Capítulo Vinte e Seis: Eu sou o Herdeiro de Ryousei

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Já fazia cerca de vinte minutos desde que Chloe e eu havíamos chegado à academia e nos acomodado no quarto de Solum

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Já fazia cerca de vinte minutos desde que Chloe e eu havíamos chegado à academia e nos acomodado no quarto de Solum. Passamos essas horas mergulhados no mistério do diário que havíamos encontrado na casa dos Verruckt. Cada página virada parecia mais enigmática que a anterior, como se as palavras se recusassem a revelar seus segredos. O silêncio entre nós era pesado, e a frustração começou a se infiltrar. Eu já havia mandado uma mensagem para Ashley cerca de oito minutos atrás, avisando-a sobre a nossa "missão" e a nova pista. Agora, restava apenas esperar sua chegada.

Na tentativa de quebrar o clima tenso, resolvi puxar conversa com Chloe, observando-a com curiosidade.

— Posso te fazer uma pergunta? — chamei sua atenção. Ela desviou os olhos das páginas rabiscadas, erguendo o olhar sereno, mas inquisitivo, para mim.

— Claro — respondeu, com uma leve inclinação de cabeça.

— Como você luta? Tipo... usa mais força ou violência? — perguntei, genuinamente curioso. Era algo que eu sempre quis saber.

Ela sorriu, um sorriso cheio de astúcia, mas também com um toque de nostalgia, como se pensasse em batalhas antigas.

— Nem um nem outro. Eu sou astuta — disse ela, com um brilho enigmático nos olhos.

— Astuta? — repeti, sem conseguir disfarçar minha curiosidade.

— Sim. Eu luto como a água corre: fluída e ágil. Deixo as coisas fluírem, uso a correnteza a meu favor. Mas claro, também ataco quando preciso, só que à distância. Força bruta não é o meu estilo. — Ela deu de ombros, como se aquilo fosse óbvio. Seus olhos azuis, que geralmente eram frios e calculistas, se suavizaram ao falar de seu estilo de luta.

Suspirei, bagunçando meu cabelo. Eu tinha me esquecido que seus poderes estavam relacionados à água. Fazia sentido que ela lutasse dessa forma.

— Por que essa pergunta, afinal? — ela me olhou, estreitando os olhos, tentando entender o que se passava pela minha cabeça.

— Eu ainda estou tentando descobrir como lutar... — murmurei, olhando para minhas mãos. — Ashley disse que eu preciso encontrar um equilíbrio entre força e violência.

Ela riu baixinho, como se já esperasse isso.

— Ah, Ashley... claro que foi ela. Bom, o conselho é válido, mas... — ela fez uma pausa, seu tom mais sério. — Não se aplica a você. Nenhum de nós tem a força física dela, então temos que compensar com outra coisa. Seja velocidade, agilidade ou inteligência. Todos têm seu próprio estilo de luta, algo que combine com quem são. A chave é encontrar o que funciona pra você.

— Valeu. Isso me fez pensar melhor. — Sorri, grato pela perspectiva dela.

— Disponha — respondeu com um aceno discreto, voltando sua atenção para o diário. O silêncio caiu sobre nós novamente, mas desta vez, ele parecia mais confortável.

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