Capítulo dezesseis

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25 de setembro de 1991.

No dia que perguntei sobre a magia das trevas e saí da sala de aula sem permissão, fiquei trancada no meu quarto com Thomas e foi bom. Ele às vezes poderia ser babaca e em outras vezes ele poderia ser carinhoso com suas palavras e ações.

Quando acordei naquele dia, ele estava dormindo, mas continuava me abraçando apertado e aquilo fez meu coração esquentar e bater mais rápido, cada segundo, minuto, horas e dias eu estava ficando cada vez mais apegada a esse sentimento de carinho e ternura.

Mas eu tinha medo, medo desse sentimento desaparecer do nada, tinha medo dele ir embora e esquecer de mim.

Quando ele viu que eu havia acordado, ele me levou até o Grande Salão para comer, já que estava de noite e havíamos perdido todas as aulas do dia.
Quando terminei o meu jantar, professor Snape me esperava ao lado de fora do Grande Salão para me levar para detenção.

Eu sabia que seria punida pelas minhas ações e palavras e não me importei de arrumar as prateleiras de poções do professor.

Mas o que mais me surpreendeu foi quando cheguei no salão comunal da Sonserina depois da detenção, todos estavam ali me esperando com caixas de doces e dando suas opiniões e sugestões sobre o tema da minha detenção.

E foi naquele momento que me senti em casa, me senti amada por meus companheiros de casa e ainda mais amada pelas ações de Draco e Thomas.
Os dois ficaram comigo no meu quarto conversando, rindo e até mesmo contando histórias de nossa infância e eu acho que naquele momento ficamos mais próximos.

Quando acabei dormindo no meio dos dois, eles não foram embora ou me deixaram sozinha, eles dormiram comigo me fazendo sentir protegida. Quando acordei hoje de manhã, os dois riam e conversam sobre como meu cabelo mudava quando eu dormia e apenas ri e bati devagar nos dois.

E hoje já tínhamos ido em todas as aulas e só esperávamos que o Grande Salão abrisse para que pudéssemos comer. Hoje as aulas não foram normais pelo simples motivo dos professores e os alunos de outras casas me olharem como se eu tivesse mais três cabeças no meu pescoço.

Claro que não foram todos os alunos que me olharam assim, talvez 30% dos alunos de Hogwarts me olharam desse jeito, já os outros 70% me davam sorrisos e até mesmo me paravam para conversar e tirar algumas dúvidas sobre a minha fala de ontem ou dar suas opiniões sobre o assunto.

E agora eu estava aqui, andando com Draco pelos corredores e indo em direção da Biblioteca para esperar Thomas, que conversava com o professor Snape sobre algum assunto.

Apenas esperávamos que o Grande Salão abrisse mais cedo para que pudéssemos comer mais cedo e ir para o salão comunal mais cedo, falei tanto mais cedo em minha mente que me perdi.

Fui tirada dos meus pensamentos confusos por Draco.

_ Está no mundo da lua? - Sorriu Draco, me olhando de esguelha.

_ Apenas pensando que nossa amizade cresceu em poucos dias. - Sorri.

_ Isso é verdade, acho que tudo começou quando você ficou desacordada por duas semanas, Thomas e eu sempre íamos à enfermaria para lhe ver, mas quando você acordou parei de ir. Até mesmo pedi para que ninguém contasse a você que tinha ido lhe visitar.

_ Só você mesmo. - Bufei, revirando os olhos. _Você poderia ter continuado a ir, seríamos amigos há mais tempo, mas eu lhe agradeço por ter ido me visitar. O bom que Thomas continuou a ir e descobriu que meu doce preferido é bolinhos de foguete e de dinamite, agora sempre ganho.

_ E ontem você ganhou vários, talvez dure até o Natal. - Sorriu se lembrando dos Sonserinos. _ Somos bons amigos, não somos? - Perguntou receoso.

_ Se você fosse sequestrado, eu iria até o inferno para lhe achar e você?

A Segunda Chance ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora