A Carona do Prazer - Completa

Capítulo 13

DIAS DEPOIS...

Hoje finalmente eu estava arrumando minhas malas para viajar com o senhor Leblanc. Eu estava animadíssima. Por outro lado, fiquei chateada... depois daquela loucura que fiz com Rick ele não me procurou mais. Será que se arrependeu? Será que estava me testando em algo?

Respiro fundo colocando minhas roupas cuidadosamente na mala que Monique me arrumou.

— Filha, tem certeza que essa viagem é de negócios? — Arqueio a sobrancelha e encaro a minha mãe.

— É claro que eu tenho, mãe. Eu sei lá... eu confio no meu chefe. — Minha mãe cruza os braços preocupada e se senta no sofá ao meu lado.

— É que eu conheço histórias assim... o chefe engana a empregada a iludindo pra sair com elas e depois que consegue o que quer, a despeja feito lixo. — Minha mãe diz pensativa e eu sorrio para ela tentando tranquiliza-la.

— Mãe, não se preocupe. Eu sou maior de idade, sei me cuidar... e além do mais o meu chefe é um coroa bonitão, mas é casado. Fora de cogitação e ai dele se tentar algo comigo. Eu perco o emprego, mas eu o denuncio de assédio. — Minha mãe parece ficar mais tranquila e assente.

— Sendo assim..., olha filha eu vou me deitar já está ficando tarde.

— Pode ir mãe... eu vou terminar de arrumar minhas coisas e já vou me deitar também. — Ela assente e se retira para o quarto.

Eu sorrio pensando como minha vida está mudando. Finalmente vou poder reformar a casinha da minha mãe, poder cuidar dela como se deve...

RICK

Termino de tocar meu violão e o coloco no lugar. Começo a pensar em Lua... lembrando do gosto dela, do cheiro. Meu pau pulsa dando sinal de excitação. Porra... isso não é normal. Apanho celular e deslizo a tela. Encontro o numero dela e penso se devo mandar ou não uma mensagem.

Decido não mandar, eu confesso que saber que ela pode ser amante do meu pai me faz a distanciar. Interesseira por interesseira, eu fico com a Bela que pelo menos é do mesmo nível de classe social que o meu.

Coloco meu celular de volta no criado mudo e decido beber um copo de água.

Assim que chego na sala, ouço barulho vindo do escritório do meu pai. Ergo a sobrancelha e decido ir até lá.

A porta está entreaberta e decido escutar.

"Então, encontrou alguma informação sobre a vida da Luana, eu estou realmente interessado em saber tudo." — Entro em seu escritório com tudo e ele se assusta.

"Depois nos falamos. Até mais." — Ele finaliza a chamada e eu o encaro.

— Então a minha mãe tá certa. Você está afim da sua empregadinha. — Meu pai bufa retirando os óculos do rosto.

— Não seja fantasioso como a sua mãe! — Me irrito com ele.

— Ah não? Então por que estava pedindo informações sobre a vida da Lua... Luana? O senhor nunca pediu informações sobre vida de secretaria sua antes, que eu saiba.

— E o que isso te importa? Por que não se empenha em trabalhar como eu também, invés de ficar criando teorias malucas na sua mente? Isso é falta do que fazer. Agora me dê licença. Preciso descansar que viajo amanhã.

— Ah claro, vai viajar com a sua amante pra curtir a lua de mel dos pombinhos. Só que o senhor precisa saber é que esse tipo de mulher quer apenas o seu dinheiro e nada mais. Em questão de prazer, mulheres desse tipo, preferem homens como eu que pode dar prazer de verdade a elas e quer saber mais? Espero que o seu Viagra falhe pro senhor passar vergonha e lembrar que deixou uma mulher em casa enquanto fodia com a sua empregadinha! — Meu pai se aproxima me dando um tapa na cara e eu ofego de irritação. Ele nunca havia me batido antes.

— Escuta aqui seu moleque, não quero me afrontando dentro da minha casa. Não se esqueça que se você tem um teto, tem tudo que tem é por minha causa, é porque eu trabalho pra te oferecer o melhor, por tanto se continuar a dizer coisas assim, eu serei obrigado a cortar a sua mesada e faze-lo morar sozinho em uma casa humilde pra aprender a ser homem de verdade, como sua mãe nunca te educou. Com licença! — O velho se retira puto da vida me deixando sozinho em seu escritório.

Eu fico puto comigo mesmo. Por que eu não curto dividir mulher com parente meu. Uma coisa é entre quatro paredes em um ambiente totalmente proporcional a isso, outra é saber que a mulher em questão dorme com meu pai num dia, e fode comigo no outro...

Isso não vai ficar assim!

DIA SEGUINTE...

LUA

Tô sentindo um frio enorme na barriga. Pela primeira vez na vida, vou viajar de avião. Estou ansiosa, com medo e feliz ao mesmo tempo.

— Preparada? — O senhor Leblanc me pergunta.

— Preparadíssima! — Digo empolgada e ele sorri.

Entramos no avião, ou melhor dizendo no jato particular e me assusto com tanto luxo dentro dele.

— Isso aqui parece avião de novela! Olha só, tem até quarto! — Digo abobalhada encarando cada detalhe. Ao fundo tem um quarto. Isso mesmo. Um pequeno quarto com cama para dormir durante as viagens.

— Não é nada demais, Luana. É que eu preciso realmente de um cômodo de descanso para viagens de longa distância. — Assinto.

— Vamos nos sentar, o avião irá decolar em minutos. — Assinto empolgada.

— Posso sentar no lado da janela? É que eu nunca andei de avião antes então...

— Claro que pode! Venha! — Eu me sento primeiro e senhor Leblanc se senta ao meu lado. Logo vem a comissária de bordo me ajudar a colocar o cinto, passando instruções.

Finalmente o avião começa a decolar e eu começo a ter crise de nervoso. Sério e o medo disso cair?

— Está nervosa? — Assinto para o meu chefe que está ao meu lado despreocupado.

— Me dá a sua mão. Se precisar apertar, não tenha medo, pode apertar para aliviar a sua tensão. Eu sei como é difícil os primeiros voos, mas logo você se acostuma. — Mordo o lábio apreensiva e fecho os olhos segurando a mão do senhor Bernardo que sorri despreocupado.

Acho que já estou arrependida de querer andar nesse troço gigante que voa no ar...