CAPÍTULO 25

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Molly Hill

A Olivia não conteve a ansiedade em me esperar passar em sua casa no dia seguinte para contar como fora minha noite com os Sawyer e acabou indo até o meu apartamento com a desculpa esfarrapada de que tinha um compromisso perto do centro, mas eu sabia muito bem que se tratando de fofoca minha amiga driblaria qualquer coisa para ficar a par das notícias e que não havia compromisso algum.
— Eu bem que queria ter visto a cara da megera quando você a enfrentou. — dá risada.
— Foi mais forte que eu, não podia simplesmente me calar enquanto ela destilava seu veneno.
— Você fez certo. — Olivia concorda. — Mas e o Henrick, o que achou disso tudo?
— Esperei que ele ficasse do meu lado e ele o fez.
— Isso diz muito sobre quem ele quer ser pra você, amiga.
Ouço a vibração do meu celular sobre a mesa e mesmo não reconhecendo o número, peço um minuto a Olivia para atender.
— Molly Hill? — uma voz feminina preenche a ligação.
— Sim, sou eu.
— Aqui é a Amelia Sawyer. — franzo o cenho, não entendendo o motivo da sua chamada, minha careta aguça a abelhudice da minha amiga que pede para que eu coloque no viva-voz.
— Já não me deu adjetivos suficientes, Sra. Sawyer? Precisa mesmo estender o quanto não gostou de mim? — rio pelo nariz, azeda.
— Não precisa ficar na defensiva, querida, estou ligando pra um acordo de paz.
— Se me permite dizer, Sra....
— Amelia, por favor. — ela me interrompe.
— Se me permite dizer, Amelia, não sou dona de nenhum patrimônio como a senhora, mas posso ser tão ocupada quanto, então poderia adiantar o que tem pra falar?
— Oh, claro, serei breve. — escuto sua risada falsa do outro lado da linha. — Podemos almoçar juntas hoje? Como duas pessoas civilizadas dessa vez.
— Civilizadas?! Bom, pra mim não vai ser difícil, já pra Sra... — alfineto mais uma vez.
— Espero você no Four Seasons daqui a algumas horas.
— Estarei lá. — é tudo o que digo, encerrando a ligação com um semblante de confusão no rosto.
— Eu não posso acreditar que ela veio atrás de você pra fazer as pazes! — Olivia diz boquiaberta.
— Muito menos eu. Você acha que tem dedo do Henrick?
— Acho que não, nem ele mesmo faz questão de se acertar com ela, quanto mais mudar a cabeça minúscula dela sobre você.
— Vai ver o bom senso finalmente lhe atingiu.
— Vá e escute o que ela tem a dizer, pra todos os efeitos é melhor ter essa cobra debaixo do seu olhar do que longe.
— Você tem razão.
Como faltavam poucas horas para o horário combinado, Olivia me deixou para que eu pudesse me arrumar. Tento não me demorar para isso, tomo um banho rápido e coloco uma roupa um pouco mais alinhada acompanhada de um salto. Dirijo calmamente até o restaurante indicado, juntando toda a minha paciência para enfrentar Amelia Sawyer novamente. Assim que entro no local e me apresento ao maitre, ele me conduz a área privada e lá eu me deparo com a dama de ferro elegantíssima da cabeça aos pés. Um sorriso de canto a canto completa seu rosto, um sorriso que eu podia jurar que nunca veria, pelo menos não sendo direcionado a mim.
— Molly! Você veio! — exclama, levantando-se e dando alguns passos em minha direção para um cumprimento de comadres.
— Não sou de faltar com a minha palavra. — aceito sem fazer cara feia seus dois beijinhos.
— Sente-se, querida!
— E então, por que me chamou aqui? — me adianto em saber.
— Objetividade não é o seu nome do meio, huh? — brinca. — Gostaria de pedir desculpas pela minha indelicadeza no nosso último jantar, eu reconheço que não fui lá muito amistosa.
Amelia Sawyer se dispondo a pedir desculpas realmente não era algo que se visse todo dia.
— Não foi, mas como não costumo ser rancorosa, por mim tudo bem.
— Fico feliz por esse voto de confiança, afinal, temos alguém muito importante entre nós que torce pra que nós duas nos demos bem mais do que qualquer outra pessoa.
— Henrick quem pediu pra você vir aqui?
— Não, querida, só estive pensando e cheguei a conclusão de que a minha relação com o meu filho anda meio estremecida, então eu acho que se eu conquistar a mulher que ele ama, talvez seja um passo de volta pra o seu coração.
— Você não dá mesmo um ponto sem nó. — balanço a cabeça.
— Quero mesmo me dar bem com você, Molly, mas uma ideia não exclui a outra e eu sou mãe.
— Certo, mas acredito que teriam meios mais simples pra chegar até o coração do seu filho, Amelia, meios que independem de mim. — ouso sugerir.
— Infelizmente não sou muito boa com esses dramas familiares, mas eu juro que estou disposta a tentar, a prova é de que estou abrindo a porta da minha família pra você, e não, não estou querendo te atingir com essa colocação, só quero deixar claro que nunca antes pudemos considerar a hipótese de uma nora.
— Eu entendo, se depender de mim você tem mais do que o meu apoio. — respondo sincera, porém ainda com um pé atrás, algo em suas micro expressões no fundo a contradiziam.
— Agora que resolvemos nossas pendências, podemos fazer nossos pedidos? — diz ligeiramente animada.
Fizemos nossa refeição conversando tranquilamente como se de fato fôssemos amigas de longa data intercalando entre assuntos satélites e momentos engraçados da infância do seu filho para arborizar o clima entre a gente. Algumas horas depois de bate papo e precisamos voltar para nossas rotinas individuais, ela para a sua aula de pilates e eu para a minha casa, aproveito que o Henrick manda mensagem perguntando como estou e o informo do encontro que tive com a sua mãe, não sem antes dizer que estou a definhar de saudades duas e receber inúmeros emojis divertidos com o meu exagero.
