Capítulo Vinte: Caye Verruckt o menino que só queria ter paz

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Phelipe observava atentamente a matéria que estava em meu celular

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Phelipe observava atentamente a matéria que estava em meu celular. Era uma reportagem sobre seus pais, e eu podia sentir a tensão no ar; talvez ele pudesse ajudar de alguma maneira, mesmo que fosse pequena, pois a angústia por trás da morte de James e Adele Summers pairava sobre ele como uma nuvem pesada.

Aguardei ansiosamente por sua resposta, enquanto ele estava sentado à grande mesa do refeitório, onde repousava um sanduíche pela metade e um livro de terror esquecido ao lado. O tempo parecia se arrastar, e a expectativa me deixou inquieta até que, finalmente, ele devolveu o aparelho, seu olhar ainda refletindo confusão. Eu o encarei com curiosidade, esperando sua conclusão que parecia demorar mais do que o normal.

— Onde foi que vocês conseguiram isso? — ele perguntou, sua voz carregando uma mistura de incredulidade e apreensão.

— Eu costumo entrar em um grupo de conversas à noite e o assunto surgiu. Enviaram um arquivo em PDF e, como tinha o seu sobrenome e o da Sabrina, acabei ficando curiosa — expliquei, tentando soar natural, embora a inquietação me consumisse por dentro. Não era bom parecer muito interessada nesse assunto, especialmente se pudesse levantar suspeitas.

— Eu sei que pode parecer falso, mas ficamos intrigados com isso — Ashley interveio, oferecendo um sorriso que aliviou um pouco a tensão no meu peito.

Phelipe suspirou e voltou a focar no seu sanduíche, mordendo um pedaço considerável antes de nos encarar novamente.

— Bem, não é incomum esse tipo de coisa acontecer, especialmente na internet. E não é falso; essa matéria foi escrita por alguém com o sobrenome "W". Isso significa que foi alguém da minha família, logo, dos Wasabi.

— Desculpa, Phelps, mas isso não faz sentido. Por que alguém da sua família escreveria uma matéria contando o que aconteceu? Essa Lois é uma W, logo, não teria por que expor isso — repliquei, tentando entender a lógica por trás da situação.

— É aí que está o problema: Lois é ninguém menos do que minha mãe.

As palavras dele cortaram o ar. Ele retirou o celular do bolso e desbloqueou a tela com pressa. Quando a chamada foi atendida, sua expressão se transformou, e eu vi seu rosto ficar ruborizado, como se tivesse escutado algo que não queria ouvir.

— Alô, Mãe? Então eu queria te perguntar uma coisa... o quê? — Sua voz carregava um tom de exasperação, e eu me senti quase como uma intrusa, observando essa dinâmica familiar.

— É óbvio que eu não estou te ligando para saber como conquistar a Jessie! Ela é minha melhor amiga! — A indignação em sua voz era quase palpável.

Um sorriso melancólico brotou em meus lábios ao ouvir a discussão, lembrando-me das conversas que costumava ter com minha própria mãe. Era nostálgico e triste ao mesmo tempo. Phelipe continuou a debater com a mãe, seu tom se tornando mais sério.

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