"Do amanhecer ao anoitecer."
V. E. Schwab
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— Então vocês invadiram a Seção Reservada, roubaram um livro proibido, saíram do castelo no meio da madrugada, entraram na Floresta Proibida, acharam uma Cripta Maldita e lutaram contra uma criatura mortífera? – diz McGonagall, erguendo a sobrancelha – Tudo isso... sozinhas?
Olho para minhas amigas em busca de apoio, mas elas parecem ocupadas demais encarando o chão.
— Teve também as estátuas de pedra gigantes... – lembra Claire.
— Claire! – dizemos, quase em uníssono.
— Foi mal... – desculpa-se ela.
— Bem... a gente devolveu o livro. – arrisca Tessa.
— As senhoritas estão cientes do quão irresponsáveis e imprudentes foram? – McGonagall indaga, muito séria.
Assentimos, num misto de vergonha e arrependimento.
— Neste exato momento vocês poderiam estar todas mortas, tem noção disso? – continua ela, repreensiva.
— Sim, diretora, nós sabemos... não vai se repetir. – promete Naomi.
— Não, não vai.
Meu sangue congela nas veias.
— A senhora vai nos expulsar? – pergunto, sem conseguir me conter.
— Não.
O ar volta aos meus pulmões e só então eu percebo que estava prendendo a respiração.
— Faremos um acordo. – ela declara, pondo as mãos sobre a mesa – Vocês vão ajudar a Madame Pince na biblioteca, desempoeirando e reorganizando as estantes.
— Argh, não aguento mais a detenção... – resmunga Liv.
— Eu ainda não terminei, Srta. Carter. – adverte McGonagall – Vão prometer não contar a ninguém sobre o que aconteceu essa noite.
— Por quê? – questiona Tessa, com uma expressão confusa.
— Pra que ninguém resolva fazer algo parecido outra vez. – concluo.
McGonagall meneia a cabeça em confirmação.
— Mas Lauren está na enfermaria. – observa Harriet – Todo mundo vai querer saber o que aconteceu.
— E vocês dirão que a Srta. Moore sofreu um acidente durante um treino de quadribol. – explica McGonagall.
— Mas ela nem joga. – aponta Claire.
— Digam que ela pretendia se tornar jogadora na próxima temporada. – McGonagall orienta – Pedirei ao time da Sonserina para confirmar essa versão, caso alguém pergunte.
— E quanto ao "não contar pra ninguém"? – indaga Tessa, num tom que diz que não está nada feliz em ter que depender da turminha do Macmillan.
— Não temos como sustentar essa história sem a ajuda deles. – digo, sem me dar ao trabalho de disfarçar meu desgosto também.
McGonagall assente novamente.
— E o livro? – lembra Naomi.
— Eu mesma tratarei de guardá-lo em segurança. – declara McGonagall.
— Certo, agora a gente pode ir tomar um banho? – Emma indaga, ansiosa – Já está quase na hora do café...
— Tem mais uma coisa. – McGonagall a interrompe.
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O abismo que há entre nós
FanfictionTalento natural, notas altas e um distintivo de monitor. Isso é tudo o que as pessoas veem ao olhar para a lufana Alissa Bard. Ela, no entanto, sabe muito bem que não é assim tão perfeita, e sua vida, muito menos. Alis pensa demais, sempre fora assi...