1 de setembro de 1991:
Thomas Calluni andou até a nossa mesa e se sentou ao lado do Malfoy, a mesa estava em silêncio, todos queriam perguntar a mesma pergunta que Draco me fez, mas ninguém tinha coragem. Pelo simples motivo de Thomas ser o garoto mais bonito da escola.
_ Chega de silêncio, não é, pessoal? - Brincou, Gemma Farley. _ Nunca ouvi falar do sobrenome Calluni, então devo deduzir que o senhor é mestiço.
_ Sim, sou mestiço, mas com pais bruxos, minha mãe era uma sangue puro e meu pai um nascido trouxa. - Falou simpático.
_ Então temos dois mestiços entre nós, bem-vindos. - Falou Gemma. _ Sou a monitora e qualquer coisa que acontecer, conte comigo, afinal, somos uma família, não é, pessoal? - Fez uma pergunta retórica.
Ninguém necessariamente precisava responder, porque todos daquela mesa sabiam que éramos uma família e mesmo entrando naquela escola hoje, eu sabia que a Sonserina era a casa mais desfavorecida.
E por causa disso tínhamos que ser a casa mais unida e mesmo que Dumbledore prestasse mais atenção na Grifinória, as duas casas restantes podiam falar, mas Sonserinos não, sempre éramos julgados e até mesmo aqueles que não faziam nada.
Até parece que não existe um Grifinório que traí os amigos, ou algum Lufano que mate os seus companheiros, ou até mesmo um Corvino que não é esforçado para estudar e até mesmo odiasse ler.
Claro que também poderia existir um Sonserino que não queira seguir as Artes das Trevas e eu odiava todos esses estereótipos que faziam.
Todas as meninas enchiam de perguntas o pobre coitado e aquilo satisfazia as meninas tímidas que ali tinham, e eu apenas absorvia as palavras que o garoto proferia, talvez fosse útil para alguma ocasião de vida ou morte, quem sabe?
Mas o mais estranho era que desde que Thomas entrou no salão, eu me sentia estranha e a sessão de angústia e raiva não passava, e isso já estava me assustando, ter uma crise de ansiedade no Grande Salão não seria nada bom para a minha reputação.
Ah, o que estou pensando? Que reputação? Tudo por causa dele, daquele maldito homem, que ele apodreça em Azkaban e nunca mais volte para ver o sol raiar no mundo exterior!
Fui tirada dos meus pensamentos por um bater de asas, uma coruja neste horário? Quem seria o ousado por fazer tal coisa?
_ Uma coruja neste horário? - Perguntou surpreso o capitão do time da Sonserina, Marcus Flint.
_ Só pode ser uma emergência, querem apostar de quem é a carta? - Perguntou Fred.
_ Depois de vocês me roubarem 4 galeões? Duvido. - Reclamou Wood.
A coruja cinza com algumas penas brancas sobrevoava o grande salão procurando a pessoa que deveria ler a carta e para o meu desgosto, a carta era para mim.
_ Tinha que ser para a filhote de Comensal. - Falou alguma pessoa daquele silencioso salão.
Depois que a carta me foi entregue, a coruja pegou algo na mesa e levantou voo. O salão continuou em silêncio total e todos queriam saber o que continha na carta e bom, eles não eram os únicos.
O remetente da carta era Narcisa Malfoy, uma das amigas de minha mãe e minha madrinha de consideração, eu não via a mulher já tinha alguns anos.
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"Boa noite, senhorita 'Olwey'."
Desculpe-me pelo envio tardio, mas o mestre do meu marido ordenou que tudo fosse enviado neste horário e ele pediu para enviar essa carta para informar que está vivo e gostaria que todos os Comensais da Morte e filhos destes fossem à reunião.
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A Segunda Chance ~Tom Riddle~
FanfictionCom o desaparecimento de Lorde Voldemort, o Mundo Bruxo encontrou uma breve paz. No entanto, tudo mudou quando um novo aluno ingressou em Hogwarts em 1991. Dementadores invadindo a escola, fugas em massa de Azkaban e a aparição de uma caveira no céu...