O palácio Bruxo

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                         Blayr/09

Depois do almoço fui pro meu quarto arrumar as malas, peguei só algumas roupas e coisas exenciais já que meu pai falou que depois viríamos pegar o resto das coisas para fazer a mudança definitiva, fui colocando na mala até que lembrei do livro, o peguei e sentei na cama, folheei algumas páginas e vi várias figuras de lobos, vampiros e todos os seres sobrenaturais, até que parei em uma página específica com a folha num tom dourado que me chamou atenção. Quando começei a ler me dei conta que não era um capítulo qualquer, era o capítulo que falava de mim.
Começei a ler pausadamente e em voz alta para entender exatamente o que tudo aquilo significava.

"A filha do inferno.
Um dia, a mãe de todos os demônios terá sua última filha, essa menina carregará sangue algelical e sangue demoníaco, fazendo-a assim ter poderes elevados sobre qualquer ser sobrenatural que já passou na terra. A menina será agraciada pela deusa Selene, e essa combinação de poderes a tornará a primeira deusa mundana, tendo poderes suficientes para derrotar o mal que ameaça a existência dos seres sobrenaturais."

Li isso e fiquei chocada, não só porque eu supostamente sou a salvação do mundo sobrenatural, mas também porque eu finalmente entendi o motivo do meu pai biológico ter me afastado de tudo que envolve magia, eu sou uma ameaça ao poder dele, se eu sou mais poderosa significa que eu posso roubar tudo que ele tem, provavelmente ele  vai me querer de volta depois da transformação, ele acha q eu sou idiota e boba o suficiente pra ele me manipular e me usar como arma, mas isso não vai acontecer, se ele é manipulador eu sou três vezes mais.

Fui retidada dos meus pensamentos com a minha prima me chamando para descer, peguei minha mala e fui até a bliblioteca, todos já estavam esperando,  guardei o livro e o telefone que ainda estavam em minhas mãos e parei ao lado do meu pai. Mais cedo eles disseram que "iriam conjurar um portal" e estou completamente ansiosa pra ver isso, toda essa parada de magia me fascina e a cada segundo eu quero saber mais e mais sobre esse novo mundo.

Ouvi meu pai falar algumas palavras em alguma língua estranha e mecher as mãos em formato circular e então uma espécie de poral roxo apareceu, nós passamos por ele e dei de cara com um grande castelo antigo de pedras acizentadas e com muitas janelas, a grama do jardim da frente tinha um tom verde brilhante, os arbustos tinham flores liláses e na entrada do castelo haviam cerca de 6 guardas segurando espadas, tudo era lindo. Olhei para meu pai com os olhos brilhando e ele sorriu e assentiu sabendo o que eu queria fazer, não esperei mais nenhum segundo, joguei as malas no chão e saí correndo cruzando o grande jardim e passando pelos guardas dando um aceno rápido, passei pelos portões e parei no meio do salão olhando para todos os lados como uma criança hiperativa, as paredes tinham provavelmente 20 metros de altura e elas tinham um lindo tom de lilás claro, o chão era de madeira de mógno escuro brilhante, um tapete verde musgo traçava um caminho da entrada até três tronos posicionados perfeitamente no fundo do salão em cima de uma espécie de degrau, eles tinham tamanhos diferentes e estofados verdes combinando com o tapete. O do meio era o mais alto, contendo um tom dourado chique, então presumi que fosse o do meu pai, o do lado direito também era dourado mas era um pouco menos chamativo e tinham espécies de flores entalhadas no encosto e o último era um pouco menor  e diferente dos demais era meio prateado, mostrando que tinha menos poder.

Ouvi um pigarreio atrás de mim e dei de cara com um homen bem mais alto que eu de pele clara, olhos  verdes e cabelos castanhos claro que o deixava com um aspecto angelical, seus lábios eram rosados e seu sorriso era incrivelmete acolhedor. Esse cara é um deus grego e eu acabei de me tocar que estou o secando na cara dura, o que fez suas bochechas tomarem um leve tom rosado, o que me fez rir.

Guarda: -Senhorita, me chamo Aziel Valerie, sou da guarda de confiança do rei e o próprio me mandou mostrar os seus aposentos.- Disse fazendo uma breve reverência.

-A, oi, pode me chamar de Blayr, Blayr Ahmed, não sou do tipo esnobe que gosta de reverências toda hora então pode me tratar como amiga. -Disse o olhando nos olhos e estendendo minha mão para que o mesmo a apertasse.

Aziel: -Senhora, meu trabalho é ser seu guarda-costas, não seu amigo, não posso me referir à senhora com intimidade.

-Desculpa cortar seu barato mas se você é MEU guarda costas eu acho que tenho direito de escolher como quero ser chamada. -Disse pondo ênfase no "meu".

Aziel: - Tudo bem. -Disse percebendo que eu não iria ceder. -Pode me seguir por favor?

-Posso sim. -Disse risonha entrelançando meu braço no dele e dando pulinhos enquanto andava.

Ele deve me achar uma criançona mas eu não consigo explicar, ele ms faz querer sorrir, ele parece muito amigável.

Chegamos num dos milhares de corredores e ele parou em frente á uma porta de madeira avermelhada e apontou para que eu entrasse, o quarto era gigantesco, suas paredes são rosa claro e os móveis são brancos, no centro há uma cama grande e vizivelmente confortável com roupas de cama também brancas,minhas malas estavam no chão já vazias, havia 2 portas que presumi que seriam o banheiro e o closet e em frente á minha cama são exibidas duas portas de vidro que davam em uma linda sacada com vista para o jardim dos fundos que era bem maior que o anterior. Olhei para trás e vi Aziel me observando, mas quando percebeu que eu o via balançou a cabeça e olhou fixamente para o chão.

-Aziel, quanto tempo eu fiquei lá em baixo?

- Cerca de 40 minutos, você parecia estar em tranze olhando para o salão.

-Então quer dizer que o "senhor certinho" estava me observando? - Disse rindo num tom de deboche.

Aziel: - Eu não... quer saber, estava olhando sim, meu trabalho é te olhar, e isso não vai ser difícil. -Disse cruzando os braços e se encostando no batente da porta me lançando um sorriso sacana que por um segundo fez meu coração parar.

-Então quer dizer que o senhor certinho na verdade é um galanteador nas horas vagas? O neném não é neném.

Aziel: -A senhorita quem me mandou te tratar como amiga. -Disse rindo e me olhando indiscretamente.

-Merda, fui refutada. Agora saí daqui Aziel, você já me cantou bastante pra um dia.-Disse rindo e pondo a mão nos quadris, o que certamente me fez parecer uma xícara.

Aziel: -Tudo bem Blayr, mais tarde te busco para jantar. - Disse rindo com um sorriso sexy e se retirou do quarto fechando a porta.

- Tá vendo né pink, não fui eu quem dei em cima dele, é ele que tá arrastando asa pra mim. -Disse me jogando na cama e olhando para ela que estava deitada preguisosamente em sua caminha no canto do meu novo quarto.

A última filha de LilithOnde histórias criam vida. Descubra agora