CAPÍTULO XXXV

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Boa leitura!

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"Sim, querido, venha e traga seu namorado. Vou fazer um almoço especial para vocês, assim posso conhecer o rapaz melhor."

Jaemin acabou sentindo seu rosto se  esquentando gradualmente ao ouvir a palavra ’namorado’. Não era uma palavra estranha, mas íntimo demais e Jaemin tinha certeza de que embora a relação dos dois fosse indefinida, eles não eram namorados e chegava a ser estranho quando alguém dizia ou pensavam que eram um casal — de fato, eram indiretamente,mas não queriam admitir pela vergonha ou por pensar que o outro poderia não gostar.

— Mãe!

" O que foi, querido? Não precisam esconder, são lindos, afinal de contas. Bem, espero vocês aqui! Até mais, beijos meu bem."

A ligação encerra logo depois de um breve estalo de lábios e Jaemin suspira, desligando o celular. Jeno acaba sorrindo ao ver as bochechas do mais novo coradas.

— O que a mãe do meu Nana disse para deixá-lo assim? — Ele ri arrumando as prateleiras de livros que ficava em um canto da sala. Como o apartamento não era grande o suficiente para ter uma biblioteca, Jeno optou por arranjar um espaço na sala.

— Nada! Deixa de ser curioso! — Jaemin diz sem graça, cruzando os braços. — Oi! Finalmente o bebê do papai acordou! — Jaemin muda de expressão e acaba sorrindo ao ver o pequeno Billy pulando em seu colo. Jaemin logo fica agachado no chão, pegando a pequena bolinha de pêlo nos braços, fazendo um cafuné em sua cabeça.

— Hm, eu sou seu bebê também e você nunca me acorda assim, estou com inveja do Billy. Doguinho esperto, ham. — Jeno diz enciumado,fazendo um pequeno bico, voltando a organizar os livros.

— Toma vergonha. O Billy é bebê! Você já é marmanjo velho. E pode parar, eu te acordo com carinho sim.

— "Anda, Jeno. Levanta caramba! Vamos nos atrasar!" — Ele imita o mais novo, suspirando em seguida. — Nossa, com muito carinho, eu diria.

Jaemin cerra os olhos, deixando Billy no sofá, olhando mortalmente para o loiro, com uma mão na cintura.

— Muito mentiroso que você é!

— Mas não fala isso, não? Tem certeza?

— Eu não te acordo com carinho, não, Lee Jeno? Não faço carinho em você e beijo sua bochecha? Seu conversado!

— Raríssimas vezes, eu diria. — Jeno prossegue com a provocação para ver até onde essa conversa iria.

— Língua afiada! Conversado! — Jaemin diz irritado indo até Jeno. — Retira o que disse, agora! — Ele diz autoritário olhando seriamente para Jeno que não se conteve, começando a rir na cara de Jaemin.

— Não, é verdade, ué. — Ele deu de ombros, se assustando quando sentiu sendo levado com certa força, logo, sendo prensado na estante de livros. Havia doído um pouco, por estar sem camisa. — O que foi, gatinho? Está parecendo um cachorro Pinscher. — Jeno gargalha mais uma vez ao ver que Jaemin estava muito bravo, olhando para ele com sangue nos olhos.

— E você é um cachorro vira-lata, fedido que só conta mentiras! — Ele diz espalmando suas mãos no peitoral do mais velho que puxa um de seus pulsos rapidamente, fitando seus olhos de forma descarada, mordendo os lábios em seguida, para provocá-lo.

— Tá bravinho por quê hoje você não recebeu beijo? Hm, não seja por isso, meu amor. Meus beijos são só para você. —  Jeno sorri, inclinando um pouco sua cabeça para frente, selando seus lábios nos de Na que suspirou assim que sentiu o toque macio dos lábios do loiro.

O filho do Pastor  ⋆  Nomin Onde histórias criam vida. Descubra agora