Capítulo 30 - Alone

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Catarina

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Catarina

Estava perdida, literalmente! Deu algumas voltas pela vizinhança até encontrar um ponto de ônibus, e precisou pedir algumas informações para conseguir voltar para casa, além de pesquisar o endereço pelo celular. Ficaria amedrontada se não tivesse percebido que Kim Taehyung a seguia para onde quer que fosse. Quando finalmente entrou no ônibus achou que não o veria mais, porém, se surpreendeu ao desembarcar perto de seu bairro e ver que o carro dele ainda a acompanhava. Foi assim até que Catarina estivesse segura em seu próprio lar.

Quis respirar aliviada, mas não foi assim que se sentiu quando ficou sozinha. O peito pesado carregava uma carga de sentimentos fortes e cheios de conflitos – assim como destrutivos -. Achou que poderia facilmente ter chegado até os trinta anos sem ver a mãe de novo, que mal ligaria, ou pelo menos cogitou que com um pouquinho mais de tempo estaria já no estágio da indiferença. No entanto, aparentemente quanto mais tempo passava, mais tudo ficava difícil. Mais abandonada, chateada, rejeitada e culpada se sentia.

Agora que Taehyung havia se envolvido em tudo, passou a se sentir decepcionada também. Magoada por ter sido tão ingênua. Traída por que ele fez tudo escondido e sem sua permissão. Incompreendida, já que o garoto claramente achou que fosse tudo uma "frescurinha" de filha mimada. Desprezada, pois cogitou que com a "surpresa" os dois iriam dar mais um passo para aprofundar a intimidade que já dividiam. Carente porque mesmo assim queria o consolo dos carinhos e beijos que somente ele poderia lhe dar. Teve vontade de beijá-lo em agradecimento por não ter insistido em uma conversa, ao mesmo tempo em que quis mandar uma mensagem mal educada quando ele simplesmente foi embora assim que ela entrou em casa.

Infelizmente, mais uma vez acabou se deixando levar pelo sentimento que prevalecia quando se tratava do seu assunto delicado: a raiva.

Passou o restante do dia tão inquieta que até mesmo Yamcha e Boris preferiram se manter afastados. Cat teve a companhia somente de Nina, que insistia em manter-se deitada em seu colo, como sempre fazia quando parecia sentir que a dona não estava bem. Enquanto acariciava a gata - esparramada no sofá olhando para o teto -, relembrava cada uma das coisas que a mãe lhe jogou na cara. Seus olhos lacrimejavam hora sim e outra também, mas ela fez uma força enorme para não derramar nenhuma lágrima.

Acabou pegando no sono durante a tarde toda e mesmo assim a expressão dura não deixou seu rosto. Acordou com o barulho de chaves na fechadura da porta e ao levantar a cabeça sentiu um estalo dolorido no pescoço. Nina ainda esquentava sua barriga, deitada confortavelmente sobre si. Espremeu os olhos para ver o pai passar rapidamente pelo sofá, indo em direção ao corredor.

— Vai dormir na cama – aconselhou ele.

— Que horas são? – responde com a voz rouca.

— Umas sete horas da noite.

— Chegou cedo – Cat franze o cenho, tirando a gata de cima de si cuidadosamente e se levantando do sofá.

— Vim só tomar um banho. Vou ficar até mais tarde de novo.

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