Jukhen Silverheart está prestes a adentrar em um novo mundo repleto de desafios monumentais e consequências de peso. Ao perceber que possui habilidades além da capacidade humana, ele é forçado a deixar para trás sua cidade natal e é enviado para o C...
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Aquele lugar me causava calafrios profundos. Nunca fui muito fã de hospitais. Desde pequeno, eu evitava ao máximo passar por suas portas, mesmo quando era obrigado a fazer algum exame de rotina. Minha mãe, que trabalhava na área médica, sempre insistia em me levar, mas eu não podia deixar de sentir uma aversão àquele ambiente. Agora, com a noite caindo e a fraca iluminação nos corredores da policlínica, o local se tornava ainda mais aterrorizante. As paredes brancas, o silêncio pesado, o cheiro de desinfetante... Tudo me deixava tenso.
Sabrina caminhava à nossa frente, a expressão tensa, guiando-nos em direção à sala do médico-legista. Cada passo meu parecia ecoar no vazio, e meu coração batia mais rápido a cada segundo. O peso da incerteza se acumulava no meu peito. Eu estava nervoso, inquieto, sem saber o que pensar ou esperar. Sabíamos tão pouco e precisávamos desesperadamente de pistas no corpo de Adele e James. Se não encontrássemos nada, voltaríamos ao ponto de partida, e o pensamento de mais uma vez ficar sem respostas era insuportável.
Finalmente, Sabrina parou diante de uma porta branca, afastada, no fundo de um corredor sombrio. Senti um frio na espinha enquanto entrávamos na sala. O ar estava carregado, o cheiro de produtos químicos ainda mais forte. À nossa frente, o médico-legista, um homem de jaleco, barba cheia e uma máscara que cobria metade de seu rosto, aproximou-se de nós. Seus olhos frios nos estudavam com cautela.
— Boa noite, Dr. Ethan — Sabrina cumprimentou, sua voz soando mais firme do que eu esperava. — Me atrasei um pouco porque estava nervosa, então chamei meus amigos para me acompanhar.
— Entendo, querida. É uma decisão sábia, enfrentar momentos assim com apoio. — A voz do médico era suave, mas havia algo de frio nela que me incomodava. — Vamos ao que interessa. Foram 54 facadas no total: 24 em sua mãe, Adele, e 30 em seu pai, James. Quem fez isso não apenas queria matá-los... — Ele fez uma pausa, olhando diretamente para Sabrina, que manteve-se séria. — Quem fez isso odiava profundamente os dois.
Meu estômago se revirou com essas palavras. Eu não esperava tanta frieza. O médico parecia falar com uma neutralidade perturbadora, como se estivesse comentando o clima.
