Capítulo dezoito

986 90 394
                                    

29 de setembro de 1991:

A noite não estava estrelada e não tinha nem mesmo uma lua para iluminar a noite escura, estava frio e tenebroso, mas nenhum aluno de Hogwarts estava prestando a atenção nesse tipo de clima, principalmente, Sienna e seus amigos.
Três dias atrás a pequena menina achou o que milhares de outras pessoas tentaram achar, mas nenhum deles conseguiram, bom, além de Tom Riddle é claro. Nesses três dias que se passaram nada de anormal aconteceu na escola, o que é um fato interessante de se pensar já que estamos falando de Hogwarts.

Mas algo iria acontecer já que mesmo que esteja normal, não ficaria assim para sempre.

_ Alguém já pensou o que realmente é a vida? - Perguntei quando terminava de fazer meu dever de feitiços em meu quarto.

_ Você está falando sério? - Perguntou Draco que jogava xadrez bruxo.

_ Sim, o que você acha Tommy? - Olhei para ele.

_ Se você perguntasse aos trouxas, eles teriam uma resposta para te dar. - Respondeu fazendo xeque-mate.

_ Que resposta eles iriam dá-la? - Perguntou guardando as peças.

_ No mundo trouxa eles acreditam em alguns Deuses e cada um tem uma versão do que poderia ser a vida. Mas ninguém realmente tem uma resposta concreta, então não tenho uma resposta para dá-la.

_ Entendo. - Retirei meus óculos e os coloquei na mesa de cabeceira, me joguei em minha cama e fiz um feitiço para ver as horas. _ Já é tarde. - Draco olhou para mim e viu as horas, era 1:37.

_ Irei para o meu quarto, até hoje de manhã. - Fez um muxoxo com a boca

_ Até hoje, Draco. - Falamos uníssono.

Draco se levantou e veio até mim, beijando a minha testa e dando um aceno de cabeça para Tommy e ele fez a mesma coisa.
Thomas se levantou e veio até mim e retirou meus pergaminhos, penas e tinteiro de minha cama, os colocando no chão.

_ Já lhe disse para transfigurar uma mesa. - Me abraçou.

_ E eu já lhe disse que não irei fazer isso para não ter mais coisa para limpar.

_ Você não é preguiçosa de mais não? - Sorriu me abraçando mais apertado, estávamos em vertical e era um dos motivos que quando Thomas colocava seus pés nos meus, sentia frio.

_ Tira esse pé de defunto de perto de mim, e já pensou em colocar uma meia? - Me levantei saindo de seu abraço e me encostando na cabeceira.

_ Dá muito trabalho e você está com cobertor, e é só eu entrar debaixo dele que meu pé ficará quente, simples, não? - Sorriu vindo em minha direção e se cobriu com a minha coberta.

_ Atrevido!

_ Atrevido que você gosta, não é? - Agarrou minha cintura e se deitou em cima da minha barriga.

_ Não posso discordar e se fosse em outro tempo, talvez iria te expulsar do meu quarto com várias azarações. - Rimos.

_ Sabe, cachinhos, naquele dia você me perguntou o que eu queria para o meu futuro e lhe respondi, mas e você?

_ Mas já lhe respondi, quero ficar ao seu lado, mas com uma função. Por exemplo, o ministro, ele tem o vice-ministro.

_ Então você quer ser minha igual? Gostei dessa ideia.

_ Devo ficar feliz por isso? - Sorri fechando meus olhos. _ Até hoje de manhã. - Bocejei, me entregando para meus sonhos.

Claridade já fazia presente lá fora, mas como sempre, os Sonserinos eram desprovidos de iluminação e aquilo poderia prejudicar ou ajudar algumas pessoas. Mesmo sendo de manhã, um garoto menor que Sienna já estava olhando para as janelas que exibiam o Lago Negro, ele adorava ver os Sereianos e até mesmo a Lula Gigante. Mas nesses dias para cá, ele não conseguia mais ver aqueles animais fantásticos que já considerava seus amigos.

A Segunda Chance ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora