1992:
Correr, pular e respirar. Tenho que ter isso em mente e não posso falhar, se eu perder essa chance, acabarei morrendo por essas pessoas.
Olhe para os lados, estupore eles para atrasar sua corrida, olhe para o chão para não cair e então, corra, respire e pule.
Esse era o mantra que eu fazia em minha cabeça quando eu corria pela floresta para escapar dos meus raptores, já fazia três meses que fui capturada e ninguém veio me salvar...
Meu cabelo cacheado sempre prendia em algo e isso dificultava um pouco a minha corrida, minhas pernas já tremiam, mas eu tinha que sair dessa floresta.
Eu tinha que sair da floresta para que meu rastreador que estava na minha pulseira pudesse avisar aqueles que me procuravam, a barreira que me impedia de tudo abrangia a floresta toda e se eu não saísse agora, eu morreria.
O vento zumbia por meus ouvidos e aquilo me deixava atordoada, mas eu tinha que seguir correndo.
_ Você não pode correr para sempre!
Gritou um dos raptores que ainda corria e tentava acertar algum feitiço em mim, e eu tentava a mesma coisa contra eles, mas essa varinha não me obedecia corretamente e a minha estava quebrada em algum lugar dessa floresta.
Eu ainda não sabia o porquê de eles me capturarem, mas tudo indicava que a causa era o cofre de minha mãe e o que ele escondia.
Ter ficado três meses na cabana esfarrapada e ter sentido na pele como era ser torturada dia e noite, me fazia correr ainda mais.
Mesmo que todo o meu corpo estivesse em estado lamentável, eu tinha que salvar a minha vida e não podia mais depender de outras pessoas para me salvar, e quando finalmente tomei essa decisão, eu fugi.
O céu já estava escuro e eu não me importava em parar para descansar ou pegar fôlego, se eu parasse e não prestasse a atenção ao meu redor, eu poderia ser capturada novamente e dessa vez a tortura não seria apenas física, seria psicológica.
E a frase do chapéu seletor veio em minha mente, se eu tivesse ido para outra casa o que iria acontecer comigo?
Olho em volta e paro em uma árvore me sentando para tentar acalmar minha respiração, faltava pouco para sair dessa barreira que me impedia de enviar qualquer feitiço que alarmasse as pessoas que talvez estivessem procurando por mim e como eu não sabia aparatar, só me restava essa opção.
Olho para o céu estrelado pedindo a todos os Deuses que pudessem me ajudar e com essa crença eu me levanto, me preparando para continuar correndo.
_ Te peguei. - Proferiu um dos meus raptores, que agarrou um dos meus braços e tentei lançar algum feitiço, mas a varinha novamente não me obedece. _ Essa varinha é meio temperamental como o dono dela. - Sorriu e gritou: _ Achei a garota. - Não tinha ninguém ali, bom, era isso que eu pensava.
_ Você corre bastante pirralha. - Falou outro sequestrador.
_ Me largue! - Falei tentando retirar a mão daquele homem do meu braço, mas ele era mais forte do que eu. _ Por favor, me deixem ir, eu não sei de nada.
_ Mas aquela puta da sua mãe falou que você tem a chave e você vai dá-la para nós, se não quiser um Cruciatus novamente.
_ Mas... - O tapa que aquele homem me deu, me deixou tonta e com um gosto metálico na boca.
Mesmo que eu tentasse tirar aquelas garras do meu braço seria em vão, mesmo se eu gritasse e me contorcesse, eu não poderia escapar e mais uma vez eu me vejo dentro de outra cela, e com uma tortura diferente.
E naquele momento eu sabia que eu morreria aqui[...]
Porém, após alguns anos alguém veio e me tirou de lá. Para piorar a minha mente devastada e caótica, o mestre me tirou do inferno e me colocou em outro.
Total de palavras: 649.
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A Segunda Chance ~Tom Riddle~
FanficCom o desaparecimento de Lorde Voldemort, o Mundo Bruxo encontrou uma breve paz. No entanto, tudo mudou quando um novo aluno ingressou em Hogwarts em 1991. Dementadores invadindo a escola, fugas em massa de Azkaban e a aparição de uma caveira no céu...