CAPÍTULO 24

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Molly Hill

O cliente resolveu estender sua estadia em Madrid, o que resultou em quase uma semana longe de casa, mas tentando olhar pelo lado positivo das coisas, tivemos tempo de sobra para conhecer a capital da Espanha, pude fazer passeios extremamente satisfatórios e divertidos na companhia de James, o único defeito que posso adicionar na descrição dessa viagem fora a ausência do Henrick e da Olivia, pelo menos o Facetime ajudou a nos manter perto.

Pousamos em Nova Iorque sob um dia azul e ensolarado, enquanto faço os procedimentos pós voo dentro da aeronave, ouço o barulho de um outro avião a pousar e taxiar, pela janela vejo que se trata do jato de Henrick, então me agilizo em terminar meu serviço e saio para pegar minha mala no compartimento de bagagem e ir até ele. Antes que eu possa caminhar ao seu encontro, ele se apressa em vir ao meu.

— Senhorita Hill. — ele tira seus óculos escuros, não perdendo o costume em me cumprimentar formalmente com sua voz tentadora.

— Sr. Sawyer. — dou um risinho provocativo, entrando na dele, tudo o que ele faz é me puxar para um beijo.

Finalmente chega o dia esperado medrosamente por mim, o dia de conhecer os pais do Henrick, e eu não podia estar com sentimento diferente do dia que descobri que precisaria enfrentar os dedos apontados para mim vindos de sua família, não sabia como eles reagiriam sabendo que minha poupança não é tão salgada como a deles, talvez fosse um fator crucial para não me aceitarem, não que isso fosse fazer tanta diferença, mas eu realmente implorava internamente pela aceitação deles.

O jantar fora marcado na mansão dos Sawyer e, estando pontualmente no horário, chegamos ao local sem demora. A governanta de meia idade nos recebe no enorme portão com um sorriso falso no rosto que sou capaz de detectar com facilidade depois de tantos anos trabalhando para ricaços que mal pisam no chão, seus funcionários tinham mesmo que encenar seus modos e expressões porque responder a altura a tamanha soberba seria sinônimo de demissão na certa, eu que o diga.

Ela nos leva até uma sala de estar que pela amplitude provavelmente deve ser do tamanho do meu apartamento inteiro e sai alegando que vai anunciar nossa chegada. Remexo-me inquieta na poltrona, balançando freneticamente meus pés em sinal de nervosismo, Henrick percebe de imediato e entrelaça nossas mãos firmemente querendo mostrar para mim que eu não estava sozinha, sorrio em agradecimento, mas não consigo relaxar, nem tenho tempo para isso, um homem — que suponho ser o pai dele, pois é a cópia fiel do filho apenas um pouco mais velho e com algumas rugas a mais — de cabelos grisalhos aparece na sala abrindo um sorriso de canto a canto.

— Meu filho, você veio! — ele abre os braços para um abraço, Henrick levanta aceitando, mas não muito à vontade.

— Pois é, as desculpas que pensei em dar não foram lá muito convincentes, então cá estou eu. — meu namorado enfia as mãos nos bolsos adquirindo uma postura defensiva com uma carranca no lugar do seu lindo rosto.

Aperto seu braço disfarçadamente o repreendendo, porém seu pai não deixa passar despercebido.

— Não se preocupe, querida, já estamos habituados ao humor ácido do Henrick. — dá risada. — Conrad Sawyer. — estende a mão para me cumprimentar, apresentando-se, retribuo um sorriso.

— Henrick! — é a vez da sua mãe se juntar a nós. — Que surpresa boa! — a mulher de olhos azuis marcantes o abraça sem pedir permissão, invadindo seu espaço.

— Não é surpresa se você pediu incessantemente que viéssemos. — alfineta e eu quero matá-lo por estar tão arisco, seus pais podem ser o que for, mas pelo menos por hoje estão se esforçando para tornar a noite menos pesada.

Comissária do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora