Capítulo trinta

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Uma coisa que Sienna não sabia, era que ela tinha quatro alternativas de futuro, mas dependeria de qual casa ela seria selecionada. Quando o chapéu seletor lhe disse que ela poderia ser de qualquer casa, ele realmente tinha razão, mas ele não contou que se ela escolhesse uma daquelas casas, seu destino poderia ser diferente. Mas como ele poderia lhe dizer? Ele ainda não prevê o futuro.

Sonserina, como o chapéu escolheu, seria o caminho mais tranquilo para Sienna, já que escolhendo a Sonserina, ela apenas ficaria louca. Claramente se tornar louca e irracional não é um caminho bom para ninguém trilhar, mas era o melhor que Sienna poderia seguir.
Já que escolhendo Grifinória seu destino já seria um pouco complicado, ela seria queimada viva e seus amigos seriam os culpados. Ela teria o mesmo destino de sua "eu" de dezoito anos que morreu em 1998. Mas com pequenas modificações.

E escolhendo Corvinal seu destino seria cruel. Os Corvinos são engenhosos, inteligentes e vingativos, claro, se vocês considerarem aquela menina que bateu em Sienna.
Como todos perceberam, devido ao sobrenome e de algumas atitudes de Sienna, algumas pessoas a odeiam e os Corvinos são uma pequena parcela dessas pessoas.

E se Sienna fosse para a Corvinal, os Corvinos iriam odiá-la de tal maneira que em seu quinto ano ela seria enterrada viva, e apenas descobririam onde ela foi enterrada alguns anos mais tarde.

Escolhendo Lufa-Lufa...

Lufa-Lufa eram para os bondosos, mas não irei falar de estereótipos e sim, o que aconteceria se Sienna fosse para essa casa de alegria e simplicidade. Suicídio.

Sienna indo para a Lufa-Lufa estaria com as vozes em sua cabeça descontroladas; sua depressão se tornaria aguda e sua ansiedade iria fazê-la ter dores no corpo muito intensas.
Sienna não aguentaria mais viver naquele modo e acabaria cometendo suicídio.

Mas pela escolha do chapéu seletor, ele acabou salvando Sienna de algo muito pior.

───※ ·❆· ※───

25 de março de 1992:

Tinha meses que estava trancada nesta cela que parecia uma prisão de trouxa, sabia quantos meses estava nesta cela, mas lembrar do número fazia meu estômago embrulhar em desespero. Meus dias eram regados de tortura e não sabia o real motivo disso ou talvez eu saiba. Tinha algumas marcas sobre as minhas torturas em meu corpo e toda vez que acabava a tortura do dia, contava elas e depois recontava, até cair no sono.

Minha cela era preenchida por uma cama de cimento, um vaso sanitário que tinha um nojo enorme por usá-lo e uma janelinha que eu podia observar o tempo.
Escutava passarinhos cantando de manhã cedo e escutava outros animais, então supus que estava numa floresta. Já perdi as esperanças de alguém me salvar, então apenas bolava um plano para sair desta cabana.

Como eu sabia que era uma cabana? Isso era bem simples, os meus raptores disseram em algum dia desses.
Meus dias não eram apenas tortura, tinha almoço e não deveria ter reclamado da comida do hospital, tinha a janta que era o mesmo do almoço, mingau de arroz ou outro tipo de mingau.

Ainda não sabia como tinha forças para me levantar ou até mesmo de bolar um plano de sair dessa floresta. Ou talvez eu saiba.
Toco meu colar e minha pulseira localizadora, era as únicas coisas que ainda tinha, meu vestido se foi há muito tempo e meus sapatos foram com o vestido, apenas vestia um moletom que era branco e que agora estava cinza.

Tentava de tudo para não pensar em como eles retiraram minhas roupas, mas tinha vezes que minha mente acabava me pregando peças, como estava acontecendo agora neste exato momento.
Coloco meus cabelos que estavam secos atrás de minhas orelhas, mas eles continuavam caindo no meu rosto e estava sem paciência para os meus cabelos agora, então faço um coque.

A Segunda Chance ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora