Capítulo Um: O que vou fazer após completar meus 15 anos?

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Ano de 2022

O Som irritante do despertador cortava o silêncio da manhã, uma tortura repetitiva que me empurrava para a realidade

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O Som irritante do despertador cortava o silêncio da manhã, uma tortura repetitiva que me empurrava para a realidade. "Maldita função do celular", pensei, enquanto o barulho ensurdecedor pulsava em meus tímpanos. Eu já havia acordado há tempos, mas a cama era um abraço acolhedor que eu relutava em deixar. Finalmente, a insistência da música insuportável me convenceu a me levantar.

Abri meus olhos azuis, que reluziam como safiras lapidadas, e me deparei com o reflexo de meu cabelo negro, desgrenhado e rebelde. Com apenas catorze anos, a juventude ainda pulsava em mim, cheia de promessas e inseguranças. Dirigi-me ao banheiro, jogando água no rosto, sentindo a frescura que quebrava o torpor. Após escovar os dentes, voltei ao meu quarto para me vestir. O uniforme da escola, composto por uma camisa branca com um escudo azul e uma calça jeans, parecia um símbolo da minha rotina monótona, que eu aceitava relutantemente.

No caminho até a cozinha, o aroma doce do café, que somente Agnes, minha amada mãe, sabia preparar, envolveu-me como um cobertor. Era um café mais que delicioso, e eu mal podia esperar para saborear.

— Jukhen, querido, bom dia! — disse Agnes, seus longos cabelos castanhos caindo suavemente sobre os ombros. Seus olhos verdes escuros brilhavam com a luz da manhã.

Sorrindo, peguei a xícara que ela me oferecia, a bebida fumegante aquecia minhas mãos.

— Bom dia, família — meu pai, Jin Silverheart, entrou no cômodo, lutando contra a gravata que parecia ter vida própria. Alto e forte, seus cabelos negros e olhos cor de ônix refletiam um homem preocupado, mas sempre disposto a oferecer amor e segurança.

— E então, Jukhen, como anda a escola? — perguntou ele, enquanto tentava domar a gravata rebelde.

— Continua a mesma coisa de sempre — respondi rapidamente, esvaziando a xícara. Antes que pudesse me levantar, beijei minha mãe e me despedi. — Estou indo, até mais tarde!

Peguei minha mochila, que Agnes sempre deixava no sofá, jogando-a sobre o ombro. Apressado, saí em disparada, rumo ao colégio.

Depois de correr pelas ruas, improvisando atalhos, avistei Kazuya à frente. Com seu cabelo preso em um rabo de cavalo, acelerei o passo e, em um impulso, desferi um tapa certeiro em sua nuca. Ele gritou, a dor claramente desenhada em seu rosto.

— Maldito! — resmungou, me encarando com uma mistura de raiva e desconforto.

— Relaxa, Kazuya. Hoje é quarta, você deveria estar mais calmo — respondi, divertindo-me com a expressão cada vez mais fechada de meu melhor amigo.

Kazuya Kazami, com seus olhos vermelhos exóticos, frequentemente era alvo de medo e desconfiança. No entanto, eu o conhecia bem. Nossas discussões sobre trivialidades eram apenas uma fachada para a verdadeira amizade que compartilhávamos.

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