XXXVIII - FIM

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O coração estava batendo tão rápido que a possibilidade de sair do peito não parecia mais tão improvável, seu reflexo no espelho denunciava aquele sorriso estupido aberto de uma ponta a outra do rosto que ela tentava esconder inutilmente.
Um sentimento gigantesco e aquecido preenchia seu estômago com borboletas e deixava suas bochechas coradas, não de vergonha como na maior parte de sua vida, estava feliz e contente o bastante para isso se tornar físico.
Estava a poucos minutos de distância de seu grande momento. Ao seu redor estavam as mulheres da casa ajudando-a ficar pronta para o cortejo nupcial.
Sentiu as mãos de uma das servas em seus cabelos perdendo-os para trás e adicionando um arranjo de flores entre eles, calêndulas amarelas para indicar a data em que a cerimônia ocorreria, ( uma vez que a flor recebeu este nome que significa "primeiro dia de cada mês) e cristanemos que representavam uma vida cheia e completa.
A maquiagem do seu rosto era quase imperceptível, a não ser pelo pó claríssimo que recobria toda a pele exposta e um corante rosado nos lábios.
Embora a situação de seu casamento estivesse o mais longe o possível do tradicional, todos os costumes seriam seguidos para dar prosperidade aos noivos e exibir seu compromisso.

- Você está pronta para o "shiromuku" agora, senhorita. - Kurenai falou próximo ao seu ouvido. Dessa vez ela não atuaria como dama como fora proposto em seu último "noivado" desagradável, a Yuhi estaria na cerimônia representando sua mãe, o que ela sempre foi de verdade.

Hinata foi ajudada por ela a se levantar e caminhar até onde estava Ino, um quimono de várias camadas estava entre as mãos dela, os olhos azuis brilhantes e com uma expressão radiante em seu semblante que denotava orgulho, felicidade e deslumbre definitivo.
A Yamanaka abriu o tecido para colocar sobre os ombros da amiga e auxiliar a passar os braços pelas mangas longas e pesadas. O momento pareceu durar centenas de segundos em que estava olhando para a Hyūga ajustando os ombros e se olhando no espelho novamente.
Amarrar o obi ficou a serviço de outra das mulheres Hyūga, pois Ino poderia borrar sua maquiagem derramando lágrimas se continuasse. Hinata riu dela. A loira não se importou.

A ninja sensorial mais proficiente de Konoha suspirou do fundo do peito e murmurou com a voz embargada.
- Você é a noiva mais bonita de todas, Hina. -

- Definitivamente! - Sakura concordou com entusiasmo.

Estava completamente vestida de branco da cabeça aos pés, seda e outros tecidos que acariciavam sua pele ao mesmo tempo que se afastava de suas curvas. Relevo de flores e plantas adornavam sua roupa de noiva como uma tapeçaria antiga e corriam até os pés onde os tamancos "geta" impediam que as vestes se arrastassem pelo chão.
Uma visão perfeita de uma noiva típica à primeira vista, mas nos bastidores não era um termo que ela considerava estritamente sincero, ainda mais com as recentes descobertas. Mas isso não seria o mais importante agora, o que realmente tinha relevância era a consciência de que nada mais a separava de fazer sua caminhada até o jardim e finalmente se unir a um homem em nome do amor.

Suas damas caminhariam na frente levando incensários com essências delicadas para perfumar o local e expulsar espíritos malignos, elas representavam a abertura de caminhos para a noiva, perfeitamente adequado para o papel de Ino e Sakura em todo aquele longo caminho.
Seguiu-as de perto, de braços dados com a antiga sensei que seria responsável por lhe entregar ao futuro marido e lhe dar as bênçãos.
Atravessando o casarão e finalmente pondo os pés no exterior, não pode evitar o vislumbre de Sumina com a semelhança da situação. Perguntou-se intimamente se o casamento estava sendo tão feliz para a princesa quanto seria para ela. A divagação não demorou muito, Kurenai pigarreou para chamar a atenção dela ao chegarem mais perto.
Fazia uma linda estação para um casamento, flores de cerejeira estavam brotando das árvores e se abrindo lindamente, algumas pétalas esvoaçantes caíram sobre seus cabelos escuros sem que ela prestasse atenção.
A decoração também estava de encher os olhos, as luminárias de papel presas nas árvores e postes floridos bruxuleavam sua luz quente sobre os convidados e amigos fazendo seus rostos brilharem enquanto se viravam para ela.
Mas acima de tudo isso, a coisa mais bonita que ela viu em toda a sua vida, foi o homem com quem se casaria vestido em um "montsuki" preto e nenhuma bandana ou lenço cobrindo sua fronte.
O sorriso que ele tinha no rosto naquela quasinoite poderia derreter mil geleiras, e certamente, algo em seu peito se aqueceu.
Controlou os pés para não a levarem correndo em direção ao altar e no meio daqueles arranjos lírios brancos, beijá-lo antes da hora.

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⏰ Última atualização: Mar 28 ⏰

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