Capítulo sessenta e sete

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2 de maio de 1998: 00:12

Estava me observando no espelho que tinha no quarto de Tom e alisava minha roupa que era um poncho feminino estilo militar preto de gola alta, com grandes botões pretos, mangas largas e um cinto igualmente preto para combinar.

Vestia também uma calça jeans preta e luvas da mesma tonalidade, e para finalizar, uma bota que ia até os meus joelhos, mas sem salto.

_ Você está belíssima. - Disse Tom, vindo na minha direção. _ Minha Lady está maravilhosa. - Beijou minha orelha e sorri por isso.

Ele estava casual, mas estava lindo.

Coloquei meus braços em volta do seu pescoço, acariciando seus cabelos.

_ Chegou o dia. - Minhas mãos estavam tremendo. _ Posso dizer que não estou com medo, mas estou. - Suspirei. _ Estou morrendo de medo de perdê-lo. - Beijou minha testa e fechei meus olhos, apreciando o ato.

_ Também estou com medo, também tenho a sensação de que meu coração pulará para fora a qualquer momento. Também tenho medo de te perder mais uma vez, mas esse medo teremos que esquecê-lo, temos uma guerra para ganhar e você precisa me ajudar. - Beijou minhas bochechas. _ Sem você não consigo, você e o nosso filho são as únicas coisas que tenho de mais precioso na minha vida.

_ Te amo. - Meus lábios tremeram e lágrimas quentes saíram dos meus olhos. _ Amo você com todas as minhas forças e farei de tudo para que essa guerra seja vencida. - Pegou minhas mãos enluvadas e as beijou.

_ Cadê o anel?

_ Não queria perder, então coloquei na mesa de cabeceira. - Apontei. _ Mas mesmo sem o anel, sei quem é meu futuro marido.

_ Não ligo muito para isso, nem mesmo uso um anel. - Sorriu, me beijando, seus dedos alisavam minhas bochechas e as lágrimas continuavam caindo. _ Isso não é um adeus, é um até logo. - Falou rente aos meus lábios.

_ Até logo. - Concordei e ele seca meu rosto. _ Quando vencermos essa guerra, quero fazer uma festa.

_ Tudo que você quiser. - Escutamos uma batida à porta e Tom se desgruda de mim, indo até mim.

_ Sina está aqui? - Perguntou Clover e vou até ela. _ Sina. - Sorriu triste. _ O bebê está com Narcisa, estou indo à frente. - A abracei, e vejo que cresceu. _ Ei, eu amo você, irmã. - Beijou minha bochecha e se desgrudou de mim, seu sabre estava preso na sua cintura, mas estava tampado pela capa.

_ Ela gosta realmente de você. - Tom me abraçou por trás, enquanto a vimos ir embora.

_ E retribuo o sentimento. - Encostei-me no seu peito.

Clover iria à frente para auxiliar as crianças, idosos e grávidas que não poderiam lutar. Luna nos disse que a Ordem provocaria uma chacina com essas pessoas e nos culpariam.

Olhei mais uma vez para o quarto e repasso todos os momentos da minha vida.

Coloco minha máscara no rosto e sinto o relógio de bolso preso na minha cintura, aquele relógio era a mascarada e ela sentiria a emoção da batalha. Ela iria comigo para onde eu fosse.

Saio do quarto de mãos dadas com Tom e alguns cochichavam por conta dessa ação e apenas segui em frente.

Eles não tinham coragem de falar qualquer coisa comigo com o Lorde ao meu lado.

Desço os degraus da escadaria e vejo que todos prestavam atenção nas nossas ações.

_ Quero dizer algumas palavras antes de vocês partirem. - Disse Tom.

A Segunda Chance ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora