XII

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Neji abriu a porta com velocidade e passou por ela, caminhou alguns passos de cabeça baixa ainda aturdido.
Passou a mão nos cabelos os puxando para trás e mordeu os lábios com força.

Mas que raios eu acabei de fazer?

Então a última coisa que deveria acontecer aconteceu, Neji deu de cara com Hinata saindo de seu quarto.
Ela deveria estar dormindo essa hora, então o que estava fazendo ali parada em sua frente?
Qual o problema dela em seguir uma simples sugestão?

– Nii-san? Aconteceu alguma coisa? –

Neji olhou naquele rosto de contornos inocentes, aquela mulher era a fonte de todos os seus problemas, certo?
De que outra forma surtaria apenas por um beijo quando já tinha feito tantas coisas mais na vida.
Seu problema era...Hinata Hyūga.

O shinobi se aproximou em um rápido movimento, os reflexos treinados dela a alertaram da ação, mas ela não resistiu e nem tentou impedir o choque, logo em seguida seu corpo estava prensado de costas para a parede.

– B-bem, isso foi um pouco selvagem. – Sua voz saiu um pouco mais trêmula do que gostaria então sentiu as bochechas queimarem.

Neji estava com os antebraços ao lado de sua cabeça e pregados na parede.
A já quase extinta distância entre eles sumiu quando ele colocou seus corpos e juntos os lábios aos dela de forma bruta.
O contato demorou pouco tempo e Hinata quase praguejou achando que ele iria desistir outra vez, mas dessa vez não, ele enfiou o rosto na curva de seu pescoço e subiu para inalar o perfume suave de seus cabelos, uma de suas mãos se entrelaçou as madeixas e a outra agarrou sua cintura de forma possessiva.
Inesperadamente, fazendo a Hyūga estremecer, ele deixou a língua escorregar por entre os lábios dela e as duas dançaram juntas.
A mente de Hinata tinha se condensado em apenas aquele momento, de toda a existência, aquele era o único momento que importava.
As mãos de Neji começaram a passear pelo pequeno corpo junto ao seu, sentindo as deliciosas curvas por baixo do tecido, era desesperador de tão bom.
Hinata apenas acariciava suas costas com as mãos, não sabia para onde toda sua experiência com beijos havia sido mandada, a única coisa de que tinha consciência era de que era bom.

Oh, Céus! Ela...
Ele poderia se perder ali para sempre e iria amar, apenas tocando aquele corpo e beijando aqueles lábios cheios e deliciosos.
Hinata Hyūga era um problema? Quem pensaria em tal loucura? Hinata Hyūga era tudo de melhor que seus sentidos já haviam provado.

Aprofundou mais aquele beijo, tanto quanto era possível sem ter de parar de respirar, sua mente estava nublada e seu corpo estava quente. Precisava beijar ela até que o mundo acabasse, ela era a boca certa, o gosto certo, as medidas e os arfares certos.
Separou o beijo para olhar em seu rosto, os lábios vermelhos e inchados, as bochechas coradas e a respiração irregular...Não lembrava de ter uma visão tão erótica assim na vida.
Uma ousadia desconhecida lhe tomou, Neji a puxou para que suas costas tomassem uma distância da parede e começou a desfazer as amarras do Obi de sua roupa de missões, assim que consegui livrar-se dele, uma de suas mãos adentrou a parte inferior da blusa de Hinata.
Ela estremeceu ao ter os dedos frios em contato com a pele e ele seguiu avançando, traçando o destino final como um pouco mais acima, estava quase conseguindo quando passos foram ouvidos na escada.

Bem, só agora lhe ocorreu que estava desfrutando de Hinata em meio a uma estalagem e que pessoas poderiam passar por ali a qualquer momento. Ele a largou a contragosto e deixou que ela colocasse as vestes em ordem novamente.

– Desculpe. –

Hinata balançou a cabeça veementemente. – Não. ,–

Eles se afastaram e em um acordo mudo trocaram de lugar, Neji foi se trancar no quarto deles e Hinata (muito, muito contente) tentando não surtar foi guardar a porta de Sumina. Não sabia o que tinha acontecido com ele, mas queria que se repetisse.

Infelizmente as preces de Hinata por mais amassos fervorosos não foi atendida, pelo contrário, a única coisa que ganhou após algumas horas foi mais um dia de viagem antes que estivessem efetivamente no país do Arroz.
Ao chegar ao território encontraram uma carruagem pronta e esperando por eles o plano inicial era retornar a partir daquele ponto, mas infelizmente não puderam recusar quando Sumina os convidou para a cerimônia, era uma tradição antiga e sendo eles mediadoras deveriam ver com os próprios olhos o cumprimento do acordo.

O Trio entrou na carruagem e rumaram ao palácio. Provavelmente, sendo os primos Hyūga shinobis, chegariam lá mais rápido saltando pelos telhados, mas costumes são costumes.
Sumina sentou-se próxima a uma das janelas olhando a mudança das paisagens, a princesa não parecia nada diferente de ontem, apenas ela mesma.
Alguns minutos foram passados em silêncio até que subitamente Sua Alteza começou a formular uma ideia.

– Hinata? Ouviu o que eu disse? –

A Hyūga que parecia muito distraída observando as próprias mãos voltou o rosto para Sumina.

– Sim? Quer dizer, não, não ouvi.
Perdoe-me . –

Sumina revirou os olhos e continuou.
– Eu perguntava se você está confortável em ter de participar da cerimônia, caso sim, gostaria que fosse uma das minhas damas. –

Hinata deixou eu a cabeça pendesse um pouco para o lado de forma elegante.
– Damas?–

– São como testemunhas da minha união, não tem de fazer muita coisa, apenas vestir uma roupa e andar tocando sinos ou jogando flores. –
Ela não parecia muito interessada enquanto falava dos requisitos, era como recitar uma receita decorada.

A Kunoichi juntou as sobrancelhas e pareceu refletir seriamente sobre a proposta, no final ela abriu um sorriso tímido e falou:
– Eu ficaria encantada, Vossa Alteza. –

Demonstrando finalmente alguma empolgação a jovem de cabelos violetas bateu curtas "palminhas" excitadas enquanto os olhos brilhavam.

– E você? Está bem com isso? – Indagou se referindo a Neji.

Quase fazendo uma disputa sobre quem parecia menos interessado, Neji respondeu.
– Claro, se está bem para Hinata-Sama está bem para mim. –

Sumina usou a ponta do pé para cutucar o de Hinata. – Ele é sempre assim tão passivo em  tudo?

– Passivo? – Imediatamente Hinata recordou da noite anterior.
– Bem, é..., nem sempre. –

Foi a vez de Neji corar até o pescoço.

A viagem continuou por algumas horas até que estivessem de fato nas dependências do palácio, quase de imediato as duas mulheres foram separadas de Neji, uma vez que a preparação delas começaria bem mais cedo para que estivessem preparadas ao cair da noite.

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Gostaram do mimo? Hahahahah
Esse casal não pode ter uma faísca que pega🔥

Sim, eu vou fazer vocês sofrerem por esse casal cu doce hahaha NÃO ME MATEM

Eu disse que o Arco da Sumina ia acabar agora? Bem, o capítulo ficou muito grande e eu tive de dividir dnv 😣

Bjs da autora mais preguiçosa🍒✨

I Know you want - NejiHina Onde histórias criam vida. Descubra agora