CAPÍTULO CIII

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Boa leitura

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Os dias para Jaemin eram como se estivessem arrastando em um círculo interminável de desando. Seu estado não melhorava e sempre acabava vomitando sangue — Jeno não sabia disso, ele ainda não tinha coragem para contá-lo, porque aí seria mais uma preocupação para Jeno e sabendo como estava sua situação atual com marido e seus problemas no trabalho, ele não queria ser mais uma dor de cabeça para Lee.

Preocupado com sua situação, Jaemin acabou pedindo folga no meio da semana, já que ele folgava apenas no fim de semana. Então, acabou por marcar um médico para a realização de consultas e exames. Jeno não iria saber, como sempre. Ele preferiu manter tudo em silêncio, sem que ele percebesse nada. Porém, Jeno não era bobo e estava percebendo pelo comportamento estranho de Jaemin desde a casa de seus pais; definitivamente alguma coisa estava acontecendo e ele não queria contar, porém, Jeno não fazia do tipo insuportável que forçava a pessoa falar, porque ele sabia que quando Jaemin estivesse em seu limite, não suportando mais, ele falaria abertamente. Jeno estava pronto para ouví-lo e acolhê-lo, seja lá o que mantinha a mente de Jaemin perturbada.

Ele apenas esperou Jeno sair para o trabalho e se levantou, reunindo a força e coragem que nem tinha para tomar banho e se arrumar. O banho não foi demorado, tampouco se importou em escolher a melhor roupa. Usou o básico e já estava ótimo.  Depois que tomou seu café, ou nem isso, ele escovou os dentes, deu uma última checada em sua aparência, pegando a chave da moto por fim.

O trânsito naquela manhã estava um desastre. Jaemin suspirou irritado. Parecia que o universo estava contra ele desde então. Depois de finalmente o trânsito começar a seguir, ele agradeceu aos céus por isso e não havia demorado para ele chegar na clínica, onde não demorou ser atendido.

— Você tem vinte e cinco anos, certo? — O homem jovem o observa. — Não tem nem um problema de saúde? Diabetes, pressão alta, gastroenterite... — Jaemin negou todas. — Bom, aparentemente você está saudável, mas o que tanto te preocupa.

— Faz alguns dias... Sai para a casa dos meus sogros em um almoço e de repente comecei a me sentir desconfortável. Quando fui ao banheiro, repentinamente comecei a vomitar ... Sangue. — Ele diz a última palavra em um tom baixo, completamente cabisbaixo e triste. — E eu pensei que fosse ocorrer só aquele dia. Pensei que poderia ser o estresse da viagem, mas isso desde então não para e tenho sentido fortes dores de cabeça.

O homem suspirou pesadamente, o olhando e logo pegando sua caneta.

— Isso não é nada bom. — Ele diz enquanto preenchia o papel com sua letra indecifrável. — Vou te passar esses exames. Você pode relaxar em qualquer laboratório, o resultado sai de imediato. Você volta daqui três dias com o resultado e eu te dou o diagnóstico. — Ele o carimba. — Por ora, vou te receitar esses remédios, não são caros. Você vai sentir um certo alívio e os vômitos vão diminuir. — Ele entrega o papel para Jaemin, percebendo que ele tremia muito. — Você fuma... Bebe? Ingere drogas?

Jaemin arregalou os olhos.

— Não! Bem ... Fumar, apenas uma vez para nunca mais. Beber eu só bebia mesmo quando era mais jovem e frequentava festas. Eu bebo bem pouco mesmo, quase não sinto necessidade disso.

— Isso é bom... Eu poderia dar um palpite do que seria, mas percebendo que não é isso, vou deixar pra lá. Bem, me traga os resultados daqui três dias, Jaemin. Não precisa se preocupar. — Ele tenta o tranquilizar ao ver que Jaemin estava chateado e ainda tremia. — Se agarre em sua esposa, vejo que você é casado. — Ele disse observando a aliança de ouro bem fina em seu dedo. — É bom ter alguém que nos ame e apoie e tenho certeza que ela será seu maior apoio nesse momento tão delicado.

O filho do Pastor  ⋆  Nomin Onde histórias criam vida. Descubra agora