Extra

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2025:

_ Podem ir me pagando, sabia que era uma menina! - Cutucou a bochecha da bebê que dormia calmamente.

Ontem essa coisinha pequena nasceu, mas só consegui receber visitas no dia seguinte, no caso, hoje.

Até mesmo os meus pais vieram, algo que até agradeci a Deusa, mesmo sabendo que ela estaria ocupada demais para prestar atenção nos meus agradecimentos... Que não paravam.

Meus pais eram aqueles avós babões, me lembrando de Canopus com Phoenix, porém, não teve nenhum carro voador ou vassoura, até o momento.

Entretanto, a bebê dormia mesmo com toda a falação no quarto e Tom tirava fotos e mais fotos da nossa filha.

Dizendo para todos que ela me puxou, algo que ainda não percebi, já que ela é toda enrugadinha, parda e os olhinhos estavam fechadinhos.

Nem mesmo os cabelos ralos davam indícios de ficar cacheados.

Provavelmente Tom me amava demais e via cada pedacinho meu em nossos filhos, principalmente na nossa pequena Ambrose.

Contudo, as palavras de Sky me lembraram dos gêmeos e falando neles, eles iriam me visitar mais tarde com o Draco.

_ Vocês apostaram? - Olhei a garota parda de olhos azuis que concordou, enquanto pegava o dinheiro dos seus irmãos.

_ Os nossos tios nos ensinaram sempre apostar com dinheiro, dizendo que era a melhor solução para os problemas financeiros. - Lambeu os dedos e continuou contando as cédulas.

_ Estão precisando de dinheiro? - Tom nem mesmo se virou, apenas falou. _ Se quiser, posso dar.

_ Papai, você sempre é o máximo. - Quase pulou nas costas do seu pai, mas foi parada pelo Zeki. _ Chato. - Guardou o dinheiro na bolsa.

_ Apenas fique quieta e se a nossa irmã começar a chorar? - Estava nervoso, mas prestava mais atenção na bebê do que em suas palavras. _ Você foi assim?

_ Não, nasci desse jeito, coitada da minha falecida mãe, morreu de hemorragia. - Tive que rir e nem mesmo Clover aguentou. _ Cada pergunta.

_ Você deve ter sido um bebê chato. - Deu o dedo do meu para o seu irmão. _ Mãe, você viu o que ela fez? - Mesmo adultos, seriam as minhas crianças.

_ Bate nele, mãe. - Correu até mim, quase se jogando na minha cama, mas foi parada pelo Kyden, que estava ao meu lado.

_ A mamãe precisa de repouso e não pode bater ou aguentar uma pessoa pesada como você. - A puxou pela cintura e a deixou ao seu lado.

_ Desculpa. - Fez biquinho para o moreno ao seu lado.

Mesmo que estejamos no hospital, nem mesmo parecia um.

Estava tão alegre e festivo que nada poderia ser mais perfeito.

Meus filhos estavam animados e brincavam entre si, até mesmo a minha família apreciava aquela confusão toda.

Porém, meu olhar se voltou para o homem que não parava de observar a nossa filha, tirando milhares de fotos por segundo em sua câmera, já que não queria um celular trouxa.

Lembro perfeitamente quando descobri que estava grávida, todos me trataram como uma rainha e até mesmo os meus demônios me reverenciavam com seu jeito estranho.

Até mesmo os meus amigos que já tinham suas vidas, vieram até a nossa mansão para comemorar a novidade.

Mas quem gostou mais foi o Tom, que fez um álbum apenas para a minha gestação, contando sobre os meus desejos, as minhas consultas e quantas vezes o bebê chutava.

Ou quais eram as conversas que tinha com o bebê.

Porém, não sabia que o Tom seria tão bobão para esse tipo de coisa, mas gostei de ser cuidada e amada por todos.

_ Então, quero mais um irmão. - Pisquei algumas vezes e olhei para Phoenix. _ A gente até mesmo fez uma aposta para saber em qual mês você nos dará a notícia.

Engraçadinho, ele era um grande piadista.

_ Tudo bem, mas quando terei netos? - Riram de nervoso.

_ O céu está tão bonito lá fora. - Caron bateu as mãos, chamando a nossa atenção. _ Não acham?

_ Deve estar, aqui não tem janelas. - Nalize era sempre a melhor.

Apenas deixei o assunto com eles e peguei a mão do meu marido, o fazendo me olhar.

_ Está feliz? - Sussurrei, não queria que eles escutassem.

_ Estou, mas, você está feliz? - Acariciou meu rosto com o dedão, deslizando pela minha marca.

_ O que mais posso pedir? - Tombei a cabeça. _ Tudo que sempre desejei já foi realizado, não tenho mais nada a pedir. - Beijou minha testa e fechei meus olhos.

Tentando deixar as conversas fora da minha mente, e apenas a nossa união pudesse ser sentida no momento.

É, acho que dessa vez é para valer, minha história acabou e nem sei como agradecer cada segundo que pude estar nesse mundo.

Mas sei que mesmo acabando, tudo pode acontecer, até mesmo uma reunião com todas as pessoas que esse homem é casado.

Já encontrei duas, faltam mais quantas?

Bom, quem liga? Apenas quero passar mais tempo com a minha família e esquecer que Deuses existem e que tudo mudou, desde que aquela mulher subiu no poder.

_ Ei, quem quer Jambalaia? - Estranhei e tive que observar a Clover.

_ O que é Jambalaia?

_ Você não sabe o que está perdendo. - Começou a contar o que tinha nesse prato e posso dizer que a minha família era estranha.

Porém, estranhamente gosto dessa loucura... É, posso mais uma vez me acostumar com tudo isso.

Total de palavras: 868.
Feito em: 22/02/24.

A Segunda Chance ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora