Oito

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Atenção: o capítulo não foi bem revisado.
Boa leitura! 😙

Debi narrando

As minhas mãos suavam, meus lábios estavam pressionados em linha reta, meu coração batia acelerado, enquanto meus olhos examinavam cuidadosamente o hall de entrada da mansão. Os detalhes continuavam os mesmo que anos atrás — o piso branco polido, as paredes altas e claras, um aparador revestido de mármore Carrara abrigando um arranjo com rosas brancas. Suzana ainda gostava daquele típico estilo de decoração minimalista, mas um tanto clássico e refinado.

— Ninguém da minha família vai te morder. — Jacob falou sarcasticamente.

Eu estava ali, parada, encarando a decoração maravilhosa, a fim de ganhar tempo e me acalmar, eu poderia ter uma parada cardíaca ali mesmo. Eu estava tensa e nervosa, não sabia o que esperar de Anne Belmonte, a avó do meu "futuro marido". Diante da grandeza daquela mansão e do sorriso sarcástico de Jacob, me encolhi como uma ovelha desamparada.

Em poucos minutos, o toc toc, que um par de salto alto produzia contra o piso polido, anunciou a dona da casa.

— Boa noite, Debi! — Suzana Belmonte me saudou com um sorriso largo, seu entusiasmo era contagiante. — É um prazer te receber aqui, ainda mais como namorada do meu filho!

Para minha surpresa, ela abriu os braços para mim e, instintivamente, eu a abracei. Gentilmente, eu senti seu calor maternal, o que me deixou tranquila. Eu não esperava que Suzana pudesse me acolher tão bem, logo de início.

Ao meu lado, Jacob arranhou a garganta, fazendo com que nós duas nos afastássemos uma da outra.

— Eu não ganho abraço? — ele perguntou convencido, com uma das sobrancelhas levantada.

Suzana olhou para seu filho e recolheu o sorriso de seu rosto. Ela estreitou seus olhos castanhos, denunciando algumas linhas de expressão próximas a suas pálpebras.

— Ai!— Jacob resmungou após levar um tapa de sua mãe.

— Graças a Deus você está com uma moça decente e de família, quem sabe assim vai ter horário para voltar para a casa e esquecerá as baladas! — Suzana disse com raiva, enquanto Jacob acariciava o braço agredido.

Pressionei meus lábios para não denunciar meu divertimento com a situação, caso contrário eu não me controlaria e cairia na gargalhada.

— Você tem total permissão para morar no apartamento dele, Debi — ela me disse com delicadeza.

— Eu trabalho tanto que nem tenho tempo para baladas. — ele reclamou com desgosto, mas àquela altura, eu e Suzana já caminhávamos em direção a sala de estar de braços entrelaçados, como se o Jacob nem existisse.

*

Que a mansão de Suzana era linda, não restavam dúvidas. Desde a última vez que eu a tinha visitado, ela estava ainda mais linda. As cores das paredes continuavam sóbrias, mas agora as almofadas dos sofás da enorme sala de estar tinham toques de cores e alguns vasos de flores cor-de-chá. O piso branco polido não deixava o ambiente frio, porque todo o resto tinha um toque um tanto aconchegante. Eu me perguntei como seria morar ali, naquela casa, tudo era tão espaçoso e bonito... Só havia uma coisa que prejudicava o ambiente em questão: as duas mulheres que estavam sentadas ali, conversando distraidamente.

Quando o sol se põe Onde histórias criam vida. Descubra agora