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»»OITO««

ɴᴏᴀʜ

— Então, sua Lochem chegou há três dias e tem feito perguntas íntimas como: qual seu pior pesadelo? — Bailey sorriu.

Soltei uma risada e tomei o sangue na taça. Dessa vez, era de um gado de uma das fazendas de Espinhosa. Estava na hora de beber um pouco de sangue humano, já que mantive minha dieta no jantar de ontem. Era capaz de sentir uma fraqueza, e não me lembrava da última vez que precisei me render. A questão toda era o Ta’avanut. Se eu bebesse da fonte, justo nessa época, não poderia prever a reação do meu corpo.

Eu já estava tendo pensamentos muito errados. Inclusive, sobre minha Lochem.

— Ela só me resumiu como vai ser. Hoje que vou descobrir como conduzirá isso. Conversamos sobre os desafios, os quais já conheço, embora o teste final seja um mistério para mim. — Bebi mais um gole e senti uma gota escorrer no canto da boca. Peguei-a com a ponta da língua. — Sina vai me analisar diariamente. Pelo cronograma, vou ficar tempo demais com ela. Sina é afiada. Ela deu ótimas respostas no jantar. É esperta demais.

— Aconteceu alguma coisa no jantar? — Bailey tirou a brincadeira da voz.

— Foi intenso.

— Por quê?

— Não suporto Bali Paliwal, Astradur e falando nessa linhagem... Any ficou se jogando pra cima de mim.

— Ela ainda está interessada em você? —Apoiei a taça sobre a mesa e encarei Bailey.

— Eu ainda não estou interessado nela. —Bailey riu.

— Porra, Noah. Você fala com mais interesse das aulas do que da possibilidade de transar com Any. Ela é bonita pra cacete. —Decidi ficar em silêncio.

— O que tá pegando? —Passei os dedos pelo cabelo, jogando-os para longe do rosto. Respirei fundo e me recostei na cadeira.

— Eu não disse ao meu pai, mas me parece uma péssima ideia ter uma Lochem, enquanto estou… você sabe…

— No seu período azul? — Bailey riu.
Fechei a cara.

— O quê?

— Não se faça de idiota. Sabe que os humanos têm um remédio milagroso. A pílula azul da felicidade. — Bailey abriu um sorriso largo.

Soltei uma gargalhada, que foi cessando enquanto me lembrava da razão do meu temor. Sina Deneirt se tornou espetacular, para dizer o mínimo, e ainda o elogio seria um insulto. Nunca vou me esquecer de como ela levou a maçã à boca, deixando os caninos à mostra e…

Tá bem, que merda!
Eu estava atraído por ela.

Sabia que isso aconteceria; eu estava no Ta’avanut. Humanas, vampiras, shifters… tudo me interessava.

E talvez Sina não fosse ser um problema, se
me concentrasse nas tarefas.

— Príncipe Noah, Sina está esperando para vê-lo. — Escutei a voz de lorde Tane e me levantei. Se havia alguém que eu respeitava, era Warder. O cara era como um pai para Sina. Se ele soubesse o que eu pensava, ficaria decepcionado.

🎯|ᴏ ᴘʀɪ́ɴᴄɪᴘᴇ ᴅᴏs ᴠᴀᴍᴘɪʀᴏs » sᴇɢʀᴇᴅᴏs ᴅᴇ sᴀɴɢᴜᴇ • ɴᴏᴀʀᴛ [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora