Capítulo 15
Michael
Irritar o Tate seria fácil. Eu sabia bem o que fazer. Sorri, orgulhoso, enquanto revia mentalmente todo o meu plano e caminhava até casa do Tate com passos apressados.
– Vou buscar cigarros. Vê se não fazes mais merda até eu chegar. – Vi ao longe a mãe dele sair de casa e aproveitei essa oportunidade para correr até à porta.
O Tate, que estava prestes a fechar a porta da frente, parou e olhou-me sério.
– O que estás aqui a fazer? O murro que te dei no hospital não foi o suficiente?
Ri secamente da sua cara.
– Sempre simpático.
– O que é que queres daqui?
Encolhi os ombros, tentando parecer o mais sarcástico possível. Eu ia tocar no ponto fraco dele. Fazê-lo ficar possesso de raiva e socumbir novamente às drogas.
– Nada demais. Ia a passar e reparei que és mesmo um rejeitado que ninguém quer. Não admira que o pai te tenha deixado para trás.
Pelo canto do olho vi que ele fechou os punhos e cerrou os dentes. Sorri.
– Ele não me é nada. – Ele disse por entre dentes.
– Não? Vais dizer-me que não imaginas como teria sido se ele não tivesse escolhido a minha mãe e a minha família? – Ergui uma sobrancelha, vendo a sua cara ficar cara vez mais vermelha de raiva. – Diz lá, Tate. Qual é a sensação de ser o bastardo? O filho da empregada que o meu pai deixou para trás depois?
Ele olhou-me mais uma vez com raiva e tentou fechar a porta. Eu tentei impedi-lo, fazendo força para que ele a mantivesse aberta. Ele acabou por ceder, grunhindo irritado.
– Ela também te odeia, não é? Não devias ter nascido. O meu pai cometeu um erro ao engravidar uma empregada. Nem ela te quis. Não te abortou porque não pôde. Enoja-me o facto de teres o mesmo sobrenome que eu.
Senti um murro na zona do queixo e quase caí desamparado para trás. Gemi de dor e passei levemente a mão pelo canto do lábio, vendo que não tinha sangue. Pena. A Violet ia adorar mais uma história onde eu era inocentemente agredido.
– A Violet vai adorar ver mais esta marca. – Ameacei-o.
– Sai daqui, Michael. Antes que eu faça algo muito pior do que um simples murro. – Ele ameaçou e eu gargalhei mais uma vez da cara dele.
– Eu serei sempre o escolhido, Tate. O meu pai escolheu-me a mim, e a Violet também. Ela beijou-me ontem, sabias? – Ele ficou sério a olhar-me com os olhos negros de raiva. – Vou ser sempre eu, Tate. Sempre.
Virei-lhe as costas e caminhei apressadamente para longe dali. Estava muito entusiasmado com o meu plano, tinha corrido tal como eu tinha pensado.
Já estava tudo pronto, só precisava de um isco. Peguei rapidamente no meu telemóvel e procurei o número da Madison.
– Sim? – Ela atendeu rapidamente eu sorri vitorioso.
– Preciso da tua ajuda, Madison.
Ouvi ruídos do outro lado que não consegui distinguir e de seguida ela suspirou.
– Porque é que eu faria algo por ti?
– Ah, vá lá Madison. Não te faças difícil. Tu sabes bem que gostas de fazer muitas coisas por mim. – Ela riu do outro lado. – Mas se queres uma boa razão, o Tate é suficiente?
– O que tem o Tate?
– Eu sei que gostas dele. Mas ele não te quer. Ele anda a rondar a Violet, e ela é minha. Ou seja, eu quero a Violet e tu queres o Tate. Simples.
– O que preciso de fazer?
– Simplesmente preciso que arranjes alguma droga e bebidas e que o leves até à praia perto das 9 da noite.
– Isso vai ser difícil. O pessoal anda todo a tentar que ele volte a consumir, ele simplesmente não cede.
– Confia em mim, ele hoje vai. Arranja uma desculpa qualquer para o levar para aí. E posso garantir-te que ele será todo teu.
Feito isto, caminhei alegremente para casa. Seria canja.

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Toxic - Tate Langdon
FanficOnde Tate faz bullying com Violet, Violet gosta de Tate e Michael gosta de Violet.