O filho do Pastor ⋆ Nomin

CAPÍTULO LXI

Boa leitura!

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— Você ainda não está totalmente recuperado. O que custa aceitar minha ajuda? — Renjun disse irritado colocando a sopa nas mãos de Jisung.

— Porque eu te fiz muito mal e eu não mereço ser ajudado por você. — Ele diz encarando o caldo verde e logo olha para Renjun. — De verdade, muito obrigado por tudo o que está fazendo por mim...

— Nem se fosse meu pior inimigo. Claro que eu te ajudaria. Uma coisa não tem nada haver com a outra e também eu não sou do tipo que vê alguém precisando de ajuda e passa reto. — Ele diz dando de ombros se sentando ao lado de Jisung. Ainda não estava acostumado com esse contato, afinal, foram muitos anos sem se verem. Ele estava ainda mais lindo, mais viril e mesmo com todos os acontecimentos, Renjun ainda sentia um certo sentimento por ele, não podia negar.

— Hm. Obrigado mais uma vez. — Ele diz sem jeito, provando da sopa.

— Você já descobriu quem te atacou? Já denunciou?

— Ainda não,mas pelo pouco que pude ver, eles são jovens demais e acho que eles queriam apenas minha carteira. — Ele diz calmamente se ajeitando no sofá.

— Nossa, anos se passaram e o seu jeito calmo demais ainda permanece! — Renjun revira os olhos. — Você não percebe que isso é grave e que não pode ficar assim, Jisung? Eles tem que pagar pelo que te causaram!

— Relaxa, Renjun. Eu estou bem e de qualquer forma, acabarei denunciando. — Ele diz provando mais um pouco da sopa. — Você cozinha bem. — Ele sorri. — No passado, grudaria na panela!

— Ei! As pessoas evoluem, sabia! E eu evoluí bastante na cozinha! Afinal, se eu não desse um jeito, o Chenle passaria fome. — Eles acabam rindo juntos e por um momento as memórias vieram. Renjun havia se esquecido do quão bom e confortável era rir com Jisung e passar momentos assim ao seu lado. Mas agora tudo era diferente e jamais voltaria ao que era.

— E você? Está namorando? — Aquela pergunta tão pessoal pegou Renjun desprevenido. Ele engasgou com sua própria saliva.

— Na-namorado? Não! Está louco!

— Mas, você é lindo, jovem... Como assim não tem namorado?

— Relacionamentos são difíceis, as vezes te desgasta e te machuca. Eu não estou preparado para um relacionamento...

— Ah, compreendo. — Jisung murmurou sentindo uma pontada no peito acompanhada pela culpa. Afinal, se Renjun não se dava uma oportunidade ao amor novamente, era justamente por sua causa. — Me perdoa, Renjun...

— De novo? Está no passado, Jisung. Para de remoer isso. De qualquer forma, naquela época a gente era muito imaturo. Aquela relação não iria pra frente.

Jisung engole seco, colocando o prato em cima da pequena mesinha, olhando para Renjun que o encarava. Nossa, ele estava cada vez mais lindo. Os anos se passavam e ele só conseguia ficar ainda mais lindo e atraente. Jisung daria tudo para tê-lo como antes e beijá-lo como nunca, mas isso... Ele sabia que jamais aconteceria novamente — só lhe restavam memórias boas e calorosas de quando estavam felizes juntos.

— Eu realmente te amei... Mas eu não queria te fazer sofrer mais. Eu não era o cara legal e dos "sonhos" que você pensou, Renjun. Eu era muito ambicioso e egoísta na época. Me afastar de você foi para não te ferir mais... Mas eu acabei fazendo muito pior. — Ele sente seus olhos marejados. — Eu me sinto culpado e isso nunca irá embora, porque justamente por minha culpa você é assim hoje... Se eu não tivesse te ignorado e casado com ela, as coisas não estariam as-