Quatorze

30 2 0
                                    

Três avisos importantes:
1) O capítulo anterior foi atualizado! 😄
2) O capítulo a seguir é o maior de todos que já foram postados antes, por isso leia apenas se tiver tempo.
3) E... o capítulo é enorme e não foi revisado.

Boa leitura!

~*~

Jacob narrando:

— Quem é Lucinda? — Debi perguntou assim que eu arranquei o carro.

O noivado ocorrera conforme o combinado, por sorte eu não havia permitido que Poliana estragasse os meus planos, minha mãe e minha avó também foram muito atenciosas comigo, deixando que uma parte da minha vida continuasse intacta. A família Torres saiu ilesa de qualquer mal-entendido de forma que o jantar fosse agradável. Finalmente Debi e eu estávamos noivos, aquele era mais um passo para o plano. Ao final de uma noite (aparentemente) feliz, para a minha surpresa, Debi insistiu para que eu a levasse para casa. Na presença de duas famílias convictas de que eu estava apaixonado, eu não pude recusar seu pedido. Agora eu a levava para casa e ela esperava uma explicação sobre quem era Lucinda.

Eu não me dei o trabalho de encarar Debi, nem de responder sua pergunta de imediato, porque Lucinda era um assunto comprometedor para mim.

— Jacob, por favor, não me ignore. Eu preciso explicar para a minha família quem é esta pessoa. Você sabe como a Lisa é curiosa. — ela disse pausadamente.

Soltei uma lufada de ar.

— Eu preciso de pelo menos dois dias para te dar detalhes sobre ela. — respondi de forma polida.

— Não, não! — Debi disse impaciente. — A sua mãe disse que eu explicaria tudo mais tarde, mas eu nem sei nada sobre! E ela disse como se eu soubesse de tudo!

Tentei não revidar, mas foi inevitável revirar os olhos. Uma das razões de escolher a Debi era porque ela era calma e fazia de tudo para ser gentil, mas agora ela parecia constantemente estressada.

— Tenha calma. — falei. — Por acaso alguma coisa deu errado até agora? — perguntei.

— Acontece que você e sua família me deixaram em uma situação complicada! Eu não estou perguntando porque estou curiosa sobre sua vida, pouco me importa! Eu estou pedindo que me explique por causa da minha família e desse contrato que tem coordenado cada passo meu! — ela disse com raiva.

Abruptamente, direcionei o carro para o acostamento e o parei. Quando finalmente encarei os olhos escuros de Debi, eu a vi assustada. Arranhei a garganta e disse com calma:

— Eu não quero ser tão injusto com você, Debi. Tudo o que eu quero é que haja o mínimo de preocupação possível em relação a sua família. Lucinda, para mim, é uma assunto que nem deveria ser mencionado, porque eu tenho certeza que não é importante.

— Não pareceu pouco importante quando Poliana disse. — Debi falou, mas seu tom de voz já não era tão áspero. — E tudo o que eu peço é que não haja tantos segredos entre nós, para uma boa convivência enquanto o contrato durar. — falou.

Assenti com a cabeça e decidi contar parte da minha vida que, indiretamente, me ligava à Lucinda Galvão.

— Tudo bem, eu vou te contar.

Quando o sol se põe Onde histórias criam vida. Descubra agora