Capítulo 68

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HORAS MAIS TARDE

Até que as horas passaram voando e Juca quase não me encheu o saco. Ele desceu pra curtir suas férias, quanto a mim, confesso que fiquei entediada, primeiro que não conheço ninguém além dos dois coelhos que estão no quarto e Juca, mas Juca eu passo. Eu e ele perto um do outro não dá certo.

Ainda bem que já está anoitecendo e eu tenho que me arrumar rapidamente, Lua realmente está curtindo uma lua de mel com seu lindo boy e não quero atrapalhar a minha amiga. Eles já ficaram tempo suficiente separados.

Fiquei sabendo que as baladas gringas começam cedo e terminam cedo, quer dizer, pra quem curte um pagodão até as cinco da manhã, sair as duas e meia da madruga da balada é osso.

Me visto com um vestido colado ao corpo, evidenciando minhas curvas e deixo os cabelos soltos. Percebo que falta algo...

Observo minhas opções e apanho um brinco grande. O coloco e suspiro. Fiz uma make bem marcante aos olhos para deixar a boca apenas com um gloss. Vai que eu arrume um gringo gato?

Não quero manchar meu rosto de batom.

— Fiu, fiu! — Observo Juca entrar no mesmo cômodo que eu, já pronto para a balada e preenchendo o ambiente com seu perfume amadeirado másculo, me analisando por trás.

— Obrigada.

— Assim você vai matar os gringos do coração, experiencia própria. — Ele diz colocando a mão no peito de forma teatral. Arqueio a sobrancelha e o observo.

— Mentira sua, porque você está vivíssimo aí. — Aponto para seu corpo e ele sorri.

— Você sabe o que eu quis dizer, mas já está pronta? — Assinto.

— Claro! Coloquei minha melhor calcinha rendada para um boy bem gostoso essa noite. — Juca aperta o olhar e observa meu corpo.

— Essa calcinha deve ser micro, analisando bem esse vestido colado, praticamente é imperceptível a marca da sua lingerie. — Mordo o lábio e suspiro percebendo a voz de Juca mais baixa e profunda como se estivesse se excitando.

— É... melhor irmos. Preciso guardar boas lembranças dessa viagem, pelo menos. — Ele assente.

— Sem dúvidas... — Juca pisca abrindo a porta da sala para mim e eu saio de queixo erguido. Ele começa a caminhar um pouco atrás de mim.

— Não se esqueça, mantenha a distancia para não queimar meu filme. — Juca suspira.

— Não se preocupe, eu sei bem o meu lugar. Vamos se quiser curtir bastante a noite. — Assinto aliviada e caminho com ele até o ponto de Uber.

[...]

Chegamos na balada e a atmosfera aqui é legal. Varias pessoas, até me surpreendi com alguns brasileiros por aqui.

Eu encaro o bar e decido ir até lá.

— Hi, good night. I quero... I... — Esqueço como se fala a frase para pedir uma bebida e o garçom me encara tentando me entender enquanto faço mimica.

— I am sorry! I didn't get it — Fico boquiaberta e envergonhada. Coço a nuca tentando manter a calma. Certo, I é eu e sorry é desculpa. Tá e o restante?

Me arrependo miseravelmente por ter faltado as aulas do cursinho de inglês.

— I quero 1 cosmopolitan— Aponto para mim e depois faço o gesto de 1 e depois um copo. Logo sinto uma mão circundar minha cintura e observo o homem de quase dois metros de altura sorrindo para mim.

A Carona do Prazer - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora