Capitulo sessenta e cinco

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27 de novembro de 1997:

Estava sentada no chão do escritório de Tom, enquanto esperava a reunião dos Comensais acabar. Não queria ir à reunião, já que me acharia uma intrusa.

Tom disse que não tinha que pensar desse jeito, afinal, era sua igual e tinha o total direito de se sentar na cadeira e opinar. Igual...

Quando fiz o juramento não pensei no que isso poderia representar, mas agora sou a Lady das Trevas, comandando milhares de pessoas e tenho um papel importante nessa guerra, mas o sentimento de angústia não saia no meu peito.

Tom me contou como a minha mãe morreu e suas últimas palavras, ele me contou tudo, tudo que aconteceu nesses anos que sumi de sua vida.

Estou chateada e brava, fui feita por um estupro... Minha mãe nunca, em hipótese nenhuma, daria sua primeira vez para Antonin, ela só deu devido à poção.

Não queria ver Antonin nem pintado de rosa, apenas queria abraçar Rabastan e dizer que sou eu, a sua filha. Mas prometi que não contaria nada para ninguém.

Mas os olhares de raiva dos meus amigos estão me machucando, eles estão pensando que sou uma interesseira que está atrás do lugar de Sienna, o meu lugar.

Nem mesmo quando estava sem as minhas memórias pensei nessa possibilidade, se não tivesse minhas memórias nunca beijaria Tom, nunca sentiria seu gosto, nunca sentia sua pele. Nunca!

Apenas continuaria procurando o homem que me beijou nos meus sonhos.

Deitei-me no chão e fico sentindo o sol que entrava pela janela.

Hoje o bebê estava com Nalize, uma pessoa nada confiável, mas era tudo que teria nesse dia, já que Clover se machucou feio no treino e teve que ir ao hospital.

Nicolás ficou muito preocupado e foi com ela, e Canopus está visitando um amigo, mas Kazui está fazendo compras.

E aquela doida até mesmo me deu camisinha.

Fechei meus olhos e começo a sentir as pessoas ao meu redor, a reunião ainda estava acontecendo e Tom estava com raiva, mas tentava não matar ninguém.

Essa tentativa falhou quando percebeu que Yaxley estava na reunião de hoje.

Aquele homem bem que merecia, desde 1991 estava viajando e mandando presentes para os outros, e agora queria que o Lorde relaxasse? Sabia que Tom não mataria o homem, apenas brincaria um pouco.

Bocejei, continuando com meus olhos fechados e retiro minha máscara, a colocando no meu lado.

───※ ·❆· ※───

O Lorde saiu da sala de reuniões, tentando se acalmar, ele sabia que sua pequena estaria esperando no seu escritório e não queria aparecer com sua aura assassina.

Andou pelo corredor umas três vezes para tentar se acalmar e quando achou que estaria um pouco mais calmo, abriu a porta do escritório e olhou para os lados, tentando ver onde a sua pequena estava.

Ele fechou a porta do escritório e olhou envolta e, quando iria sair do escritório para procurar no seu quarto, viu a menina deitada no chão.

Um pensamento passou pela sua cabeça.

Foi até a garota e se ajoelhou, colocando um dedo na bochecha de sua pequena e no mesmo segundo, uma navalha rasgou sua pele do pescoço, fazendo que o pequeno corte começasse a sangrar.

_ Por Merlim, Tom! - O faço se sentar no chão. _ Preciso urgentemente começar a dormir aqui para me acostumar com sua magia. - Falo sem pensar.

Coloquei a navalha na bota e vejo a profundidade do corte, não era fundo e isso foi um alívio.

A Segunda Chance ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora