Capítulo 7 - Learning about Jeremy Lin

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Catarina

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Catarina

Estava ficando sem muitas opções para matar o tempo de manhã antes de ir para a escola. Porque não podia ser como qualquer outra pessoa normal e dormir até se atrasar? Pouparia bastante estresse. Sendo uma pessoa "anormal" ela havia enrolado na cama, tomado café da manhã, trocado a comida e a água dos gatos e do cachorro antes de se arrumar e agora dava uma volta a mais no quarteirão da escola dentro do seu carro velho esperando ouvir o sinal.

Sua rotina e estudos sociais matinais haviam sido jogados na privada agora. Depois do choque inicial na festa veio o medo. Ela havia mesmo passado por um momento crítico e o que poderia ter acontecido na pior das hipóteses teria acabado com a sua vida. Então agora ela não pegava mais o ônibus escolar, não chegava cedo ao colégio, não usava mais suas croppeds listradas e justinhas e se antes passava lápis nos olhos uma vez ou outra, agora que nunca mais usaria mesmo. Tudo que pudesse fazê-la mais invisível aos olhos de Dylan Navasky.

Quando enfim estacionou próxima a escola, saiu do carro e subiu correndo a escada pequena. Antes de sorrir minimamente para o inspetor rabugento, olhou mais uma vez para o seu carro, checando se havia deixado tudo certo. Ainda era velho e caindo aos pedaços, mas pelo menos não estava mais empoeirado como de costume. Progresso!

Emma esperava a melhor amiga sozinha e pronta, encostada no armário da mesma. Estava folhando o livro de inglês um pouco distraída, mas não se mexeu assim que Catarina apareceu ao seu lado apressada.

— Você não pode fazer essa sua chegada quase no último minuto sua nova rotina – diz com a voz um pouco tediosa.

— Posso sim. Tenho tido sucesso – responde procurando seu livro de biologia jogado no armário desorganizado.

— O que aconteceu com o tal do Dylan afinal? – fecha o livro e finalmente se vira para a amiga, um pouco mais impaciente – Porque não quer me contar?

— Eu tenho vergonha – suspira baixinho – Não contei nem pro MoriBoy.

— Quer dizer que você contaria pra ele com mais facilidade do que contaria pra mim? – agora estava indignada.

— Não é isso... É que... – segura a porta do armário, procurando as melhores palavras para se explicar. Um olhar bobo e brilhante no rosto – Você já sentiu que algum amigo virtual fosse capaz de te conhecer melhor do que as pessoas a sua volta?

— Não Catarina. Não tenho amigos virtuais – cruza os braços.

— Não sei se é porque eu sou melhor em me expressar escrevendo do que falando, mas é tão mais fácil de me abrir com ele. E sei que ele me conhece muito mais do que pessoas que conviveram comigo todos os dias.

— Eu vou te dar na cara – ergue as sobrancelhas e aponta o dedo para a amiga assim que Cat vira assustada para encará-la após a ameaça.

— Caramba, acordei a fera – fecha o armário com cuidado e puxa a amiga pelo braço, para andarem com pressa pelo corredor – Sabe que não estou falando de você. Só... Quero esquecer esse assunto. Nunca mais vou chegar perto desse garoto na minha vida e... Tive uma ideia! – se interrompe entusiasmada – Eu posso te buscar em casa e te trazer para a escola todos os dias.

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