Vinte e Quatro

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72 horas antes da cerimônia.

Debi narrando:

A casa era enorme. Ela era uma mansão com certeza. Na verdade, eu nunca havia estado em um lugar tão lindo antes. De fato, era uma obra artística e eu não consegui esconder a surpresa quando eu a avistei e a minha admiração só foi aumentando à medida que eu conhecia cada parte da residência.

— Debi, você já parou para pensar? Parece que acertou na loteria! — Lisa disse admirada. Ela não conseguia nem piscar seus enormes olhos azuis.

— É amiga, eu bem que queria estar no seu lugar, nada contra, tá? — Daniela comentou observando os móveis que compunham a casa. Ela era bastante exigente, mas era impossível reprovar alguma coisa ali.

— É, filha, acho que você vai ter que procurar no GPS onde é a cozinha, de tão grande que é a casa. — minha mãe brincou.

E eu só consegui pensar que, pelas fotos no celular, a casa parecia bem menor do que era.

— A pedido do Jacob, já estou preparando uma equipe para te ajudar, Debi. — Suzana apareceu no cômodo onde estávamos. A princípio, aquele quarto parecia ser de hóspede.

— Equipe? — perguntei ainda atordoada.

— Sim. Jardineiro, cozinheira, faxineiras... — Suzana começou a listar, mas acabou desistindo. — Enfim, você precisará de alguns empregados.

Encarei a janela que dava para o jardim dos fundos e respirei profundamente.

— Você não disse que sua casa era tão fabulosa! — Lisa cochichou no meu ouvido. Ela estava encantada.

— Onde é o seu quarto? — minha mãe perguntou de repente.

A encarei confusa. O Jacob nunca me punha a par de nada, ele sempre abusava da minha criatividade. Ora, aquela também era a minha primeira vez ali.

A situação era um tanto exaustiva. Para a família, eu e Jacob estudamos minuciosamente a residência, mas, na verdade, eu havia escolhido aquela casa através de algumas fotos no celular.

— Ah, eu também estava curiosa. — Suzana sorriu amigavelmente e saiu andando pelo corredor da área íntima da mansão. Nós estávamos no segundo pavimento.

Animadas, minha mãe, Lisa e Daniela a seguiram. Eu apenas fiquei parada naquele cômodo e procurei pelo contato do Jacob no celular. Iniciei a chamada. Ele atendeu no terceiro toque.

Belmonte. — ele disse polidamente. Revirei os meus olhos.

— Jacob, por que você fez isso comigo? Essa casa é muito para três pessoas?! — falei um pouco irritada.

Está me ligando para isso? — ele perguntou secamente. Ah! Como eu estava o odiando!

— Eu nem sei como ficaram os quartos, minha mãe fica me fazendo perguntas sobre a casa e eu nem sei dizer! — cochichei, me certificando de que ninguém estava me escutando.

Seu quarto é ao lado do meu. — ele disse sem se importar muito.

— Ah, sim! E onde é o seu quarto? — perguntei ironicamente.

Ele é a suíte master.

— Muito objetivo, senhor. — falei notavelmente entediada. — Onde é a suíte master, Jacob?

Eu não tenho tempo para ficar brincando de frio e quente com você. — ele disse impaciente.

— Isso não é justo. Você é muito vago, não pode reclamar se eu não atuar bem.

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