Capitulo cinquenta e seis

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1 de setembro de 1994:

Enquanto via o satélite natural do nosso planeta, ninava meu bebê.

Estava sentada em uma cadeira de balanço, me balançando calmamente com meu pequeno no meu colo.

Meu passarinho cresceu forte e saudável, mas estava gordinho e sempre ficava lindo com os pijamas de dinossauro.

Porém, ele gostava de dormir sendo balançado e escutando meu coração batendo calmamente.

Já era três horas da madrugada e meu passarinho acordou com sede, e eu, como uma boa mãe, peguei o copinho dele que estava com água fresca e o dei.

Como não era a mãe biológica, não poderia fazer muita coisa, apenas cuidar e dar muito amor e carinho.

Nicolás me ajudava a cuidar de sua saúde, Clover me ajudava a dar banho, Canopus parecia um avô babão que só estragava a criança, dando brinquedos e pelúcias.

Nalize era igual Canopus, só que em vez de avó, era a tia solteirona e bêbada da família, mas Kazui era o tio calado que amava brincar escondido com a criança.

E eu era apenas a mãe coruja, que qualquer coisinha corria para o hospital, mas em vez de hospital, era Nicolás.

Antigamente as horas mal dormidas devido ao meu bebê e com os meus treinamentos diários, me faziam pedir ajuda a qualquer um.

Depois de alguns meses, essas noites mal dormidas viraram noites confortáveis e sem choro.

Agora, meu menino já tinha oito meses e Clover já tinha dez anos, mas a menina não fez nada no seu aniversário, apenas ficou comendo doces.

Às vezes queria me lembrar dos meus pais, queria saber como eles foram comigo. Será que chorei muito? Será que fiz pirraça quando não queria comer algo?

Queria saber apenas algumas coisas para dar uma educação melhor para ele.

_ Eu acredito ser possível.

Fazer o tempo andar para trás...

Cantei baixinho, enquanto alisava as costas do meu bebê.

Seu cabelo preto tinha algumas ondulações e suas bochechas gordinhas e rosadas eram a perdição de Nicolás.

Sua boquinha pequena e seus olhos castanhos quase verdes, me lembravam de alguém, mas não sabia de quem.

Aquele sentimento de lembrar e não lembrar, me fazia sentir triste, mas tinha que ser forte e cuidar do meu bebê.

Mexi nos pezinhos e vejo que estavam crescendo, um dia aqueles pezinhos não caberiam mais na minha mão...

Escuto alguém sair do quarto e parar em frente do meu.

_ Entre. - Digo baixinho.

Vejo a luz do corredor entrar no meu quarto e sumindo em poucos segundos.

_ O que houve, Clover?

_ Irmã, você tem que dormir. - Disse dengosa e se deitou na minha cama, se cobrindo. _ Tive um pesadelo. - Falou com os olhos fechados por conta do sono.

A Segunda Chance ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora