Epílogo (Última Parte)

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Eu conversava animadamente com Cassie, ao mesmo tempo em que Melanie elogiava seu vestido. Cassie tinha aprendido muito nesse tempo que havia decidido morar no castelo enquanto seus pais viajavam com o dinheiro que ela tinha recebido do acampamento. Marta estava super feliz em ajudá-la a se transformar em uma dama da corte - obviamente, sem perder um pouco da brutalidade que corria no gene da família. Marta estava fazendo com Cassie o que sempre desejou fazer comigo, até aulas de francês ela estava tendo. Tudo isso para agradar sua sogra.
Lorenzo e Cassie estavam namorando desde o dia do baile que fomos em Londres, há exatamente um mês. Eu nunca tinha visto os dois tão felizes. Eles se completavam de uma maneira que me dava certeza de que esse namoro se transformaria em um casamento algum dia. Eu faria gosto de vê-los tendo seus filhos e os educando como guerreiros iguaizinhos aos pais.
Melanie e James também estavam mais felizes do que nunca. Eles estavam planejando passar seu aniversário de um ano de namoro aqui, em Florença. Melanie tinha gostado tanto da cultura que tinha começado a fazer aulas de italiano para que pudesse entender as conversas da cozinha do castelo.
- Ok, garotas! - Mel gritou ao microfone. - Vamos lá!
Estávamos no casamento de Mel e Alfred, que estava acontecendo no quintal do castelo. Todos estavam vestidos de branco e as damas de honra - eu, Melanie e Cassie - usávamos coroas de flores na cabeça, assim como a noiva. Havia sido um casamento simples e lindo; Alfred e Mel tinham uma sintonia que podia ser vista a quilômetros de distância. Vê-los finalmente casados depois de anos de indiretas realmente fazia com que algumas lágrimas descessem do meu rosto.
- Vamos ver quem será a próxima sortuda a subir ao altar. - Mel fez a contagem, fazendo com que algumas das garotas fossem um pouco mais para frente. O que elas não esperavam era que o buque caísse no colo de Cassie, o que a deixou vermelha como um pimentão.
Virei meu rosto para o lado e vi o grupo de garotos que conversava perto do bar. Avistei Lorenzo e gesticulei um "Você é o próximo", o que fez com que Cassie me beliscasse. Virei minha cabeça para o lado novamente e lá estava ele, de braços cruzados, com aquela manga três quartos branca, parado e escutando atentamente ao que Lorenzo falava. Ele não sabia, mas, desde que eu o vi no aquário nessa mesma posição, tinha prometido que, um dia, iria dizer a ele para ficar sempre daquela maneira para que eu pudesse admirá-lo melhor.
Diferente daquele dia no aquário, quando ele me olhou, não havia nem um pouco de ódio em seus olhos, mas sim amor. Quando ele sorriu para mim, eu podia jurar que não havia coisa mais linda em todo o mundo.
Os casais começaram a encher a pista de dança enquanto aquela melodia conhecida tocava no fundo. Everything tinha se tornado a nossa música, principalmente depois que Branden começou a cantarolar essa música em quase todo o lugar da casa. Ele havia decidido que eu não poderia morar sozinha numa casa tão grande, já que papai e mamãe tinham reatado e decidido viver a história de amor que fora interrompida há anos aqui, em Florença. Mel e Alfred iam partir para uma lua-de-mel por quase três meses e também iam morar em Florença depois que voltassem.
A mãe de Branden tinha decidido tentar reencontrar sua família agora que ela e Germana tinham se encontrado. Germana a tinha convencido de que sua família - por mais estranha que fosse - eram pessoas de bons corações.
- Você me concederia a honra dessa dança, princesa? - ele estendeu a mão para mim.
- Mas é claro que sim, meu príncipe encantado. - respondi, levantando-me.
- Eu já te disse que não gosto de ser chamado assim.
- E eu já te disse que eu vou te chamar assim, mesmo que você não queira. - ele riu, enquanto me guiava pelo salão - Você é um príncipe encantado que veio em seu cavalo branco resgatar a donzela indefesa. Mais de uma vez, se me recordo bem.
- Você não é tão indefesa quando diz ser, mocinha. - ele deu um beijo na ponta do meu nariz - E eu não sou nenhum príncipe encantado em um cavalo branco. Eu sou um cara normal, que é dono de uma moto. - Branden tinha ficado com a moto do pai de James, já que o mesmo havia prometido para sua mulher que nunca mais iria subir em uma moto outra vez.
O que Branden não sabia era que um cara normal, que é dono de uma moto, era a minha ideia de príncipe encantado. Mas essa era uma história que eu contaria para ele em outro momento, em algum lugar do nosso "felizes para sempre".

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