CAPÍTULO LXVIII

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Boa leitura!

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— Você é péssimo jogando, nossa! — Chenle reclama tirando a blusa assim que entrou no vestiário.

— Eu não estou em um bom dia. Não enche. — Mark diz irritado já ligando o chuveiro.

— Se não fosse por você, a gente não tinha perdido! É uma vergonha!

— Porra. Como se a responsabilidade fosse só minha! Você também deveria fazer a sua parte ao invés de jogar tudo em mim e esperar que eu faça algo. — Mark disse irritado passando a mão nos cabelos. — Não é porque sou seu namorado que eu tenho sempre que te carregar nas costas.

— Caralho, para de falar assim comigo. Você sempre é grosso! Eu detesto isso em você, estúpido. — Chenle altera o tom de voz, entrando embaixo do chuveiro, se negando a olhar para o namorado.

O clima havia ficado estranho e logo o resto dos colegas já estavam chegando. Jungwoo entrou no chuveiro em seguida, olhando para os dois que não pareciam estar muito bem.

Eles sempre andam brigando. Pior do que gato e rato.

— Bom jogo, não acha? — Ele diz apenas para quebrar o clima constrangedor mas Chenle não diz nada, apenas o olhando de forma séria e irritada.

— Vocês jogaram bem. — Mark diz suspirando profundamente olhando para Jungwoo que sorriu de canto quando viu a água escorrendo pelo seu peitoral.

Enquanto os outros conversavam animadamente enquanto se trocavam ou tomavam banho, os três ainda estavam embaixo do chuveiro em silêncio. Mas Chenle já se encontrava incomodado já que ele sabia que o olhar de Jungwoo estava pesando sobre ele e isso o estava irritando.

— O quê foi? Nunca viu um pau, não? — Chenle disse de forma rude fechando a torneira, colocando seus cabelos para trás.

— Qual é, não precisa ser assim, estressadinho. Eu não tenho culpa se você perdeu. — Ele provoca sorrindo.

— Jungwoo, agora não, cara. — Mark diz suspirando já sem paciência se enrolando na toalha.

— Vocês tem que relaxar, nem parecem que são um casal.

— O quê você sabe sobre a gente? Não se mete, cara. Não pedi sua opinião. — Chenle diz rudemente saindo do chuveiro, indo em direção ao seu armário.

— Eu sei o suficiente sobre o Mark e sei que ele não tá bem com isso! Para de ser mimado pelo menos uma vez e cuida do seu namorado. — Ele diz se aproximando de Chenle completamente nu, com seus cabelos pingando, enquanto o olhava seriamente. — Ou outro irá e você ficará lamentando pelos cantos, porque não soube dar valor enquanto tinha aos seus pés. — Ele sussurra próximo ao ouvido de Chenle o causando arrepios indesejados, saindo em seguida.

Mark soca a parede de raiva. Ele já estava cansado de tudo e de Jungwoo sempre se metendo, fazendo raiva em Chenle. As coisas não estavam saindo como ele pensava. Cada dia era um sacrifício com Chenle, ele sempre sentia que tinha que pisar em ovos para falar com ele sobre tudo, ou logo se irritaria. Não estava nada saudável e as vezes pensava se havia feito o certo; talvez Chenle não gostasse tanto de Mark como ele sempre dizia. Porque Mark o estava sentindo distante demais, inalcançável, frio e isso era irritante e odioso.

— Não liga pra ele, tá? Ele é um estúpido. Não sabe o que diz. Só se veste e vai pra sua aula. — Mark diz saindo do vestiário assim que vestiu suas roupas rapidamente.

Chenle ficou mais de trinta minutos ali parado, pensando em tudo e em como a chegada de uma terceira pessoa —  Kim Jungwoo — estava abalando drasticamente a vida do casal. Ele não sabia mais o que fazer e talvez, ele não estivesse errado. Certamente ele não estava dando o valor devido para Mark e levando com seriedade o relacionamento, porque agora não era apenas um lance com pegação, era mais sério e talvez, só talvez, Mark desejasse uma atitude mais séria sobre isso.

O filho do Pastor  ⋆  Nomin Onde histórias criam vida. Descubra agora