Capítulo Seis: Quem nunca se sujou com sorvete?

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Minha paciência estava se esgotando, lentamente sendo desgastada por horas de frustração

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Minha paciência estava se esgotando, lentamente sendo desgastada por horas de frustração. Eu estava largado numa cadeira de rodinhas, girando levemente para lá e para cá, enquanto meus olhos vagavam para cada movimento da minha "amiga" de cabelos ruivos. Alice estava sentada à mesa, focada em sua lição de casa, aparentemente alheia à angústia que me consumia. Há dias, nós dois tentávamos descobrir o paradeiro de Jukhen, mas até agora, tudo o que tínhamos eram dúvidas. O vazio das respostas estava corroendo meu humor, deixando-me à beira do desespero.

O maldito e-mail que ele deixou na minha caixa de mensagens só piorou a situação. Era uma despedida vaga, quase fria. Como ele podia simplesmente dizer que não nos veríamos por um tempo? Isso, dois dias antes de recebermos a notícia devastadora: Tio Jin e Tia Agnes estavam mortos. O peso dessa tragédia me esmagava, e eu me culpava por ter demorado tanto para verificar os e-mails. Foi um pesadelo esconder isso de Íris, junto com Paul e Molly. Eles também sabiam o que tinha acontecido com os Silverhearts, mas ainda assim, tínhamos que proteger Íris da verdade. Era doloroso pensar que pessoas tão bondosas como eles encontraram um fim tão cruel.

— Kazu, por favor, para de ficar com essa cara! — Alice suplicou, seus olhos verdes cheios de preocupação. Ela sempre soube como ler meus sentimentos, mesmo quando eu tentava esconder. Mas não havia como esconder isso. A angústia, o medo e a impotência estavam estampados em meu rosto.

Eu bufei, incapaz de conter a raiva que estava fervendo em meu peito. — Não dá! Eu ligo, ele não atende. Mando mensagens, ele nem visualiza! Como quer que eu fique tranquilo? E se o cara que invadiu a casa dele estiver com ele como refém? E se aquele e-mail for só um jeito de nos despistar?! — explodi, minha voz carregada de frustração e medo. Aquilo tudo estava fora de controle, e a ideia de que Jukhen pudesse estar em perigo fazia meu estômago revirar.

Alice se levantou lentamente de onde estava sentada e veio até mim. Suas mãos delicadas pousaram em meus ombros, massageando suavemente, tentando me acalmar. E, de fato, eu senti o corpo relaxar um pouco, como se a tensão estivesse derretendo sob o toque dela. Mas o aperto em meu coração continuava.

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