O filho do Pastor ⋆ Nomin

CAPÍTULO II

Boa leitura!

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A semana se passou mais rápido do que o esperado, só porque Jaemin não queria ir a igreja e ter que ver a cara de pervertido tarado de Lee Jeno — estava mais na via láctea do que com seus pés no chão, tudo por culpa de um loiro safado!

Estava se agoniando a semana inteirinha, tentando esquecer do ocorrido, mas não, se lembrava de tudo, até mesmo quando não queria se lembrar e algumas noites sonhava com o dito cujo e se odiava por isso. Ele ainda se sentia muito culpado por tudo e em como seu corpo havia reagido naquele dia.

Agora estava deitado na cama, fingindo que havia perdido o horário apenas para não ter que trombar com o garoto novamente. Por sua vontade,não voltaria a igreja nunca mais.

— Jaemin, acorda e vá tomar seu banho. — Sua mãe diz batendo na porta.

— Hm, mamãe... Eu não quero ir hoje. — Disse manhoso.

— Você não tem que querer,querido,você sabe de suas responsabilidades e de como seu pai é rigoroso. Não o contrarie. — Embora suas palavras fossem severas, soaram de forma calma e serena. — Seja rápido. — Dando seu último aviso, a mulher sai,caminhando em direção as escadas.

Jaemin resmunga, batendo seu corpo no colchão macio e xingando Jeno mentalmente de todos os xingamentos possíveis. Se encarregaria de pedir perdão depois que sua ira passasse,mas no momento não estava com cabeça para nada.

— Está desanimado hoje. — Seu pai comentou ao ver que desde que havia descido para tomar café ele não falava nada e sua expressão amuada permanecia em seu rosto.

— Estou cansado, só isso. — Disse de forma rápida tomando o chá que sua mãe havia colocado em sua xícara.

Depois de alguns minutos, saíram indo em direção ao carro. No caminho todo o pai de Jaemin falava sobre os assuntos do templo e dos fiéis e de como o projeto de caridade estava dando certo.

— Isso ajuda as famílias mais humildes,como os da periferia e os moradores de rua. — Sua mãe comentava interessada.

Jaemin estava tão fora de si que não estava pensando em mais nada. Não tinha cabeça para mais nada, nem mesmo para cantar e chegava a pensar em como conseguiria cantar sabendo que Jeno estaria lá,olhando pra ele de forma pervertida e atrevida como sempre.

Havia muitas coisas em Jeno que Jaemin poderia suportar e até mesmo perdoar,mas o que ele havia feito era inadmissível e imperdoável, Na não estava disposto a perdoá-lo.

Quando o homem deixou o carro em um meio fio vago, atrás de outros carros, desceram e Jaemin nunca desejou tanto ser atingido por um raio na cabeça.

— Jaemin! — Yuta disse animado ao ver o amigo. — Que cara é essa? Aconteceu algo?

— Depois a gente conversa, aqui não é um local apropriado para isso. — Resmungou. — De preferência na sua casa. — Olhou seriamente para o japonês que engoliu em seco.

— É grave?

— Pode se dizer que sim, mas eu não tive culpa! — Irritado, Jaemin altera o tom de voz ,chutando uma pequena pedra que estava em seu caminho.

— Vamos entrar,depois você me conta tudo. — Yuta disse compreensivo, colocando a mão em volta do pescoço do amigo, o levando para dentro da igreja.

Quando estava entrando, teve o azar de ver Jeno e passou reto, fingindo que não o conhecia. Sentou no local de sempre com seu amigo e não perdeu tempo em se ajoelhar e pedir muito perdão por tudo o que estava acontecendo.