CAPÍTULO LXIV

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Boa leitura!

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Chenle estava muito irritado e não queria saber de mais nada. Ele apenas ignorou suas responsabilidades dizendo pra Jaemin que não assistiria mais as aulas. Ele juntou suas coisas e foi para o ginásio. Ficaria ali ouvindo música ou pensando em seus problemas, quem sabe?

A verdade era que ele estava muito irritado com a cena que havia visto dias atrás e que por nada saía de sua mente — isso era irritante e perturbador. Ele não gostava de Mark, talvez sentisse atração ou desejo, mas isso não significava que ele poderia se sentir tão estranho e irritado como estava no momento.

— Oi... — Aquela voz era muito familiar,mas ele não quis se dar o trabalho de olhar para a pessoa e ele nem mesmo sabia o que ele estava fazendo ali.

— Pensei que você estivesse com seu namorado. — Ele disse sem pensar, pausando a música.

— Ele não é meu namorado. Somos apenas amigos.

— Não?

— Não. — Quando ele disse isso, Chenle riu.

— Então sua amizade com ele é muito especial, porque ele até te agarra e te beija. — Ele sorri olhando para Mark que fica um pouco desconfortável.

— Você viu, né? Mas não temos nada. É só que ele n-

— Que isso? Você não precisa me explicar nada. É a sua vida e eu não tenho nada haver com isso. E além do mais, não temos nada. Foram só algumas fodas, sem sentimento ou compromisso, não é? — Ele diz orgulhoso guardando o celular no bolso chupando o pirulito de melão.— É como seu amigo disse, você fode pra caralho e não estou dizendo só na cama. — Ele sorri sentindo sua boca amarga,mesmo estando com o pirulito. — Você é bom com essas coisas.

— Você está muito seco comigo. Não tá como antes.

— Está sim. Eu nunca fui amável contigo.

— Eu sei que não, mas eu percebi seu jeito grotesco e seco de me tratar. É por causa do Jungwoo?

— Que caralho, eu já disse que não tem nada haver com isso! Porra, não fode! — Chenle diz irritado.

— Você não sente falta da gente junto?

— Você só me procura pra foder, Mark. Novidade. — Ele suspira frustrado, revirando os olhos. — O que eu tenho a oferecer a não ser minha bunda e o meu pau, não é mesmo? — Ele diz olhando fixamente nos olhos de Mark. Ele havia percebido o quanto o loiro estava irritado só pelo jeito que falava.

— Não é isso. Como se você não me procurasse só por causa disso também. Você mesmo disse que era sem sentimento, Chenle. Por que está agindo assim agora?

— Vai se foder. Não quero falar com você. Nem sei o quê veio fazer aqui. — Irritado e já sem paciência, Chenle pega sua mochila e coloca nos ombros, se levantando em seguida.

Quando ele estava para sair, Mark segurou em seu pulso, o fazendo parar e o fuzilar com o olhar.

— Qual é, vamos conversar? Sem brigas ou alfinetadas.

— Aí é que está o 'x' da questão. Nunca dá pra conversar com você, Mark. Me deixa em paz.

— Você está com ciúmes. — Uma pontada de alegria e satisfação preencheu Mark.

— Não blefa. Você não é tão importante na minha vida a ponto de fazer esse lado meu aparecer. — Chenle diz cheio de desdém e desprezo.

— Será? Porque suas atitudes e seu olhar diz outra coisa totalmente diferente. — Mark fala suavemente dando passos até ficar perto de Chenle olhando em seus olhos. Ele acariciou sua mão e logo segurou delicadamente em seu rosto, fazendo uma carícia que havia desmontado Chenle,mas que não demonstrou nenhum sentimento. No fundo ele estava sim enciumado e sentia falta de Mark em seus braços. Do seu calor, dos beijos e de seu carinho, porque apesar de ser apenas sexo sem compromisso, ele sabia que Mark tinha um carinho especial por ele que nenhum outro ficante teve com Chenle. — Eu gosto de você, Chenle. De verdade. O quê mais eu terei que fazer para você perceber e acreditar que eu estou afim de você? A gente começou esse lance em uma porra de aplicativo com risco de não dar certo. Você me odiou porque o "Kim22" na verdade não era o Kim, não tinha 22, não era tão sarado e bonito assim. Pelo contrário, ele era o Mark Lee cuzão que vivia mexendo contigo e que você odiava. Mas mesmo assim a gente ficou, porque você já estava chapado de droga e bebida e eu nem liguei pra isso. — Ele suspira. — Mas eu estou aqui, eu gosto de você pra caralho, Chenle. Porra, você não vê que eu não sou assim com mais ninguém? Que eu quero estar com você? Eu quero a todo momento te beijar, te abraçar, te tocar, estar contigo, te amar. Eu quero tudo com você, Chenle. Por que só você não vê?

O filho do Pastor  ⋆  Nomin Onde histórias criam vida. Descubra agora