Capítulo 26

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A amiga de Lua entra no carro parecendo maravilhada deslizando as mãos no banco de couro.

— Ual! Esse carro deve ser bem caro!

— Monique... — Lua chama sua atenção e vejo a amiga de Lua dar de ombros.

— O que? Eu apenas fiz um comentário. — Lua meneia a cabeça parecendo envergonhada e eu sorrio.

— Ah é sim. Eu ainda estou pagando esse carro. — Minto e Luana me encara.

— A nossa vida humilde é sempre assim, não é Rick? Um boleto sem fim! — Anuo e dou partida ao carro. Sinceramente eu nunca paguei boleto de nada e nem quero imaginar a dor de cabeça que dá acordar com dividas na mente todos os dias...

— Aonde fica esse varandão? — Monique a amiga de Lua se aproxima.

— Ah é lá na subida do morro. — Franzo o cenho preocupado. Lua mora no bairro da comunidade, mas ainda é fora do morro.

— O que foi, Rick? — Lua pergunta vendo meu semblante preocupado.

— É que... nesse morro... não tem perigo, ou tem? — A amiga de Monique gargalha.

— A qual é! Até parece aqueles mauricinhos da zona sul da cidade que não conhece a nossa realidade! Rick você é pobre como a gente. Nunca subiu um morro pra curtir um pagode ou funk tomando uma cerveja bem gelada? — Suspiro com um sorriso sem graça.

— Eu costumo ir a bares mais calmos... — Desconverso e Lua sorri.

— Rick, não se preocupa. Lá é sem perigo, sabendo respeitar o espaço você é bem vindo e nada acontece no seu carro. — Assinto aliviado e a amiga de Lua me encara desconfiada através do retrovisor.

— Tudo bem. Eu nunca subi ao morro porquê... eu prefiro a vida tranquila. — Dessa vez Lua que me encara desconfiada.

— A é? E por que eu te encontrei na balada lá na zona sul, hein? — Penso numa resposta rápida.

— Eu fui arrastado pra lá. Eu não queria. — Digo e o silencio se faz presente no carro.

Essa foi por pouco...

[...]

Finalmente chegamos ao tal varandão e observo o ambiente. Um bar medíocre com um palco improvisado com uma banda de pagode cantando desafinadamente enquanto o som do cavaquinho parece mais alto que a voz do cantor.

Pra mim que curte tocar instrumento de cordas, se torna um inferno ter que escutar essa blasfêmia.

Lua me puxa pela mão empolgada enquanto a amiga dela se embrenha em meio ao povo espremido enfrente ao palanque.

Sinceramente eu só queria levar a Lua pro apartamento logo.... o que eu não faço pra tê-la essa noite?

— Vamos ali, ficar perto do bar. Quero tomar uma cerveja enquanto ouço os meninos cantando! — Lua gritou em meu ouvido e caminhamos até o bar.

A Carona do Prazer - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora