o que ela falava como a segunda. Ele olhou para Catarina e quis conhece-la. Perguntou primeiramente coisas simples, quis saber o que ela gostava e desgostava, achou importante saber sobre as pessoas mais próximas dela. Quando Cat disse que gostava de estudos sociais e que pesquisava muito sobre o assunto por muitos anos, o Dr. a tratou como se ela já entendesse bastante do tema e fosse muito consciente dos problemas e soluções. Ele não a subestimou ou fez pouco caso de nenhuma das suas histórias, mas bateu firme na tecla "mãe" logo de cara. Foi uma sessão bem demorada, mas muito leve e, pessoalmente para Styles, bem impactante.
Obvio que desde a conversa nada decisiva com o pai, a ideia de finalmente ouvir a versão da mãe em toda aquela história vinha crescendo com bastante força, mas a sessão com o Dr. Min a fez matutar o assunto até que enfim desbloqueou o número da mais velha e ligou pedindo para conversar. Numa ligação constrangedora para Cat, as duas combinaram que a garota iria até a casa da mãe no domingo. Inicialmente planejava ir sozinha, pois não queria incomodar Taehyung quando ele estava tão cansado e atarefado com coisas do time, mas ele insistiu em acompanha-la nem que fosse para ficar novamente no carro enquanto as duas se entendiam. Ela, claro, jamais negaria que preferia tê-lo ao seu lado.
