-35- (Último)

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Capítulo 35

[4 anos depois]

Tate

– Mhh... Onde é que ele estará? – Perguntei na brincadeira, vendo o meu filho escondido atrás de uma árvore do jardim.

– Bu! – Ele gritou e eu fingi assustar-me, correndo de seguida atrás dele pelo jardim. Apanhei-o e atirei-me para o chão, trazendo-o comigo. Ele gargalhou enquanto eu lhe fazia cócegas.

– Apanhado, soldado! – Ele deitou a língua de fora e eu fiz mais cócegas.

– Papá, para. – Ele gargalhou e eu cedi ao seu pedido. Ele levantou-se, correndo para a bola de futebol. – Anda, vamos jogar!

Eu ri, cedendo ao seu pedido. Aqueles eram os melhores momentos da minha vida.

– Anda, eu vou à baliza!

– Assim vou marcar tudo, pai. – Ele brincou e eu fingi-me ofendido.

Para que ele ficasse feliz, errei todos os penaltis dele, deixando que ele ganhasse o jogo.

– Vês? – Ele brincou, correndo para mim.

– Ai, eu desisti. És demasiado bom nisto.

Peguei na mini cópia de mim, colocando-o às minhas cavalitas enquanto ele ria.

– E se fossemos apanhar umas flores para a mamã? – Sugeri, olhando para cima para o ver sorrir entusiasmado.

– Siiim! Ela vai ficar tão feliz!

Corri pelo jardim com ele às minhas costas, fazendo-o rir. De seguida, paramos perto de algumas flores e eu coloquei-o no chão para que ele pudesse escolher.

– Estas. – Ele apontou para umas azuis e eu cortei-as. A senhora Harmon ia matar-me quando visse que eu andei a mexer no jardim dela e a cortar as flores, mas ver o sorriso da minha mulher e do meu filho curava tudo.

– Achas que a mana vai gostar de futebol também? – Ele tagarelou enquanto eu caminhava de mão dada com ele à procura da Violet.

Sorri alegre ao lembrar-me da minha menina que ainda não tinha nascido. Eu estava nas nuvens com a ideia de ser pai outra vez, e de ser pai de uma menina. Seria incrível entrar no mundo cor de rosa dos vestidos e das princesas. Eu andava até a treinar alguns penteados em bonecas, mas nunca ninguém saberia disso.

– Claro que vai!

– Vamos ser melhores amigos! Vou brincar tanto com ela! – Ele quase saltitou de entusiasmo ao meu lado. – Vamos construir castelos de areia e pistas de carros e tudo!

Sorri com o seu entusiasmo e o meu coração bateu mais forte ao ver ao longe a Violet. Ela estava linda num vestido florido. A sua barriga já bem saliente também. Já faltava pouco.

– Mamã! Olha! – O meu filho gritou ao meu lado, entusiasmado. – Colhemos algumas flores para ti!

A Violet sorriu abertamente para o filho, fazendo-me derreter. Mesmo com a barriga enorme, ela pegou no menino ao colo e ele pousou a cabeça no seu pescoço.

– Obrigada, meu amor! A mãe adorou!

– O papá deu a ideia. Mas eu escolhi. – Ele declarou, orgulhoso.

– Ai foi? – Ela sorriu para mim, beijando-me. – Que cavalheiros que eu tenho. Que sorte!

O pequeno apontou para o chão e quando a Violet o pousou ele colocou-se em bicos de pés, beijando a barriga enorme da mãe.

– Vou buscar algumas para ti também, mana. – Ele sorriu e correu para os canteiros novamente.

– Ele está tão crescido. – Ela comentou cheia de orgulho.

– Pois está. Passa rápido. – Comentei, acaciriando a sua barriga e beijando-a novamente.

– Meninos! O almoço! – A Sr Harmon chamou e eu sorri.

Era domingo à tarde, e por isso costumavamos fazer almoços de família. Reuniamos os meus pais e os pais da Violet e almoçavamos no jardim. O meu pai adorava os fins de semana, ele era um avô babado e felizmente conseguimos resolver tudo.

– Michael, anda! – A Violet chamou o nosso filho, que correu alegremente para nos e agarrou as mãos dos dois.

Assim caminhamos para a mesa, os três de mãos dadas. Em breve, seríamos 4. Felizes para sempre.

Toxic - Tate LangdonOnde histórias criam vida. Descubra agora