Acordo no dia seguinte ao som de um novo e-mail em minha caixa de entrada que logo deduzo ser da empresa, pois normalmente é ela que compõe o remetente mais recorrente da minha plataforma digital. Faço um café preto antes de abrir o e-mail e beberico um pouco a fim de despertar, sentindo o líquido morno descer pela minha garganta me esquentando de dentro para fora, recebo um informe avisando sobre a data do próximo voo e não fico lá muito entusiasmada por ser hoje, logo o dia que Henrick tinha tirado uma tarde de folga para passar comigo. Rapidamente encaminho uma mensagem para ele notificando a mudança de planos e ele me responde todo fofo dizendo que não havia problema, que poderia tirar outra folga para me ver assim que eu estivesse disponível, não deixando brechas para que eu desconfiasse que ele estava escondendo alguma coisa de mim, e é por essa razão que tomo um susto quando saio de dentro do cockpit e me deparo com ele se acomodando em uma das poltronas se juntando a outros cinco empresários que dividem o mesmo voo.
— Seja bem-vindo a bordo, Sr. Sawyer! — o cumprimento de maneira formal, segurando um risinho no canto dos lábios.
Com Atlanta indicando em nossa proa, o azul lá fora nos revela a inexistência de indícios para uma possível turbulência, os passageiros se dividiam em mexer em seus computadores e tirar um cochilo, incluindo Henrick que repousava com uma serenidade genuína em sua fisionomia. Passo por eles a caminho do banheiro e decido escovar os meus dentes, pois havia feito um lanche minutos atrás. Encaro-me no espelho novamente observando se há a necessidade de retocar a maquiagem, mas sou pega de surpresa quando ouço leves batidas na porta, coisa que nunca acontecera antes, visto meu blazer com rapidez a fim de sair logo, pois a prioridade da vez e benefício da demora é sempre do cliente.
Mal abro a porta e sou empurrada estupidamente para dentro, olho incrédula para Henrick que sorri maroto e pede silêncio não querendo chamar atenção para nós.
— Você não estava dormindo? — pergunto, ainda sorrindo admirada com seu fingimento.
— Posso te garantir que estou bem acordado. — diz num cochicho antes de me agarrar com firmeza em seu abraço másculo e acolhedor.
Henrick me dá um beijo de tirar o fôlego, suas mãos grandes percorrem meu corpo e invadem a minha saia, levantando-a sem dificuldade alguma, tento pará-lo, mas ele parece não se importar.
— Você ficou doido? — sussurro entre o beijo, não acreditando que ele pretendia mesmo fazer o que eu estava pensando.
— Doido por você, senhorita Hill.
Ele leva a minha mão até seu volume e eu arfo de desejo, não que eu precisasse tocar para sentir o quanto ele já estava endurecido. Nossas línguas se embrenham misturando nossas salivas originando um sabor delicioso e por um breve momento aquele cubículo parece grandioso para nós dois. As sensações que Henrick me faz sentir esquenta meu corpo por inteiro, minha pele se ouriça instantaneamente com seu toque e seu perfume inebriante me tem simplesmente viciada. Ele puxa ferozmente meu cabelo e é quase que como um impulso involuntário enviado para minha intimidade que pulsa fortemente cada vez mais e mais querendo esse homem mais do que tudo na vida.
— Eu quero você, Henrick. — imploro, espalmando seu peitoral por cima do terno.
— Não conseguiria me controlar, Molly, os céus seriam capaz de ouvir o que eu sinto quando estou dentro de você. — diz, cheirando meu pescoço e eu posso jurar que ele fecha os olhos com força se contendo para não tirar as calças também.
Henrick enfia dois dedos em minha buceta iniciando uma estimulação em meu ponto G enquanto com o polegar ele massageia meu clitóris, sua coordenação e maestria me tem muito além da satisfação. Apoio-me na pia e abro mais as pernas o dando livre acesso para prosseguir com o ato, ponho a mão na boca para tapar os gemidos que insistem em vir à tona, controlando-me ao máximo para minimizar qualquer ruído. Quando ele aumenta a pressão das investidas, eu quase grito de tanto prazer.
— Henrick. — digo manhosa.
— Shihh, controle-se, senhorita Hill! — ele pede apreensivo, mas dá para ver que no fundo ele se diverte com a minha agonia em querer externalizar o que o meu interior estava sentindo e não poder.
Seguro seu braço com força num misto de incentivo e desespero em não querer que ele mude o ritmo, porque sentia que estava prestes a atingir o clímax.
— Eu não aguento mais. — confesso com a voz falha.
— Goza pra mim, Molly. — seu tom de voz fica ainda mais rouco por ele estar a falar baixo. — Goza pra mim, anjo. — ele segura meu rosto e fixa seus olhos azuis em mim assistindo a cara que faço de prazer. — Estou louco pra sentir seu gosto de novo, Molly, me dê isso.
Suas palavras juntamente aos seus movimentos são certeiras para que eu chegue ao orgasmo, tremendo de forma estarrecedora. Henrick se agacha e lambe minha buceta tomando todo o meu líquido.
— Vejo você em Atlanta, senhorita Hill. — ele se despede passando a língua nos lábios ainda se deleitando com o meu gosto.
Mal sustento meu corpo quando esse homem sai sorrateiramente depois de me dar um beijo apaixonado, tendo agora mais do que certeza de que não só precisaria retocar a maquiagem como me recompor por inteira e torcer para que ninguém naquela aeronave ter escutado nossa perfeita bagunça.

Comissária do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora