[Concluída ✓] É possível amar e odiar uma pessoa ao mesmo tempo? Para Taehyung e Catarina a resposta com certeza é não. O "relacionamento" dos dois era superficial e a base de farpas bem afiadas. Para eles só existia a antipatia mutua. Ou pelo menos...
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Catarina
Quando foi chamada até a tutoria mais uma vez, pela Srta. Tucker, já estava cabisbaixa e desesperançosa. O que não imaginava é que conheceria Andrew Newman. Um aluno transferido que assim que chegou à escola se disponibilizou para fazer tutorias e oferecer reforço aos alunos com dificuldades. No momento em que viu o garoto magrelo de óculos, esperou que ele negasse ajuda-la quando pôs os olhos em si, mas Andrew apenas sorriu, concordando imediatamente. De tão surpresa Catarina nem conseguiu retribuir.
Depois disso não o viu mais pelo resto do dia, tão pouco nos próximos dois dias, apenas se cumprimentaram pelo corredor uma vez. Aparentemente eles só fariam física juntos mesmo. O que era uma pena. Já que os experimentos sociais dela estavam todos abandonados, seria legal ter uma pessoa para fazer dupla em alguma outra classe também. Por mais que Emma ainda lhe mandasse mensagens todos os dias e tentasse se aproximar toda aula de química, Cat não queria aceitar que a melhor amiga não lhe contou tudo que deveria contar sobre MoriBoy/Taehyung. A garota não era muito boa em perdoar. Um defeito dos grandes, e o único que pegava no seu pé por isso era justamente...
Melhor deixar para lá.
Pela primeira vez desde o começo do ano letivo, Styles não estava desanimada em ir para a aula de física - era a segunda aula que faria com o novato -. Andando pelo corredor em direção à sala, Andrew acabou lhe alcançando e os dois começaram a conversar. Ele era mais ou menos como ela. Apesar da aparência e de ser tão inteligente, o garoto não se encaixava no estereótipo de tímido que todo nerd tinha. Socializava muito bem, não demorando a puxar algum assunto com Cat.
— Então seu pai é militar?
— Isso. Foi transferido para o Corpo de Fuzileiros Navais daqui. O que é uma grande mudança, o pelotão dele era das Forças Armadas.
— Desculpa, eu não entendo muito bem quais são as diferenças – ela ri sem graça.
— Inicialmente o Corpo de Fuzileiros Navais servia somente na segurança de navios da Marinha e em táticas anfíbias de guerra, que basicamente significa...
— Tipo ataques marítimos? Ofensivas utilizando embarcações.
— Sim. É exatamente isso. – responde com um sorriso, desviando de algumas pessoas passando pelo corredor também – Mas agora o Corpo dos Fuzileiros Navais é uma força militar individualizada, com vários objetivos nas forças armadas norte americanas.
— Como você entende muito do assunto, posso adivinhar que você pretende seguir carreira que nem o seu pai.
— Correto.
— Então porque você veio parar no East Port? Sendo filho de militar você não tem prioridade no Citadel? É uma referência de colégio militar no país inteiro.
— Eu tenho certa vantagem em conseguir uma vaga, mas como você mesma disse, é um colégio de referência no país inteiro. Estou na lista de espera. Enquanto isso estou aqui no East Port.
