Capítulo nove

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21 de setembro de 1991:

Saímos do Grande Salão e fomos andando até a sala de aula do professor de feitiços, alguns dos alunos estavam comentando sobre a fuga de Azkaban e eu apenas ouvia.

_ Azkaban não era impenetrável? - Perguntou alguém que passava por nós pelo corredor.

Suspirei internamente, ele fugiu, será que ele iria me procurar? Idiota, não pense nele.

_ Ei, você me ouviu? - Draco perguntou algo enquanto estava ao meu lado esquerdo e estávamos quase chegando na sala de aula do professor Flitwick.

_ O que você disse?

_ Perguntei se você está preparada para estudar depois de descobrir sobre a fuga do seu pai. - Falou olhando para os lados.

_ Estou e não se preocupe, mas apenas me ajudem a me adaptar, que tal? - Sorri mostrando e eles acenaram. _ O que vocês acham disso? - Perguntei relutante.

_ Disso o quê? - Perguntou Draco enrugando a testa.

_ Dos fugitivos. - Olhei em volta e continuei: _ Lá era Azkaban, ninguém nunca conseguiu escapar, mas eles conseguiram, o que vocês acham?

_ Acho que eles apenas esperaram o tempo certo para escapar. - Respondeu Thomas.

_ Acho que ele está certo. - Pontuou Draco.

Eles não falaram mais nada, apenas entramos na sala de aula e nos sentamos o mais longe dos Grifinórios, não por não gostarmos deles, mas pelo simples motivo de que não queríamos criar confusão logo cedo de manhã.

O professor já estava na sala e ele era fofo mesmo contendo rugas em seu rosto, e o professor lecionava muito bem, mas tinha algumas coisas que não entendia muito bem e quando não sabia de algo, sempre perguntava ao Thomas que estava ao meu lado direito.

_ Agora tentem, aponte sua varinha para a pena e digam em voz alta e clara: Wingardium Leviosa. - E quando ele proferiu aquelas duas palavras a pena começou a flutuar, todos ficaram surpresos, menos Thomas, ele até mesmo bocejou e aquilo me incitou a pensar que ele já sabia aquele feitiço.

_ Você sabe esse feitiço? - Sussurrei.

_ Claro, esse feitiço é o básico do básico, apenas idiotas ficam presos nesse feitiço de baixo nível. - Gabou-se

_ Então me explique, por que a pronúncia do professor é estranha? Alguns tentaram, mas nada aconteceu. - Digo apontando para os outros.

Ele me olhou como se eu fosse idiota, mas falou:

_ Eles estão falando errado, apenas pegue o seu livro e tente ler como está escrito nele, se realmente não conseguir ler a palavra, apenas tente ler o W como V e o D como DI. Não é difícil, tente. - Falou perto de minha orelha, me fazendo sentir arrepios.

Peguei meus óculos e os coloquei, e arrasto meu livro que estava alguns centímetros longe de mim, vou à página que estava antes e vejo as duas palavras que todos estavam dizendo errado, segundo Thomas. Tento dizer na minha mente como ele me disse para fazer e isso fez a pena começar a flutuar e Thomas me olhou estranho. Eu realmente não sabia que meu núcleo era tão estável, nunca fiz magia sem dizer nada.

_ Ah! - Exclamou o professor. _ Quem está fazendo a pena flutuar?

Levanto a mão tremendo, todos estavam me olhando e aquilo me fazia ter insegurança e frio na barriga.

_ Grande coisa. - Proferiu alguém.

_ Vocês não entendem, a senhorita Olwey não está usando varinha e isso só acontece quando o bruxo tem um alto controle do seu núcleo mágico. - Explicou o professor. _ Dez pontos para Sonserina, parabéns, senhorita Olwey.

A Segunda Chance ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora