- Você realmente se acha o valentão? - um homem de voz grossa falou, empurrando outro contra a parede a alguns metros de mim - Por acaso, você quer morrer?
- E quem é que vai matar? Você, gazela? - o outro falou, dando uma risada alta.
- Se eu fosse você, teria medo.
- Por quê? Por que a sua garota estava na minha mesa? Foi ela quem veio, cara. O que você queria que eu fizesse?
- Você gosta de mulher comprometida, por acaso?
- Pelo visto, é só o que me chama a atenção.
- Branden Grandville, você não deveria ter dito isso. - ele disse, levantando o punho na altura do rosto de Branden.
- Espera! - gritei e os dois olharam para mim - Quem você pensa que é para bater nele? - falei, andando até onde eles estavam.
- O quê? A pergunta certa aqui seria: Quem a senhorita pensa que é?
- Uma pessoa, idiota.
- Se você não fosse mulher...
- Você iria me bater? Ah, você pode tentar.
- Você se importa tanto assim com ele?
- Honestamente? Não muito, no momento.
- Então eu posso acabar com ele. - ele disse, levantando novamente o punho na altura do rosto de Branden, que fechou os olhos. E, por um momento, eu achei que aquilo seria um tanto quanto merecido.
- Espera!
- O que é agora?
- Ele pode ser um idiota, mas...
- Ele não é apenas um idiota, ele é um bêbado idiota.
- Que seja. Ele pode ser um bêbado idiota, mas foi sua garota quem foi atrás. Você já se perguntou se a culpa foi realmente dele ou da sua namorada que foi se sentar com ele?
- Ela...
- Aposto que ela não é a garota mais santa do mundo e que, enquanto você está batendo nesse idiota, ela está lá dentro com outro.
- Vadia. - ele disse, soltando Branden e voltando para dentro do bar.
- Vamos. - peguei sua mão, puxando-o em direção à rua paralela a do beco.
- Eu não posso ir. - ele falou, se apoiando na parede - Eu preciso voltar para o bar, ainda falta uma rodada para completar a vigésima.
- Você acha que vai voltar para lá? - apontei para o bar.
- Você é minha mãe, por acaso?
- Não, sua mãe não faria isso. - dei uma tapa em sua cabeça.
- Ai! Isso doeu. - ele massageou a cabeça.
- Nunca disse que faria carinho. - falei, pegando seu braço e colocando-o em meu ombro. Passei meu braço por sua cintura, ajudando-o a andar até a rua movimentada - Onde fica sua casa?
- Eu moro na próxima rua, virando à esquerda. Por aqui. - ele apontou para a direção oposta à do bar.
- Sua mãe está em casa? - falei, começando a andar pela calçada na direção que ele tinha apontado.
- Eu moro sozinho.
- Sua mãe te deixou fazer isso?
- Eu já sou independente, tenho dezenove anos.
- Só se for fisicamente, porque mental, parece ser que parou nos nove.
- Eu sou perfeitamente alienado.
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Flawless Curse
غموض / إثارةMudar de cidade nunca é uma tarefa fácil. Mudar de país então, era a última coisa que ela desejava, porém, com tudo que tinha acontecido, alguém tinha que cuidar da sua mãe e, obviamente, sua filha estava no topo da lista. Tudo parecia uma tarefa f...