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Capítulo 22

Não sei o que se passa, mas alguns capítulos aparecem-me na ordem errada. Sigam sempre o número indicado no título!

Boa leitura!

Violet

– Eu não acredito! Porque é que nunca me disseste que ele é teu irmão? – Perguntei irritada ao Michael. Não entendia o porquê dele me ter ocultado aquilo durante todo aquele tempo, e tinha ficado magoada com isso.

– Porque ele não é. É só um bastardo, filho de uma empregada que o meu pai teve. Ele foi um descuido.

– Não fales dele assim! É teu irmão, Michael! – Ergui um pouco o tom de voz, irritada. Não gostava da forma como ele falava do Tate. Apesar de tudo, o Tate era meu amigo agora. E mesmo que não o fosse, eu não concordava com o Michael.

– Eu só... – Ele levantou-se e começou a caminhar rapidamente ao redor da sala, agarrando os cabelos durante o processo. Isso começou a deixar-me assustada e fez-me recuar alguns passos. – Eu não queria que ele tivesse qualquer ligação comigo. Eu amo-te, não quero que fujas de mim!

– Eu... Somos amigos, Mike. Eu amo-te como um irmão, não quero que tenhas esperanças. – Relembrei-o. – E não quero que me escondas mais nada. Fiquei muito magoada com isto e com a maneira como falaste do teu irmão.

– Ele não é meu irmão. – Ele rosnou, aproximando-se de mim. Eu recuei, assustada, mas ele alcançou-me rapidamente. Levou as mãos à minha cara e segurou o meu rosto com violência, fazendo-me olhar para ele nos olhos. O meu coração quase saiu do peito. Eu estava a morrer de medo. – Tu não podes ficar chateada comigo, Violet. Ouviste?

– Mike... Larga-me, por favor. – Pedi, assustada.

– Não ouviste o que ela disse?

O Tate estava parado no meio do corredor a observar a cena que o Michael estava a fazer. Ele soltou-me ao ver o irmão, fazendo-me respirar de alívio.

– A conversa não é contigo.

– A partir do momento em que a Violet não está bem, é comigo sim. – O Tate aproximou-se do Michael e eu afastei-me um pouco, mordendo o lábio nervosa. Não queria problemas

– Lá tinha que vir o bastardo. Porque é que não te vais drogar ou sair com a Madison?

Franzi o sobrolho, irritada.

– Vocês podem parar? – Ergui um pouco a voz, fazendo com que os dois parassem de discutir e olhassem para mim boqueabertos. – Estou farta de confusões!

Segurei firme na minha mochila e saí do edifício da escola, indo para o Pátio esperar o meu pai. Estava cansada daquilo tudo. O Michael ainda por cima andava a pressionar-me demasiado e eu não estava a gostar do rumo que as coisas estavam a levar.

– Estás bem?

O Tate estava já ao meu lado no patio, e felizmente não havia sinal do Michael.

– Sim. Obrigada por me teres defendido. Eu só... Precisava de respirar. – Expliquei.

– Ele fez-te mal?

– Não. – Menti. – Discutimos só. Mas ele é um bom amigo. Tenho pena que não tenham uma boa relação. Quero dizer... São irmãos.

Ele encolheu os ombros.

– Eu não o vejo como um irmão, sinceramente. Não me faz diferença. Mas eu ouvi que me defendeste perante ele, e não consigo exprimir o quão grato estou.

– Não gostei de como ele te tratou. Só isso, não tens que agradecer.

Ele sorriu e fez-se silêncio. Eu comecei a ficar nervosa com a ideia do meu pai chegar e ver-me ali com o Tate, mas estava surpreendentemente bem ao lado dele e não queria sair dali.

– Posso abraçar-te? – Perguntei sem pensar, e ele sorriu abertamente, também apanhado de surpresa.

– Não tens que perguntar. – Ele abriu os braços e eu enterrei-me neles, encostando a cabeça ao seu peito e ouvindo as batidas aceleradas do seu coração. Isso acalmou-me e quase me esqueci de tudo o que me incomodava. O cheiro viciante das suas roupas levou-me às nuvens e eu só queria ficar ali para sempre.

– Violet! – Separei-me bruscamente dele ao ouvir o grito do meu pai. Caramba. Tinha mesmo que chegar naquele momento.

– Pai, eu -

– Tu, afasta-te dela. – O meu pai saiu do carro e caminhou na nossa direção, apontando o dedo indicador na direção do Tate. – Que seja a última vez que te vejo falar com ela. O aviso está dado.

Eu estava assustada com o tom do meu pai, ao ponto de nem conseguir reagir.

– E tu, minha menina, para casa. Já. – Ele agarrou bruscamente no meu braço, levando-me para o carro.

– Eu sou crescida, pai. Sei bem o que faço. – Ralhei quando ele arrancou.

– Não te quero com aquele delinquente. Ouviste?

Não lhe respondi, apenas olhei pela janela e deixei que os meus pensamentos voassem de volta para a sensação boa de estar nos braços do rapaz loiro.

Toxic - Tate LangdonOnde histórias criam vida. Descubra agora